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Fiat Argo x VW Polo: a briga as versões de entrada 1.0

Testamos os dois hatches recém-chegados nas suas configurações mais baratas. Quem oferece mais por menos?

26/02/2018 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Os carros do momento no Brasil são o Fiat Argo e a nova geração do Volkswagen Polo, ambos lançados no ano passado, com diferença de seis meses entre eles. O iCarros já testou várias versões de ambos individualmente e agora oferece um comparativo direto entre os hatches em suas versões de entrada. Ambos movidos por motores 1.0 aspirados e câmbio manual, o Argo Drive 1.0 cobra R$ 47.790, enquanto o Polo 1.0 MPI é um pouco mais caro e sai por R$ 49.990.

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Equipamentos de série

Vamos analisar primeiro o que cada um traz de série. Nos dois hatches de entrada temos ar-condicionado, direção elétrica, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, isofix, cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes, vidros dianteiros e travas elétricas e rodas de aço (14 polegadas no Argo e 15 polegadas no Polo) 

O Argo traz a mais chave canivete, direção progressiva, volante com regulagem de altura e sistema Start/Stop, mas vem somente com predisposição para rádio. Colocar rádio significa desembolsar mais R$ 1.300 ou mais R$ 2.300 por uma central multimídia com tela sensível ao toque de 7", comandos por voz e espelhamento via Android Auto e Apple CarPlay. Também são opcionais sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré (R$ 1.600) e kit com vidros traseiros elétricos e retrovisores elétricos com luz de seta integrada e função Tilt Down (R$ 1.200). Ou seja, o Argo das fotos sai por um total de R$ 52.890. 

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Já o Polo acrescenta à lista inicial, de série, alarme, vidros traseiros elétricos, dois airbags laterais (além dos frontais obrigatórios), suporte para celular com entrada USB própria e rádio com conexão Bluetooth. 

Nesse caso, os opcionais são assistente de partida em rampa, computador de bordo com mais funções, controle de tração e estabilidade e bloqueio eletrônico do diferencial (R$ 1.050), além de outro pacote que inclui esses mesmos itens além de rodas de liga leve aro 15", volante multifuncional e sistema de som com tela sensível ao toque (R$ 2.600). Chegamos então ao valor final de R$ 53.040 pelo Polo das fotos - uma diferença de apenas R$ 150 para o Argo completo. 

Motorização

Vamos agora ao desempenho. Ambos são 1.0 aspirados flex de três cilindros, com 12 válvulas no Polo e seis válvulas no Argo. O Firefly da Fiat rende 77 cv com etanol e 72 cv com gasolina, com torque máximo de 10,9 kgfm e 10,4 kfgm, respectivamente. No Polo, são 84 cv com etanol e 75 cv com gasolina e torque na mesma ordem de 10,4 kgfm e 9,7 kgfm.

Pelos números, vemos que o Volks é mais potente, mas no dia a dia é o torque que importa mais. E aí o Argo sai na frente. Mesmo que o torque máximo esteja disponível a partir de 3.250 rpm - e de 3.000 rpm no Polo -, a desenvoltura do motor Firefly é muito boa antes disso: já em 2.000 rpm o carro se mostra bem responsivo. É comum, na verdade, ele pedir mais aceleração. Quando você percebe já engatou a terceira marcha. 

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No Polo, contudo, quase não há reação do carro até 2.500 rpm. Por isso, sair da imobilidade é bem mais lento no Volks do que no Fiat. E depois? Bem, quando embala, o Polo chega na frente. Isso se reflete nos números de aceleração de 0 a 100 km/h: 13,4 segundos no Argo e 13 segundos no Polo, ambos os dados com etanol. Não é uma grande diferença, mas é bem perceptível ao dirigir um carro e logo em seguida assumir a direção do outro. Para dar outro número de referência, o Argo pesa um pouco mais, com 1.105 kg  frente aos 1.058 kg do Polo de entrada. 

Outra diferença aparece no câmbio, mais preciso no Polo. Não que os engates no Argo sejam ruins, mas estamos aqui comparando um diretamente com o outro. E se o Volks tem engates melhores, o Fiat tem melhor calibração e relações de marcha melhor distribuídas. 

Como estamos falando de carros 1.0, vamos considerar as respostas em uma ladeira mais íngreme. O Argo sobe de segunda marcha tranquilamente, enquanto o Polo vai pedir uma primeira marcha em algum momento. Vamos lembrar que as versões de entrada dos dois têm somente a opção de câmbio manual de cinco marchas.

