16/06/2016 - Thiago Moreno / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Durante a apresentação da M2 no autódromo da Fazenda Capuava, em Itatiba (SP), o iCarros também teve contato com mais dois modelos da divisão esportiva M da BMW: o M4 Coupé e o SUV X6 M, além do híbrido i8. Apesar das grandes diferenças dinâmicas entre eles, é fácil perceber a principal característica para a montadora é que o modelo ande (bem) rápido. Veja como foi estar ao volante de cada um.
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BMW M4: o brutal tradicionalismo germânico
Começando pelo que a M sabe fazer de melhor: cupês velozes. O BMW M4 não é pequeno nem leve: tem 4,7 m de comprimento, 2 m de largura, 1,4 m de altura e generosos 2,8 m de entre-eixos. Resultado: 1.612 kg de peso. Tudo é grande no cupê, até mesmo as rodas. São aro 18, mas o que impressiona é a largura: 9 polegadas na frente e 10 polegadas atrás, exigindo o uso de pneus 255/40 e 275/40, respectivamente.
O modelo conta com um motor 3.0 de seis cilindros em linha – como manda a tradição da casa bávara – turbinado. O propulsor a gasolina é capaz de entregar 431 cv de potência e 56 kgfm de torque. O conjunto leva a força apenas para as rodas traseiras, afinal, como o M4 seria um esportivo puro sangue sem tração traseira? O câmbio é de dupla embreagem com sete velocidades. Segundo a BMW, há disposição suficiente para levar o carro de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos, com velocidade máxima limitada eletronicamente a 250 km/h.
Num breve contato em pista com o M4 é possível ver toda a herança dos cupês da BMW M, que vem desde 1986 com o lançamento do primeiro M3. Falar que a aceleração é de grudar o motorista no banco é pouco para o que o carro é capaz de fazer nas retas da Capuava. Arrancando da imobilidade no modo mais agressivo de condução, mas com o controle de estabilidade ainda ligado, o cupê vai destracionar até mesmo no engate da terceira marcha, já beirando os 120 km/h e subindo.
Nas curvas o que mais chama a atenção é a rapidez nas respostas. Mesmo tendo o peso que tem, o M4 embica com facilidade nas entradas de curvas e se, no meio delas, o motorista for com muita sede no acelerador, o carro vai rodar sem dó nem piedade. Sabendo controlá-lo e tendo noções básicas de contraesterço é possível diminuir o ímpeto das rodas traseiras em ultrapassar as dianteiras, contornando as curvas a velocidades literalmente absurdas. E não se esperava menos que isso do M4.
Quanto custa a brincadeira? R$ 459.950
BMW X6 M: Um SUV rápido, por que não?
Meio cupê, meio esportivo e meio SUV, o BMW X6 M representou uma difícil missão para a M. O visual e o porte atendiam às vontades do público, mas um carro de mais de duas toneladas não é exatamente a primeira escolha de um modelo performático. O SUV tem 4,9 m de comprimento, 2,2 m de largura, 1,7 m de altura e 2,9 m de entre-eixos. São nada menos que 2.340 kg de peso. Se as rodas do M4 pareceram grandes, as do X6 M beiram o excêntrico: são de aro 20 com 10 polegadas de largura na dianteira e 11,5 polegadas na traseira. Os pneus são 285/40 e 325/35, respectivamente.
Para empurrar tudo isso, a BMW M preparou o motor 4.4 V8 turbo para entregar 575 cv e 76,5 kgfm de torque. Números de caminhão para um modelo que, para um esportivo na pista da Capuava, realmente parecia um veículo deste porte. Para manter as aparências de SUV, o X6 M conta com tração integral e o câmbio é automático de oito velocidades. O conjunto é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,2 segundos, com velocidade máxima de 250 km/h.
A aceleração do X6 M, porém, faz o motorista esquecer que está num SUV. O V8 entrega torque cedo, seu pico chega a 2.200 rpm, e empurra o modelo com rapidez. A direção também é capaz de fazer as mudanças de rota rapidamente; o único momento em que é possível lembrar que se trata de um carro de mais de duas toneladas é na curva, onde a transferência de peso entre os eixos e entre os lados do carro é (bem) perceptível.
Quanto custa a brincadeira? R$ 647.950
BMW i8: O futuro chegou rápido
Dos três carros da lista, o i8 é o único que não faz parte do catálogo M. Para falar a verdade, nem carro parece. Baixo e repleto de reentrâncias de função aerodinâmica na carroceria de fibra de carbono, o modelo parece ter vindo do futuro para dar o ar da graça para os antiquados apreciadores de esportivos equipados apenas com motor de combustão interna. E mostrar que é possível fazer muito com um pouco (de motor e eletricidade).
São 4,7 m de comprimento, 2 m de largura, 1,3 m de altura e 2,8 m de entre-eixos. Mesmo com a carroceria feita de fibra de carbono, as baterias e os motores elétricos extras acrescentam ao peso. São 1.485 kg no total. Buscando uma maior eficiência, os pneus do híbrido i8 não abusam de largura: são 195/50 na dianteira e 215/45 na traseira.
O sistema de propulsão híbrida é composto por um pequeno e eficiente motor 1.5 turbo a gasolina de três cilindros capaz de entregar 231 cv e 32,6 kgfm, enquanto o elétrico traz 130 cv e 25,5 kgfm. Trabalhando juntos, entregam 361 cv. O conjunto é montado atrás dos bancos traseiros e leva a força para as rodas do eixo posterior por meio de um câmbio automático de seis velocidades.
Para entrar no i8, levanta-se a porta, pois a abertura para o lado seria convencional demais, e é preciso vencer um largo selo de porta para se chegar ao banco, que é baixo. Ao dar a partida, o carro toca uma pequena melodia, como a inicialização de um celular. O painel de instrumentos é totalmente digital e há um medidor do uso de força elétrica durante a condução, tudo muito futurista até que...
Pisa-se no acelerador. Aí parece mais um BMW M mesmo, afinal, a diversão ao volante será a mesma no futuro. Com os dois motores atuando e mesmo tendo a menor potência dos três modelos da lista, o i8 não é carro para ficar para trás dos outros. Acelera forte e arranca bem graças ao torque instantâneo do motor elétrico. Com um centro de gravidade baixo, acaba por compensar também os pneus mais estreitos, pois não apresenta rolamento de carroceria nas mudanças de direção.
Quanto custa a brincadeira? R$ 799.950.
Teste-drive a convite da BMW
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