Hyundai Creta Prestige tem potencial contra rivais

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O Hyundai Creta Prestige avaliado custa R$ 99.490

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Novo SUV da marca é feito em Piracicaba (SP)

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Modelo tem linhas que lembram o irmão maior ix35

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Detalhe do farol com luzes diurnas de LED

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Ele utiliza a plataforma do sedã Elantra

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SUV tem 4,27 m de comprimento e 2,59 m de entre-eixos

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Rodas são de liga leve de 17 polegadas

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O porta-malas leva 431 litros

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Sistema de rebatimento dos bancos traseiros é simples

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Superfície fica quase plana com o rebatimento dos bancos

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Motor é 2.0 16V flex, rendendo 166 cv com etanol e 156 cv com gasolina

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Acabamento interno é bonito, mas abusa de plásticos

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Banco e volante têm regulagem de altura e profundidade

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Detalhe do puxador da porta, que tem um desenho diferenciado

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Banco traseiro conta com saídas de ar

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Espaço atrás é bom e acomoda três adultos

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A chave é presencial é exibe acabamento semelhante ao visto no interior do veículo

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Interior em dois tons dá um charme extra ao Creta

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Central multimídia na versão Prestige inclui espelhamento de smartphones, GPS e câmera de ré integrada

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Ar-condicionado é digital na topo de linha Prestige

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Há duas tomadas 12V e entrada USB no console central

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Volante é multifuncional, mas não conta com borboletas para trocas de marcha manuais

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Detalhe do botão para acionar a ventilação no banco do motorista

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Quando foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, o Hyundai Creta causou bastante burburinho e levou muitos curiosos ao estade da marca para conhecer de perto a novidade, que tinha até uma versão picape conceito. Depois do furor do lançamento, o iCarros avaliou a versão topo de linha Prestige, de R$ 99.490, para ver o que o Creta tem para oferecer perto de concorrentes como Honda HR-V, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker e o próximo lançamento, o Renault Captur. 

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Visual e medidas

O Creta tem um desenho muito atraente, embora bastante semelhante ao irmão maior ix35. Talvez por isso não tenha chamado atenção nas ruas. Feito em Piracicaba (SP), ele utiliza a plataforma do sedã Elantra, medindo 4,27 m de comprimento, 1,78 m de largura, 1,63 m de altura e 2,59 m de entre-eixos. Para comparar, são números bem próximos do HR-V, exceto pela altura, que tem 5 cm a mais. O porta-malas leva 431 litros, mesma capacidade do Honda. 

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Desempenho e consumo

A versão avaliada Prestige possui motor 2.0 16V flex com duplo comando de válvulas variável e sem o tanquinho auxiliar de partida a frio. Ele rende 166 cv com etanol e 156 cv com gasolina, com torque máximo de 20,5 kgfm e 19,1 kgfm, respectivamente, a 4.700 rpm. Em conjunto, atua um câmbio automático de seis marchas com trocas manuais apenas na alavanca. 

Ao volante, nem parece que o torque máximo é entregue somente a 4.700 giros. Na verdade, ele é ágil em arrancadas e entrega um ótimo desempenho desde as 2.000 rpm. A transmissão tem funcionamento suave e combinou bem com o acerto do propulsor 2.0. Destaque também para o isolamento acústico, que ficou muito bom e não deixa o ruído externo invadir a cabine. Nesse quesito, você só fica incomodado ao pisar fundo, acima das 3.500 rpm, quando o ronco do motor fica mais alto e chega aos ocupantes de forma mais agressiva. 

Veja todas as versões e preços do Creta

A suspensão tem um ajuste macio que filtra bem as imperfeições do piso sem comprometer a estabilidade em curvas. Na realidade, há pouca inclinação de carroceria nesses casos, passando maior sensação de segurança. A direção, elétrica progressiva, também é bastante precisa e direta, facilitando manobras e garantindo firmeza em velocidades maiores. Pesa contra o Creta a suspensão por eixo do torção - no Renegade ela é independente - e o freio a tambor atrás - HR-V e Renegade usam freios a disco nas quatro rodas. Esses itens não chegam a prejudicar a vida a bordo, mas deixam o SUV um degrau abaixo de alguns rivais, tanto em conforto quanto em segurança.

