entre ou cadastre-se

mais serviços

mais serviços

Fiat Argo Drive 1.3: o preço da inovação

Melhor e mais equipado que os carros que substituiu, o novo hatch enfrenta uma briga dura com os rivais que cobram menos

07/08/2017 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Fiat Argo chegou com a dura missão de substituir as versões mais caras do Palio e todas do Punto. Na configuração Drive 1.3 manual, seu jogo é literalmente na intermediária. Fica no meio de campo em preço, consumo e desempenho em relação às versões 1.0 e 1.8. Traz um pacote de itens de série a par do que é oferecido na concorrência e um pouco mais. No entanto, cobra R$ 53.900, mais que os R$ 51.050 do Chevrolet Onix LT 1.4, seu principal rival.

Leia mais:
Avaliação: Fiat Argo Drive 1.3 automatizado
Avaliação: Fiat Argo HGT 1.8
Vai financiar? Veja aqui o quanto você vai gastar com as parcelas

Ficha técnica

Na versão Drive 1.3, o Argo utiliza o mesmo conjunto mecânico das versões mais completas do Uno, composto pelo motor Firefly 1.3 8V flex capaz de entregar 109 cv de potência e 14,2 kgfm de torque com etanol. Rodando com gasolina, respectivamente, os números são 101 cv e 13,7 kgfm. O câmbio nessa configuração é manual de cinco velocidades, mas a transmissão GSR automatizada de cinco marchas também está disponível.

O Argo mede 4 m de comprimento, 1,50 m de altura, 1,75 m de largura e 2, 52 m de entre-eixos. O porta-malas é capaz de acomodar até 300 litros de bagagens. São dimensões similares às do Punto, que também tinha 4 m de comprimento, mas 1,68 m de largura e 2,51 m de entre-eixos. No comprimento, ele é um pouco maior que o Chevrolet Onix (3,93 m) e o Hyundai HB20 (3,92 m).

Confira todas as versões do Fiat Argo

Consumo é um dos itens que a Fiat mais aponta como destaque no Argo, uma vez que todas as versões são equipadas com Start/Stop para ajudar a economizar combustível no anda e para do trânsito. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), o consumo da versão Drive 1.3 manual é de 9,2 km/l (cidade) e 10,2 km/l (estrada) com etanol ou 12,9 km/l (cidade) e 14,3 km/l (estrada) com gasolina. Durante a semana em que o carro foi testado, o computador de bordo apontou um consumo misto (70% cidade/30% estrada) de 10,5 km/l rodando com gasolina.

Itens de série

A versão Drive 1.3 manual traz de fábrica ar-condicionado, direção elétrica progressiva, vidros dianteiros e travas elétricas, rodas de aço de 14 polegadas, sistema Isofix para a fixação de assentos infantis, cinto de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes, volante multifuncional e banco do motorista com regulagem de altura, sistema Start/Stop, monitoramento de pressão dos pneus, segunda porta USB para o passageiro traseiro e central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas e conexão via Apple CarPlay e Android Auto.

O carro das fotos estava equipado com todos os opcionais disponíveis para essa configuração. São eles o Kit Stile (R$ 1.900), com rodas de liga leve e faróis de neblina, Kit Parking (R$ 1.200), com sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré, e o Kit Convenience (R$ 1.200), com espelhos com ajuste elétrico e vidros elétricos traseiros. Sim, vidro elétrico traseiro é opcional no Argo Drive 1.3 manual, mas vem de série no Drive 1.3 GSR automatizado. O valor total do carro das fotos chegou a R$ 58.200.

Em uma comparação direta com o já citado Onix LT 1.4, o Argo Drive 1.3 não fica devendo nenhum item e ainda traz Start/Stop, tomada USB traseira e cintos de três pontos retráteis e encostos de cabeça para todos os ocupantes. Tais equipamentos não estão disponíveis no rival da Chevrolet nem como opcionais.

