16/11/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
A décima geração do Honda Civic conquistou o público assim que chegou ao mercado. Um mês depois do início das vendas e com várias unidades rodando pelo País, o sedã ainda chama a atenção nas ruas. O novo visual, bastante elogiado, se contrapõe ao preço, muito criticado pelos leitores do iCarros. Principalmente na versão topo de linha Touring, de R$ 124.900, a avaliada aqui.
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Mas para compensar o valor elevado, o Civic Touring agrega diversas tecnologias que deixam o condutor mimado. É o caso da câmera lateral que liga automaticamente ao acionar a seta direita, a função Brake Hold que mantém o carro freado sem necessidade de pressionar o pedal ou o botão de volume no volante sensível ao toque - basta mover o dedo para cima ou para baixo.
Desempenho e consumo
O principal destaque, porém, está sob o capô. O motor 1.5 turbo a gasolina conta com injeção direta e abertura variável das válvulas. Com ótimas respostas de aceleração e retomadas para um carro de 1.326 kg, ele rende 173 cv de potência e 22,4 kgfm de torque entre 1.700 rpm e 5.500 rpm. Existe até um monitor do turbo no quadro de instrumentos. Ao volante, ele se mostrou ótimo na cidade, sem desapontar na estrada. E mesmo com o modo Eco ligado as respostas não são fracas. E ao contrário da geração anterior, agora, a transmissão é automática do tipo CVT (continuamente variável) que simula sete marchas e oferece trocas manuais na alavanca e em borboletas atrás do volante. O conjunto ficou muito bom, digno de elogios.
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Quer saber se ele ficou mais econômico? Pelo Inmetro, o modelo faz 12 km/l na cidade e 14,6 km/ na estrada, obtendo a nota máxima A tanto na categoria quanto na classificação geral. Durante a avaliação do iCarros, contudo, rodando todo o tempo em congestionamento, o sedã fez média de 7 km/l na cidade. Para comparar, as versões 2.0 CVT rodam 10,6 km/ e 12,9 km/l, respectivamente, com gasolina no tanque. E na geração anterior? A topo EXR 2.0 automática (de cinco velocidades) fazia 9,7 km/l e 13,8 km/l nas mesmas condições e com o mesmo combustível.
Vale lembrar que o Civic tem os modos Eco e Sport. O primeiro é acionado por um botão no console que favorece o consumo, inclusive alterando o sistema de climatização do ar-condicionado. Já o Sport, selecionado na alavanca de câmbio, retarda as trocas de marcha para oferecer uma tocada mais esportiva na condução. E, se preferir, basta usar as borboletas atrás do volante para fazer as mudanças manualmente. Para retornar para o modo automático, é preciso segurar a aleta da direta (que aumenta as marchas) por alguns segundos.
A suspensão ficou firme para garantir boa estabilidade, mas trabalha perfeitamente para filtrar o piso. Os ocupantes pouco sentem as imperfeições do solo. A direção elétrica também oferece rigidez na medida, tornando muito fácil manobrar o sedã.
Interior e espaço interno
Por dentro, o acabamento ficou muito bonito e bem mais moderno do que na geração anterior. Contudo, o nível dos materiais pareceu simples para um carro de quase R$ 125 mil. Destaque para o quadro de instrumentos com três telas digitais que tornam a sua visualização muito melhor e para a nova central multimídia, bem mais intuitiva. Faltou apenas saída de ar para o banco traseiro. Rebatimento automático dos retrovisores ao travar o carro também seria um bom diferencial – lembrando que o rebatimento elétrico pode ser feito por um botão na porta.
Com seus 2,70 metros de entre-eixos, o Civic tem muito espaço para quem vai atrás. Três adultos de acomodaram com tranquilidade – e até elogiaram. O porta-malas tem capacidade para 519 litros, um pouco menos do que a versão de entrada Sport em função do acabamento que reveste as alças da tampa.
Equipamentos de série
A versão mais cara Touring traz partida por botão, acionamento remoto do motor pela chave, alarme, câmera de ré, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, rodas de liga leve de 17 polegadas, faróis de neblina, teto solar elétrico, piloto automático, volante com regulagem de altura e profundidade, trio elétrico, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, retrovisor interno antiofuscante, banco do motorista com ajustes elétricos e revestidos de couro e central multimídia com tela de 7” sensível ao toque, Bluetooth, comandos no volante, GPS, streaming de áudio, comandos de voz, conexão HDMI e espelhamento de smartphones via Apple CarPlay e Android Auto.
Entre os itens de segurança estão controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa, airbags frontais, laterais e de cortina, luz diurna de LED, sistema isofix para cadeiras infantis, faróis full LED e freio de estacionamento eletrônico com função Brake Hold (mantém o carro freado sem a necessidade de manter o pedal pressionado).
Veredito
No geral, o Civic Touring agradou bastante tanto para quem dirige como para os passageiros. Com visual mais atraente e mais confortável, ele merece a sua visita a uma concessionária para conhecê-lo melhor. Principal questionamento dos leitores do iCarros, o consumo, também melhorou, sendo talvez um dos pontos fortes dessa versão.
Mas e o preço? Sim, muitos reclamaram do valor cobrado pela configuração topo de linha. Contudo, pelos R$ 124.900 da Touring você leva para casa um Mercedes ou um Audi (como citado por um leitor) usado. Zero quilômetro dá para adquirir apenas um Audi A1 ou um Audi A3. As alemãs BMW e Mercedes-Benz não têm nenhum modelo novo nessa faixa de preço.
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