05/02/2018 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Demorou, mas a Ford enfim reintroduziu uma versão 4x4 para o EcoSport após a chegada da reestilização em junho do ano passado. Nas lojas a partir deste mês, a novata cobra R$ 99.990 - são R$ 3.140 a mais que a Titanium topo de linha - trazendo não só a tração nas quatro rodas como um visual exclusivo por dentro e por fora. Seu nome? Storm, inscrição presente na dianteira e na traseira do SUV, caso alguém se esqueça.
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Vamos começar então pelos detalhes estéticos. O EcoSport Storm traz grade em preto com o seu nome, também presente na capa do estepe. Há ainda adesivos nas laterais e no capô, para-choques exclusivos e rodas de 17 polegadas com acabamento escurecido. Esse estilo chamou bastante atenção nas ruas paulistas durante a avaliação do iCarros, com muitas caras de surpresa. Resta saber se agradou ou não.
O interior também se diferencia das demais configurações, com peças em laranja nas portas, painel e console, além de aparecer a mesma tonalidade nas costuras do volante e dos bancos.
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Motorização e impressões
O conjunto do Eco Storm é o mesmo da versão mais cara, composto pelo motor 2.0 16V flex com injeção direta que rende 176 cv e 22,5 kgfm de torque com etanol ou 170 cv e 20,5 kgfm com gasolina. A transmissão é automática de seis marchas, com opção de trocas manuais apenas nas borboletas atrás do volante - não dá para fazer pela alavanca.
Se você já dirigiu o Eco topo de linha, encontrará desempenho bem semelhante, com respostas até um pouco bruscas de aceleração se cravar o pé no acelerador - não é turbo e não é esportivo, vale ressaltar. O motor 2.0 é bem esperto e até sobra pro SUV compacto, com trocas de marcha na faixa de 2.500 rpm, sem trancos. Algumas reduções, porém, geram um pequeno tranco.
Além disso, em relação à configuração de tração dianteira, o Storm possui suspensão com curso 17 mm maior, ganhando ainda novas molas e buchas e recalibração dos amortecedores. A suspensão é mais rígida, com ótima estabilidade em curvas, sem prejudicar muito o conforto a bordo. Mesmo em ruas com asfalto bem irregular os passageiros estão confortáveis dentro da cabine. Você até sente o trabalho do sistema filtrando o piso entre as rodas.
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No dia a dia, o modelo não raspou o assoalho mesmo em valetas mais pronunciadas, mas rodando com apenas uma pessoa a bordo. Durante o test-drive de lançamento, nosso repórter Thiago Moreno notou que o mesmo não ocorre com o carro cheio. Merece elogio o baixo nível de ruído.
Quanto à tração integral, ela não pode ser desligada, atuando automaticamente conforme a necessidade - diferente do que ocorria no modelo anterior, que trazia um botão para ligar ou desligar o 4x4. Sensores fazem o monitoramento 100% do tempo, acionando as rodas traseiras sob demanda. Como a mudança é imperceptível, o motorista pode acompanhar a divisão da força entre as rodas no visor do quatro de instrumentos.
O consumo na cidade rodando sempre com congestionamentos ficou na média de 4,5 km/l com etanol. A Ford não divulgou os dados do Eco 4WD, mas para comparar a Titanium com o mesmo conjunto mecânico tem consumo declarado pelo Inmetro de 6,1 km/l na cidade e 8,3 km/l na estrada com etanol ou 8,8 km/l e 12 km/l, respectivamente, com gasolina.
Acabamento e espaço interno
Com interior todo preto e os detalhes em laranja, o Eco Storm ganhou um toque de jovialidade. Ficou bonito sem agredir os olhos. E como já acontecia no modelo, a posição de dirigir é elevada, mesmo colocando o banco na regulagem mais baixa. Pena que na unidade avaliada havia algumas falhas com a presença de rebarbas, principalmente na porta.
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O destaque fica com a central multimídia que traz tela elevada, como visto na reestilização do Eco. Ela é até bem grande considerando as proporções do painel. E sua posição facilita bastante a visualização sem distrair o motorista da via.
O espaço no banco traseiro não é o maior entre os SUVs compactos, mas também não é o pior. Está ok para as pernas e agrada para ombros e cabeça. Aliás, um recorte no teto garante um pouco mais de espaço para os passageiros mais altos que forem no banco traseiro.
Quanto ao porta-malas, são 356 litros de capacidade, com uma divisória que pode ser regulada em três alturas diferentes. Na altura mais no topo, é onde os bancos traseiros rebatidos ficam no mesmo nível do assoalho.
Equipamentos de série
A versão Storm traz a mesma lista de itens da Titanium, com direção elétrica, ar-condicionado digital, sete airbags, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, controlador de velocidade, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, retrovisor interno eletrocrômico, teto solar elétrico, volante e banco do motorista com ajustes de altura e profundidade, partida por botão, isofix, faróis de xenônio, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, bancos revestidos de couro e sistema SYNC com tela de 8" sensível ao toque, USB, Bluetooth e espelhamento de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay.
A única exceção é o monitor de ponto cego, que deixa de ser oferecido no Eco Storm, segundo a Ford, por conta das alterações na carroceria.
Conclusão
Se você gostou do estilo mais aventureiro do EcoSport Storm, vai ficar satisfeito com seu desempenho. O consumo não é o ponto forte, mas o SUV compensa com uma vasta lista de equipamentos por menos de R$ 100 mil. Não é à toa que o Eco ainda hoje possui uma vasta legião de fãs. De pioneiro e único no segmento, ele agora encara uma das categorias mais disputadas, fechando o ano de 2017 na sexta colocação entre os SUVs mais vendidos no país.
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