11/04/2016 - Thiago Moreno, de Mogi Guaçu (SP) / Fotos: Divulgação Mitsubishi / Fonte: iCarros
Uma das quatro novidades da linha 2017 da Mitsubishi L200 Triton, a versão Savana com câmbio automático pode causar estranheza no começo. Voltada para os que farão um uso pesado da picape sem medo de jogá-la na lama, a Savana sempre teve uma opção de câmbio manual, que costumava ser a preferência desse tipo de comprador. Não mais. Segundo a Mitsubishi, até mesmo o segmento de quem busca a picape como forma de lazer está procurando opções de câmbio automático. Agora, a L200 Triton Savana também tem e custa R$ 146.990, R$ 8 mil a mais que a equivalente de câmbio manual.
O motor não muda nessa configuração. Traz o mesmo 3.2 turbodiesel de 180 cv de potência e 38 kgfm de torque da Savana manual, assim como a tração 4x2 traseira ou 4x4 com caixa de transferência e reduzida como manda o figurino fora-de-estrada. O câmbio automático é o mesmo já usado nas demais versões da L200 Triton, com cinco velocidade e opção de troca manual na alavanca.
Mas a questão agora é: com câmbio automático, a Savana ainda é uma boa picape de trilha? O iCarros participou de uma das etapas do Mitsubishi Motorsports (rali monomarca de regularidade da empresa) para testar a novidade em seu habitat natural, a terra.
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Itens de série com um pezinho na lama
Atuando como a configuração mais radical da linha L200 Triton, a Savana traz equipamentos que denunciam as “más intenções” da picape. Ela vem de série com rack de teto, pneus lameiros, Box na caçamba com chave, tomada de ar elevada, rampas para desatolamento (que vão presas ao rack), capas extras de banco de neoprene e carpete de borracha.
Dos equipamentos “civis”, a Savana tem tela multimídia de toque com 7 polegadas, piloto automático, direção hidráulica, acionamento elétrico de vidros, travas e espelhos, ar-condicionado automático e ajuste de altura para o volante e o banco do motorista.
Pesos e medidas
Com uma carga útil de 1.000 kg, necessária para que a picape possa utilizar motorização a diesel mesmo sem tração 4x4, o peso da L200 Triton Savana é de 1.940 kg. O modelo tem 5,2 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,9 m de altura (com o rack de teto) e 3 m de entre-eixos. Para quem pratica fora-de-estrada, as medidas que importam são o ângulo de entrada de 39º, de saída, com 26º, e o de rampa, com 27º. O vão livre em relação ao solo é de 220 mm e para os donos não ficarem sem combustível no meio da trilha, o tanque é de 90 litros.
Vários sinais da idade, mas quem liga?
No mercado desde 2008, a L200 Triton mudou pouco até hoje. E é fácil ver os sinais da idade. O painel, por exemplo, exibe uma ergonomia típica das picapes da época em que foi lançada, com botões na parte inferior e de aspecto antigo. Mesmo a tela multimídia de toque parece adaptada. A cabine tem menos espaço interno que rivais mais modernas. Apesar de alta, a Triton Savana tem o assoalho mais próximo ao teto, fazendo com que o motorista e o passageiro andem com as pernas mais retas.
Na trilha, o câmbio automático se mostrou competente e trabalhou de forma imperceptível até a hora das retomadas, onde hesitou um pouco para fazer reduções. No asfalto, os pneus lameiros ressoam alto e o ruído invade a cabine. Com eixo rígido na traseira e suspensão independente na dianteira, a Savana repete a fórmula usada no segmento de picapes médias e, no asfalto, rola bastante nas mudanças de direção. Em tempos onde praticamente todas as rivais oferecem seleção de 4x4 por botão, a Savana ainda mantém a tradição da alavanca mecânica.
Dito isso é preciso dar o braço a torcer para as capacidades da L200 Triton Savana na terra. Aclives, declives, buracos, terra, lama e até rios podem ser ultrapassados sem compromissos. A suspensão absorve tudo sem fazer ruídos e sem fazer com que a picape perca o equilíbrio. A picape foi feita para isso. O acabamento interno mostra bem o uso específico ao qual o modelo se presta, pois tem capas de neoprene e carpete emborrachado para facilitar a lavagem.
Já com oito anos nas costas, não é possível dizer que a L200 Triton Savana seja moderna. Mas é possível dizer que, para quem busca uma picape para usar sem dó nem compromisso, a versão prova ano após ano que a plataforma da L200 não é antiga, mas experiente e competente.
Teste-drive a convite da Mitsubishi.
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