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Honda Civic quer novos clientes com versão mais barata Sport

Configuração de entrada exibe visual diferenciado, com motor 2.0 e câmbio manual ou CVT, partindo de R$ 87.900

14/10/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

A chegada da décima geração do Honda Civic movimentou o mercado, recebendo dos leitores do iCarros elogios pelo novo visual e críticas pelos preços elevados - ele chega a R$ 124.900. No lançamento, em agosto, tivemos a oportunidade de avaliar as configurações EXL 2.0 CVT e Touring 1.5 turbo CVT, que agradaram bastante ao volante. Agora, testamos a versão de entrada Sport, que custa R$ 87.900 com câmbio manual ou R$ 94.900 com o CVT (continuamente variável), uma opção bem mais em conta para quem sonha em ter um Civic para chamar de seu. Ela se diferencia das demais por exibir grade frontal em black piano e rodas escurecidas de 17 polegadas. 

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Motorização e desempenho

O motor da Sport é o 2.0 flex de 155 cv e 19,5 kgfm, ambos os dados com etanol. Em conjunto, atua uma transmissão manual de seis marchas - esta é a única versão do Civic com essa opção - ou automática do tipo CVT com trocas nas borboletas atrás do volante (ela simula sete velocidades). O iCarros testou o modelo com ambos os câmbios em trechos de cidade e de estrada. O manual vai bem e oferece engates bastantes precisos, além de o curso da alavanca ser curto, dando mais prazer e agilidade à condução.

Com o CVT, o sedã fica mais "lento", mas vale a diferença de preço pela comodidade na cidade, aliada à possibilidade de fazer as trocas manuais nas borboletas e com o modo Sport, que retarda as trocas. Ou seja, o CVT é mais versátil, se adequando a qualquer estilo de motorista. Seu problema é que, ao pisar fundo no acelerador, ele aumenta consideravelmente o ruído dentro da cabine até atingir a rotação para simular a próxima troca de marcha. Na estrada, a 120 km/h, o motor trabalha em torno de 2.500 rpm. 

O Civic também faz valer o investimento pela dirigibilidade, com direção elétrica direta e precisa, além de suspensão muito confortável em qualquer condição. O acerto filtra bem o solo, sem passar para a cabine as ondulações do piso, garantindo ao mesmo tempo ótima estabilidade em curvas - quase não há inclinação de carroceria mesmo ao provocar um pouco mais o sedã. Parte disso se deve à suspensão traseira independente do tipo Multilink, um diferencial no segmento - no Toyota Corolla e no Chevrolet Cruze, por exemplo, é por eixo de torção. E o consumo? De acordo com o Inmetro, o Civic Sport faz 7,1 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada com etanol na versão manual e 7,2 km/l e 8,9 km/l, respectivamente, com o CVT, também com o combustível vegetal no tanque. 

Interior e espaço interno

Com 4,63 m de comprimento e 2,7 m de entre-eixos - são 3 cm a mais que seu antecessor -, o Civic é muito espaçoso por dentro. O porta-malas na versão Sport leva 525 litros, lembrando que em todas as demais a capacidade é de 519 litros em função do acabamento nas alças da tampa. Por falar em acabamento, essa configuração traz bancos revestidos de tecido escuros, um diferencial para as outras, além de quadro de instrumentos com velocímetro digital e conta-giros analógico (presente também apenas na EX). Tudo pensado para criar um apelo mais esportivo.

A lista de equipamentos de série traz direção elétrica, ar-condicionado digital, airbags frontais, laterais e de cortina, controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa, freio de estacionamento eletrônico, função Hold (mantém o carro freado sem necessidade de ficar pressionando o pedal), controlador de velocidade, botão ECON (melhora de 15% a 20% o consumo) , faróis de neblina, luzes diurnas de LED, som com tela de cinco polegadas, Bluetooth, USB e comandos no volante, câmera de ré com visão de três ângulos diferentes, sistema isofix para cadeiras infantis e velocímetro digital com conta-giros analógico.

A Honda espera com a versão Sport atingir um novo público. Enquanto as configurações EX e EXL miram em quem já tinha um Civic e quer agora mudar para a nova geração, a Sport foca em clientes que estão subindo de categoria, vindos ou da própria marca como donos de Fit e City ou de concorrentes, entrando agora no segmento de sedãs médios. Ela representa hoje 24% da produção do Civic, que é feita em Sumaré (SP), com a versão manual ficando com apenas 3% desse total e a CVT com os 21% restantes. As opções EX e EXL somam 48% da produção e a topo linha Touring fica com 28%.

Compare com os concorrentes

- Toyota Corolla: R$ 68.740 (GLi 1.8 flex manual de 144 cv/etanol) a R$ 107.030 (Altis 2.0 CVT de 153 cv)
- Volkswagen Jetta: R$ 81.990 (Trendline 1.4 manual de 150 cv) a R$ 109.050 (Highline 2.0 DSG de 211 cv)
- Chevrolet Cruze: R$ 89.990 (LT 1.4 turbo flex manual de 153 cv/etanol) a R$ 107.450 (LTZ 1.4 turbo flex automática)
- Nissan Sentra: R$ 79.990 (S 2.0 CVT de 140 cv/etanol ou gasolina) a R$ 99.990 (SL 2.0 CVT)

Test-drive a convite da Honda

 

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