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Fiat Argo Drive 1.0 impressiona em vários aspectos

Versão de entrada do hatch tem bom desempenho sem pecar em acabamento, espaço interno ou consumo

15/02/2018 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

iCarros já avaliou o novato Fiat Argo com as motorizações 1.3 e 1.8. Faltava a opção de entrada Drive 1.0, que acaba de passar pela nossa garagem. E a impressão foi muito boa. Cobrando R$ 47.790, ele oferece o básico em questão de equipamentos, mas não é aí que ele se destaca. Quer saber como o pequeno 1.0 tricilíndrico que equipa Mobi e Uno se sai em um modelo maior e mais pesado? Nós contamos!

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Motorização

Vamos começar então pelo conjunto mecânico, composto pelo motor 1.0 Firefly 6V tricilíndrico flex que rende 77 cv com etanol e 72 cv com gasolina, com torque máximo de 10,9 kgfm e 10,4 kfgm, respectivamente. O torque máximo é entregue em 3.250 rpm, mas a partir de 2.500 rpm o carro já mostra bastante desenvoltura. Com esse motor, há somente a opção da transmissão manual de cinco marchas.

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Segundo a Fiat, o Argo Drive 1.0 vai de 0 a 100 km/h em 13,4 segundos com etanol. E por que isso é importante em um carro 1.0? Bom, vamos comparar com o principal rival, o VW Polo, que cumpre a mesma aceleração com etanol em 13 segundos - exatamente o mesmo tempo do Renault Sandero. Ou seja, o Argo não é o mais rápido, mas também não fica muito atrás. E ainda é melhor que os 15 segundos do Nissan March, por exemplo. 

A impressão que fica depois de dirigir o hatch é que ele anda muito bem. Ainda mais para um 1.0. E não é exagero. Você espera um desempenho apenas adequado, mas ele te surpreende positivamente. Na verdade, é comum o carro pedir mais aceleração do que você pode oferecer se estiver no trânsito. 

Compare com os concorrentes

Não há dificuldade para tirar da imobilidade seus 1.105 kg - é mais que os 1.058 kg do Polo de entrada. Assim que dá a partida, ele arranca com agilidade e sobe ladeiras íngremes em segunda marcha com bastante tranquilidade. Aliás, não é um carro que exige muitas reduções de marcha. Muitas vezes você notará que basta acelerar um pouquinho mais para retomar a aceleração, sem precisar reduzir uma marcha. E ele logo embala quando passa das 3.000 rpm. Ou seja, vale o que cobra no quesito desempenho. 

Consumo

No consumo, os dados do Inmetro apontam 9,9 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada com etanol ou 14,2 km/l e 15,1 km/l na mesma ordem com gasolina no tanque. E na prática?

Bem, rodando sempre com trânsito ao longo de uma semana, o computador de bordo ficou na média de 6,2 km/l com etanol. Mas isso com o ar-condicionado também ligado. Aliás, vale a ressalta de que o ar-condicionado pouco influencia nas respostas do Argo, mesmo sendo 1.0. 

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Para ajudar no consumo, o hatch conta ainda com o sistema Start/Stop, que tem funcionamento suave ao ligar e desligar. Digno de elogios. 

Dirigibilidade

Após uma semana a bordo do Argo, ele se mostrou bem acertado. A suspensão é macia na medida para oferecer conforto nas ruas com asfalto irregular do país. Mesmo em uma rua de paralelepípedo foi confortável dentro da cabine. Mas isso cobra um pouco na estabilidade em curvas. Você sente a inclinação da carroceria se abusa em uma curva. Nada que assuste, mas está lá. 

Outro ponto que merece ser citado é a direção elétrica progressiva. Ou seja, a rigidez do volante varia automaticamente conforme a velocidade do carro. Isso é muito bom, já que outros modelos da Fiat ainda trazem o botão City no painel para fazer essa função. A sensação é de leveza ao manobrar e de precisão em velocidades maiores. E por falar em manobrar, vou destacar também o ângulo de esterço do Argo, que agradou. Não foi preciso manobrar muito mesmo para colocar o carro em vagas apertadas. 

Veja vídeo com o Argo por todos os ângulos

Acabamento e espaço interno

Se você imagina que o acabamento da versão de entrada será pobre, é bom entrar no Argo. Ele não tem o painel vermelho da HGT, mas também não fica devendo em texturas e mescla de materiais. Na verdade, o acabamento é um dos pontos fortes do Argo em qualquer versão. A Drive 1.0 só perde alguns pequenos detalhes para as outras opções mais caras. E ainda tem o desenho mais moderno e jovial da cabine. 

Acho que vale citar também a boa ergonomia da cabine, com os comandos bem à mão. E a central multimídia então? A sua posição elevada ajuda bastante, ainda que você pode comandá-la pelos botões atrás do volante. Mas é bom destacar que a central é um opcional (leia mais abaixo). 

O espaço no banco traseiro é bom, com seus 2,52 m de entre-eixos, especialmente para as pernas de quem viaja atrás. O porta-malas está na média do segmento, com capacidade para 300 litros. 

Equipamentos de série

O Argo Drive 1.0 vem de série com o básico: ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, chave canivete, computador de bordo, direção elétrica (mas que é progressiva), isofix, predisposição para rádio, rodas de aço de 14 polegadas com calotas, Start/Stop, volante com regulagem de altura e vidros dianteiros e travas elétricas. Mas há cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes. 

Rádio com USB, streaming de áudio, Bluetooth e comandos no volante sai por R$ 1.300 extras. Já a central multimídia mais moderna que equipa o modelo das fotos com tela sensível ao toque de 7", comandos por voz e espelhamento via Android Auto e Apple CarPlay sai por R$ 2.300. Kit com sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré cobra R$ 1.600, enquanto o kit com retrovisores elétricos com luz de seta integrada e função Tilt Down e vidros elétricos traseiros cobra R$ 1.200. Ou seja, o Argo das fotos sai por um total de R$ 52.890. 

Conclusão

Esperava que o motor 1.0 se mostrasse fraco no Argo. O que não aconteceu. O hatch tem bom acabamento, bom desempenho, consumo honesto e boa dirigibilidade. A lista de equipamentos é escassa, é verdade, mas não fica muito longe dos concorrentes se você considerar as opções de entrada de cada um. Foi uma boa surpresa.

 

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