A impressão que fica ao guiar os dois modelos é que ambos são muito bons, oferecem uma ótima dirigibilidade e são ágeis no trânsito e nas situações do dia a dia. Fica difícil escolher um deles. Talvez o Argo seja o melhor na cidade, considerando as arrancadas e retomadas, enquanto o Polo vai melhor na estrada. 

Consumo

No consumo, os dados do Inmetro para o Argo apontam 9,9 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada com etanol ou 14,2 km/l e 15,1 km/l na mesma ordem com gasolina no tanque. Lembre-se de que ele possui o sistema Start/Stop, que ajuda nesse sentido. 

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Já o Polo é um pouco mais beberrão. Pelo Inmetro, são 8,8 km/l na cidade e 10 km/l na estrada com etanol ou 12,9 km/l em uso urbano e 14,3 km/l em uso rodoviário com gasolina. 

Dirigibilidade

A dirigibilidade de ambos é muito boa e de novo fica difícil escolher um. O Argo privilegia mais o conforto, passando menos as imperfeições do piso para a cabine. O Polo tem a suspensão um pouco mais firme, mas compensa com uma melhor estabilidade em curvas. De qualquer forma, em qualquer um deles você passará sem sofrer por ruas esburacadas ou de paralelepípedo, por exemplo. 

Destaque ainda para a direção, elétrica em ambos. Você manobra sem problemas os dois hatches, mas o diâmetro é menor no Argo. São 10,3 metros, contra 11 metros no Polo. Ou seja, você terá que fazer menos manobras com o Fiat em uma vaga apertada. 

Acabamento e espaço interno

Quando chegamos ao interior, o Argo dá um banho no Polo. O acabamento é melhor, com maior variedade de materiais, cores e texturas. O Volks, como costume nos modelos da marca, é mais simples e bem sóbrio. A ergonomia também leva vantagem no Fiat. 

E se você puder arcar com os opcionais, terá uma central multimídia mais moderna e com mais funções no Argo. No Polo, até mesmo o rádio opcional oferece menos recursos. Se você faz questão de ajustes, o Polo não tem regulagem de altura no volante nem retrovisores elétricos - nem como opcional. Ambos têm ajustes no banco do motorista e nos cintos de segurança dianteiros.

Por outro lado, lembre-se de que só o Volks vem com quatro airbags. Ele ainda recebeu nota máxima em segurança nos testes de impacto do Latin NCap, enquanto o Argo ainda não foi avaliado pela instituição. 

Chegando ao banco traseiro, são 2,52 m de entre-eixos no Argo e 2,56 metros no Polo. Sendo assim, os passageiros terão um pouco mais de espaço para as pernas atrás no hatch da Volkswagen. Já o porta-malas tem um empate, com 300 litros nos dois. Aqui o Polo tem a desvantagem de oferecer abertura da tampa traseira somente pela chave ou por um botão interno no console: não há botão na própria tampa. 

Manutenção e seguro

Avaliando o custo de reparo em caso de acidentes leves, o Polo está no topo. O Índice Car Group elaborado pelo Cesvi analisa o custo das peças, a facilidade e o tempo de conserto em batidas leves na cidade, as mais comuns. E o Polo ficou com a nota máxima de 10 pontos, dividindo com o VW up! a liderança. Aqui - de novo - o Argo ainda não foi avaliado. 

Quanto às revisões programadas, a Fiat cobra R$ 1.072 pelas três primeiras revisões do Argo. Já no Polo são R$ 1.132 também pelas três primeiras revisões. Em ambos, os valores já incluem mão de obra, com prazos a cada 10.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. 

E quanto ao seguro? Segundo cotações enviadas pela corretora online Bidu, o Polo cobra menos na maior parte das capitais brasileiras. Foi considerado o perfil homem de 35 anos, casado, sem filhos, com garagem em casa e no trabalho e que está contratando o seguro pela primeira vez. Em São Paulo, o seguro do Polo com esse perfil sai por R$ 1.843, enquanto do Argo sai por R$ 2.068 - uma diferença de R$ 225. Já no Rio da Janeiro, o Volks cobra R$ 2.121 e o Fiat, R$ 3.008 - uma diferença de R$ 887 (compare os valore em outras capitais do país clicando aqui).

Conclusão

O Argo se destaca pelo acabamento, pelo consumo e pela lista de equipamentos, além de custar menos. Já o Polo tem um pouco mais de espaço interno e oferece melhores números de desempenho. Mas sou capaz de entender quem escolher qualquer um dos dois hatches. O Argo seria a escolha mais racional, enquanto o Polo seria mais emocional. Depois de uma semana a bordo de cada um, meu coração me leva a escolher o Argo pelo conjunto da obra. Mas, como disse, entenderia se você escolhesse o Polo sem problemas. 

 

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