Quanto ao consumo, destacando que o Hyundai tem sistema Start/Stop, ele não foi tão bem. De acordo com os números do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o modelo 2.0 automático roda 6,9 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, os números são 10 km/l e 11,4 km/l, respectivamente. Contudo, durante a avaliação do iCarros, rodando a maior parte do tempo em congestionamentos, o computador de bordo registrou média de 5,4 km/l na cidade com etanol. 

Acabamento e espaço interno

Por dentro, o Creta topo de linha é elegante, com acabamento em dois tons que até lembra o modelo anterior do Cruze e o HB20X. Não há falhas aparentes, mas ele abusa de plásticos. Existem texturas diferentes no painel, mas uma superfície macia só aparece no acabamento das portas. Ponto positivo para os comandos, que ficam todos à mão. A posição de dirigir também é muito boa, com regulagens de altura e profundidade no banco e no volante.

Um dos destaques no interior é o estilo do puxador das portas, diferente do convencional e ergonômico ao mesmo tempo. Faltam, porém, alguns itens esperados de um carro nessa faixa de preço, como freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado dual zone e alerta de ponto cego. Em seu favor, ele inclui banco do motorista com ventilação e faróis com função Cornering. Mas já vamos falar dos equipamentos.

Compare o Creta com seus concorrentes

No banco traseiro, o espaço é bem amplo para acomodar três adultos. Há ainda saídas de ar (item de série apenas nos modelos equipados com motor 2.0), cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos que viajam atrás. O porta-malas de 431 litros também é grande para o segmento. O sistema de rebatimento dos bancos é simples e permite criar uma superfície quase plana para acomodar itens mais volumosos. 

Equipamentos de série

A configuração Prestige de R$ 99.490 vem equipada com direção elétrica, ar-condicionado digital, volante multifuncional revestido de couro com ajustes de altura e profundidade, trio elétrico, banco do motorista com ventilação, alarme, monitoramento de pressão dos pneus, rodas de liga leve de 17 polegadas, abertura e fechamento das janelas pela chave, bancos de couro marrom, partida por botão, rebatimento elétrico dos retrovisores, central mutimídia com tela de 7 polegadas sensível ao toque, espelhamento de smartphones via Apple CarPlay e Android Auto, GPS e câmera de ré

Entre os itens de segurança estão controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, faróis de neblina, isofix, sensor de estacionamento traseiro, controlador de velocidade, luz diurna de LED, faróis com função Cornering Light (usa os faróis de neblina para iluminar curvas e conversões), airbags frontais, laterais e de cortina e acendimento automático dos faróis. O único opcional é a pintura metálica ou perolizada (R$ 1.100).

Custo/benefício

As revisões programadas do Creta 2.0 cobram R$ 3.114 até os 60 mil quilômetros, sendo que as três primeiras custam respectivamente R$ 243, R$ 511,5 e R$ 594. A mais cara é a dos 60 mil km, que sai por R$ 735. Todos os valores já incluem mão de obra. Lembrando ainda que o SUV oferece cinco anos de garantia. 

No geral, o Creta é um ótimo carro. Tem porte e espaço interno de SUV com a dirigibilidade de um hatch. O motor casou muito bem com o câmbio, sendo ágil na cidade ou na estrada. Vale destacar, porém, que seu ambiente é urbano, já que não existe versão 4x4. Ele também oferece um pacote interessante de equipamentos, embora com algumas falhas. O Creta chegou com tudo e prova que tem força para encarar os já consagrados HR-V, Renegade e Tracker, além do novato Nissan Kicks. 

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