06/12/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Com mudanças perceptíveis na frente, mas sutis aos olhos distraídos nas ruas, o Ford New Fiesta 2018 já está à venda. Nem todo mundo pode perceber, mas ele ganhou grade frontal e para-choques novos, além de alterações nas luzes das lanternas traseiras. A mudança mais visual talvez sejam as luzes diurnas de LED, que formam uma linha horizontal.
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Testamos a versão topo de linha Titanium Plus, a mais equipada e vendida por R$ 75.190. Ela agora está disponível somente com o motor 1.6 Sigma flex - lembrando que na linha 2017 a Titanium tinha ainda a opção do 1.0 EcoBoost turbo, que ficou restrito à SEL Style (R$ 69.790).
Motorização
A mudança mais esperada não aconteceu: a introdução do motor 1.5 Dragon de três cilindros e o câmbio automático que estrearam no novo EcoSport. Sendo assim, o New Fiesta manteve o Sigma 1.6 flex de 128/125 cv (etanol/gasolina) e o Powershift. O motor Sigma não é ruim e o fato de o hatch o manter não é necessariamente um problema, mas o Dragon é mais moderno e econômico. Por sua vez, o Sigma já conta com bloco, cabeçote e cárter de alumínio, duplo comando de válvulas variável e sistema de partida a frio sem tanquinho. Nada mal, certo?
Ele na verdade empurra bem o hatch de 1.178 kg, mas empaca no câmbio Powershift de seis marchas e dupla embreagem. A transmissão vacila em alguns momentos e acaba causando trancos com isso. Não é uma condução tão suave e prazerosa como ficou o novo Eco, mas sem dúvida houve uma evolução do Powershift. As trocas estão levemente mais suaves e mais rápidas. Além disso, a Ford garante que resolveu os problemas que causavam críticas quanto à manutenção dessa transmissão.
Na prática, você sente uma certa demora para o carro sair da imobilidade, mas quando passa das 2.000 rpm tudo melhora. E se preferir pode fazer as trocas de marcha manualmente nos botões ao lado da alavanca. Não é a posição mais confortável possível, mas funciona. Também não é preciso mover a alavanca para que o sistema aceite as mudanças: para reduzir, é só apertar o botão - em alguns modelos como o Chevrolet Equinox, é preciso que a alavanca esteja em "L" para fazer as trocas manuais nos botões. E se não houver mais intervenções, o sistema logo volta para o "D" automaticamente.
A suspensão é firme, como já era no New Fiesta, mas a diribilidade melhorou um pouco na linha 2018. Houve uma recalibração dos amortecedores, dando mais estabilidade em curvas e deixando o carro mais "na mão". O conforto é bom, mas não é dos melhores, não filtrando tão bem o piso. A direção elétrica agradou, com bom ângulo de esterçamento para fazer manobras.
Consumo
O consumo segundo o Inmetro é de 7,8 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada com etanol ou 11,2 km/l e 14,9 km/l, respectivamente, com gasolina. Durante uma semana rodando por São Paulo, o computador de bordo registrou a média de 7,5 km/l com etanol no tanque.
Acabamento e espaço interno
Por dentro, a cabine do hatch parece mais moderna, com mistura de texturas e até uma área central em preto acetinado. Ficou com ares mais refinados, ao menos na versão mais cara Titanium, já que o acabamento tem variações de acordo com a configuração. Outra detalhe é o botão revestido de borracha no comando do farol. É só um detalhe, mas que vale a pena ser citado. Porém, a cabine exibia algumas falhas de encaixe no modelo avaliado.
A posição de dirigir é boa e a ergonomia também agradou. Não foi incômodo encarar horas no trânsito a bordo do hatch. O que não ficou tão bom é a tela da nova central multimídia. O New Fiesta ganhou o sistema Sync 3 mais moderno, com GPS, câmera de ré e espelhamento de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay. O problema é que a tela de 6,5 polegadas é pequena e ainda fica um pouco longe do motorista. Amigos chegaram a dizer que parecia uma TV de tubo. Já a câmera de ré merece elogios, com uma ótima definição mesmo à noite.
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Com 2,48 m de entre-eixos e 1,72 m de largura, o espaço no banco traseiro é apenas mediano. Três adultos não conseguem se acomodar confortavelmente em uma viagem. Nem o porta-malas ajuda nesse aspecto, com capacidade para 281 litros - para comparar, é mais do que os 257 litros do Ka, mas semelhante aos 285l do VW Gol ou os 280l do Chevrolet Onix.
Equipamentos de série
A versão Titanium Plus vem com direção elétrica, ar-condicionado digital, trio elétrico, sensor de estacionamento traseiro, farol de neblina, alarme, computador de bordo, rodas de liga leve de 16 polegadas, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, GPS, câmera de ré, faróis com luzes diurnas de LED, bancos revestidos de couro, sete airbags, botão de partida, acendimento automáticos dos faróis, sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico e central multimídia Sync 3 com tela de 6,5 polegadas e conexão via Apple CarPlay e Android Auto.
Conclusão
O New Fiesta precisava se renovar para seguir na disputa em seu segmento. E ele conseguiu, com visual mais moderno por dentro e por fora. Além disso, passou a trazer itens cada vez mais exigidos pelos clientes, especialmente nessa faixa de preço acima dos R$ 60 mil. Mas a Ford sabe que está longe dos líderes Onix e HB20. Por isso, a aposta para a linha 2018 está no pós-venda. Segundo a fabricante, as três primeiras revisões saem por R$ 1.568 nas versões 1.6. É a nova tendência de oferecer custo/benefício com a sensação de maior valor agregado.
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