No meio do caminho tinha o preço

O que mais salta aos olhos ao se andar no Argo, mesmo na intermediária configuração Drive 1.3, é a evolução na qualidade de acabamento da Fiat. Os materiais dentro da cabine são de plástico, sim, mas transmitem boa aparência e são bem montados. Com duas telas digitais disponíveis, não fossem os comandos manuais do ar-condicionado, a impressão é de cabine de um carro que pertence a um segmento superior.

Falando nas telas, a que fica no painel de instrumentos serve de computador de bordo e é bem completa em informações. Além dos odômetros parciais, tem também velocímetro digital, pressão dos pneus, consumos médio e instantâneo, informações sobre o telefone e multimídia e ainda serve para alocar o gráfico indicativo do sensor de ré.

Já a tela da central multimídia está entre as melhores do segmento. Tem respostas rápidas aos comandos, cores e gráficos vívidos e fica em uma posição de fácil visualização, na mesma linha do painel de instrumentos. A integração com smartphones via Android Auto (usei com um Asus Zenfone 3 Max) é boa. Usando o Google Maps como navegação e Spotify para o streaming de músicas, não houve engasgos nem hesitações por parte da central (o Android Auto agora funciona também com o Waze).

Compare o Fiat Argo com os seus rivais

A única observação fica para a câmera de ré, projetada na central multimídia. As linhas dinâmicas são úteis, mostrando a trajetória teórica do carro de acordo com o esterço do volante. No entanto, a resolução é baixa e, durante a noite ou em ambientes escuros, é difícil diferenciar os obstáculos.

O espaço dentro da cabine é bom e o Argo consegue realmente levar cinco adultos sem muita dificuldade. Apesar de grande, não é muito mais espaço que seus principais rivais. No entanto, ele traz de fábrica cintos de três pontos retráteis e encosto de cabeça para todos, mostrando que a Fiat teve atenção à segurança.

Guiando, o pequeno motor 1.3 Firefly é espertinho na cidade, dá conta de empurrar o hatch sem muito esforço. Para exemplificar, em uma arrancada, ele responde melhor que o Argo 1.8, que pode até ser mais forte, mas exige o uso de rotações altas para entregar a potência extra. Na estrada, rodou a 120 km/h marcando cerca de 3.500 rpm. Nessa situação é notável o isolamento acústico da cabine.

Antigamente, os carros da Fiat costumavam ter a suspensão macia, focando no conforto. Mas isso deixava a carroceria rolar bastante nas mudanças de direção. No Argo, o sistema consegue cumprir o papel de conforto de sempre, mas, ao se contornar uma curva, o hatch rola bem pouco. Essa foi uma boa surpresa durante a avaliação.

A direção elétrica também merece um espaço só dela. Antes, a Fiat oferecia a função City para as caixas eletrificadas, um botão que deixava o volante leve em manobras a baixas velocidades. Hoje, essa função é acionada diretamente pelo carro de acordo com a velocidade. Conforme se acelera, vai ganhando peso de forma natural. Para quem dirige é difícil notar a força extra que se faz na estrada, por exemplo.

Então, no final do dia, o Argo Drive 1.3 é uma simples versão intermediária, mas tem uma qualidade construtiva notável e uma boa lista de equipamentos, sem contar que é bom de dirigir mesmo. Ele é uma nova página para a Fiat na história de seus hatches. No entanto, seu preço acima dos rivais pode ser um impeditivo para tempos de mercado automotivo em recuperação.
 

 

Acompanhe as novidades do mundo automotivo pelo iCarros no:

Facebook (facebook.com/iCarros)
Instagram (instagram.com/icarros_oficial)
YouTube (youtube.com/icarros)

  • Compartilhe esta matéria:
 

Faça seu comentário

  • Seguro Auto

    Veja o resultado na hora e compare os preços e benefícios sem sair de casa.

    cotar seguro
Ícone de Atenção
Para proteger e melhorar a sua experiência no site, nós utilizamos cookies e dados pessoais de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao navegar pela nossa plataforma, você declara estar ciente dessas condições.