Jaguar XE: realeza britânica em solo tropical

•  

Modelo foi lançado no Brasil em outubro

1/11

Versão R-Sport possui diferenciais, como cabine revestida pr couro bicolor

2/11

Acima da R-Sport, há a configuração S com motor V6 de 340 cv

3/11

Câmbio é automático de oito marchas

4/11

5/11

Motor de 2,0 litros quatro cilindros turbo rende 240 cv de potência

6/11

7/11

8/11

9/11

10/11

11/11

Muitos anos atrás, soube de uma cursiosidade sobre a Jaguar que, para mim, é uma das características que fez da marca uma referência em luxo ao longo dos anos: as fazendas que abrigam os bois que darão origem ao revestimento de couro de algumas cabines, chamado windsor, não possuem cerca para que os animais não corram o risco de arranhar suas peles, garantindo, assim uma cobertura perfeita para paineis e bancos dos carros. 

A informação, que soa como uma fábula, parece um pouco distante da atual realidade competitiva da marca de origem inglesa, mas segue como tradição até hoje para os modelos topo de linha. Comprada da Ford pela gigante indiana Tata Motors em 2008, a Jaguar deu o pulo do gato nos últimos anos para enfrentar a concorrência alemã e, seguindo o modelo de sucesso da irmã Land Rover com o lançamento do Evoque, em 2011, virou a chave da sua ofensiva global com a chegada do sedã XE. 

O modelo, que desembarcou em solo tropical em outubro, tem duas versões com motor 2.0 quatro cilindros de 240 cv e uma V6 de 340 cv de potência - sempre com tração traseira -, com preços partem de R$ 171.900 e chegam a R$ 301 mil. Modelo mais "acessível" da marca - levando-se em conta que a média de valor da linha Jaguar no Brasil fica em torno de R$ 400 mil -, o XE deverá instigar um público mais jovem e, assim, dobrar o número de unidades vendidas pela fabricante no Brasil no período de um ano.

Leia mais
Wilkommen (bem-vindo) ao segmento premium, Jaguar XE
iCarros experimenta novo sedã de entrada da Jaguar
Jaguar F-type mostra suas garras na pista
Jaguar F-Pace já pode ser configurado no Brasil

E o que o XE tem?

O iCarros avaliou a versão mais incrementada do XE com motor 2,0 litros, chamada R-Sport (R$ 201.900). O destaque fica por conta dos acessórios para apelo visual (rodas pretas de 18 polegadas, saias laterais, aerofólio traseiro, bancos com encosto lateral e revestimento bicolor), esportivo (suspensão com calibragem diferenciada) e estético (teto solar panorâmico). Itens como farois de xenônio adaptativos, assistente de farol alto, memória para os assentos do motorista e passageiro, som Meridian com 11 alto-falantes e coluna de direção ajustável eletricamente também fazem parte do pacote desta configuração.

Na cabine, o XE se distingue pelo desenho do painel, que segue uma linha contínua que acompanha todo o para-brisa. No mais, é um sedã premium de entrada, favorecido pelo acabamento esmerado e impecável de um Jaguar, com superfície das peças agradável ao toque, mas, tirando o diferencial do painel, não resta muita personalidade ao modelo. 

No conjunto mecânico, o XE mostra o porquê vai incomodar a tríade germânica Audi, Mercedes e BMW. O XE tem uma condução que casa bem ao dia a dia: o conjunto da suspensão tem um ajuste firme, mas não incomoda ao transpor buracos. Com um 2.0 turbo de 240 cv, que podem ser comandados de quatro formas, é agradável de se guiar na cidade e divertido de se dirigir na estrada. Já no modo padrão de condução, o XE tem elasticidade para transitar entre 1.750 e 4.000 giros sem pestanejar. A velocidade máxima anunciada é de 250 km/h, enquanto a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 6,8 segundos. O câmbio de respostas rápidas tem oito velocidades, controladas por meio de um grande botão. Parte da agilidade se deve também à carroceria de alumínio, que garante saudáveis 1.530 quilos. 

Se a experiência à frente agrada, não espere o mesmo da parte de trás. Teto baixo e túnel central traseiro jogam contra um terceiro passageiro no banco traseiro - contando até que o motorista tenha menos de 1,80 metro. Mesmo com entre-eixos de 2,83 m, o XE não se credencia para ser um sedã tipicamente familiar - a não ser que seja para levar a cadeirinha do bebê ou uma criança. No bagageiro, há espaço para 455 litros. Pênalti para a falta de revestimento da estutura interna do compartimento de carga. 

Com o XE, a Jaguar espera cativar um público jovem e dobrar sua meta de vendas em um ano. O modelo concorre com as versões topo de linha do Mercedes-Benz Classe C, BMW Série 3 e Audi A4 e não deixa a desejar. Mesmo com ascedência na realeza, o XE conseguiu se aproximar dos súditos com classe e competência. 

Acompanhe as novidades do mundo automotivo pelo iCarros no:

Facebook (facebook.com/iCarros)
Instagram (instagram.com/icarros_oficial)
YouTube (youtube.com/icarros)