Fiat Argo 1.0: anda bem?

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Fiat Argo Drive 1.0 custa R$ 46.800

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Com todos os opcionais possíveis, chega a R$ 52.790

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Drive 1.0 deve ser o Fiat Argo mais vendido

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Pequeno motor 1.0 do Argo se mostrou valente e econômico

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Interior e acabamento têm poucas diferenças em relação às demais versões. Isolamento acústico continua bom

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Tela multimídia já desponta como opcional favorito entre os pedidos feitos

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Você já viu o iCarros andando de Fiat Argo 1.8 e até mesmo de Argo 1.3 GSR (automatizado). Faltava a grande dúvida, que era o desempenho do pequeno motor 1.0 tricilíndrico num dos maiores hatches da marca. O propulsor é o mesmo usado pelo Mobi Drive e pelas versões de entrada do Uno. A questão é a performance, uma vez que o Argo é o mais pesado deles. Só que o Argo Drive 1.0 também é a versão mais barata do modelo, custando a partir de R$ 46.800 sem opcionais.

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Por baixo do capô

O motor do Argo Drive de entrada é da linha Firefly. O 1.0 6V tricilíndrico flex entrega 77 cv com etanol e 72 cv com gasolina, com torque máximo de 10,9 kgfm e 10,4 kfgm na mesma ordem. Com esse motor, apenas a transmissão manual de cinco marchas está disponível para o Argo.

O Argo Drive arranca de 0 a 100 km/h em 13,4 segundos usando etanol (14,4 segundos com gasolina). Para comparação, um VW Gol, também utilizando um motor 1.0 tricilíndrico flex, cumpre a aceleração em 12,3 segundos com etanol.

Veja a ficha técnica completa do Fiat Argo

O outro lado da moeda é o consumo do Argo 1.0, fazendo 9,9 km/l na cidade e  10,7 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, os números sobem respectivamente para 14,2 km/l e 15,1 km/l. Para exemplificar, o Argo HGT 1.8 automático é o mais gastão da turma, fazendo 6,9 km/l na cidade e 9,1 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, os números sobem respectivamente para 10 km/l e 12,8 km/l.

Peso e medidas

Um dos motivos que podem justificar a aceleração menos ligeira do Argo 1.0 é seu peso: 1.105 kg. Mas esse é o preço a pagar por seu porte, tendo 4 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,50 m de altura e 2,52 m de entre-eixos. O porta-malas é capaz de acomodar até 300 litros de bagagens.

O que o Argo Drive 1.0 traz e o que é opcional

Desde sua versão mais básica, o hatch da Fiat traz de série ar-condicionado, rodas de aço de 14 polegadas, isofix, direção elétrica progressiva, vidros dianteiros e travas elétricas, pré-disposição para rádio, banco do motorista com regulagem de altura e sistema Star/Stop.

Opcionais e valores

Pintura metálica (R$ 1.600)
Pintura perolizada (R$ 1.600)
Kit Multimídia: inclui tela multimídia sensível ao toque com espelhamento da tela do celular via Apple Car Play ou Android Auto, comando de áudio no volante, segunda tomada USB para o banco traseiro. Incompatível com o Rádio Connect. (R$ 1.990)
Kit Parking: inclui sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré. Exige inclusão do Kit Multimídia. (R$ 1.200)
Rádio Connect: Inclui rádio com conectividade via Bluetooth e USB e comando de áudio no volante. Incompatível com Kit Multimídia (R$ 1.300).
Kit Convenience: Inclui espelhos retrovisores externos com ajuste elétrico e repetidores de pisca e vidros elétricos traseiros (R$ 1.200)

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Acrescentando todos os opcionais possíveis, o Argo Drive 1.0 pode custar até 52.790.

Mas e aí, como anda?

Resposta curta? Anda muito bem, obrigado. Mas não é só uma questão de andar bem ou não. É como o Argo 1.0 se comporta. Logo na primeira saída, o carro já quer arrancar com mais força do que o esperado e, sempre que não se está usando o acelerador com vontade, o indicador de marcha pede que uma relação mais alta seja usada. Entrei no Argo 1.0 esperando um desempenho apenas adequado, mas o pequeno tricilíndrico se mostrou mais do que apenas "capaz" de empurrar o hatch e seus 1.105 kg.

Mesmo em retomadas no plaino, se a rotação estiver acima de 1.500 rpm pode ser até mais vatajoso apenas acelerar mais, pois é preciso uma inclinação de respeito para fazer o 1.0 do Argo perder fôlego e pedir uma redução de marcha. Para um motor de um litro, desemepenhou sua função com sobras.

"Ah, anda bem, então gasta combustível". Não. O consumo urbano declarado com etanol, combustível usado no teste pela região central da capital paulista, é de 9,9 km/l. Vale lembrar que o carro tinha dois ocupantes, o ar-condicionado estava ligado durante todo o percusro, o trânsito estava consideravelmente ruim e não foi possível passar dos 60 km/h. Mesmo assim, o computador de bordo mostrou média de trajeto de 9,4 km/l. Nada mal.

Um dos segredos do desemepenho mais tenaz do Argo 1.0 é que, apesar de ter o mesmo motor, o mesmo acerto do Mobi Drive e do Uno 1.0 e as mesmas relações de marchas de ambos, o diferencial do câmbio é mais curto. De acordo com a Fiat, a 120 km/h, o Argo crava cerca de 3.500 rpm no conta-giros. Já a economia vem em parte pelo conjunto indicador de marcha e sistema Start/Stop. O fato de o 1.0 6V entregar mais força em baixas rotações também ajuda. O pico de torque do Firefly acontece a 3.250 rpm, mas 80% da força aparece a 2.500 rpm. E é exatamente nessa faixa de rotação em que mais se trabalha no uso urbano.

Mesmo após ver que o desempenho é acima do esperado e o consumo está a par do declarado, o Argo 1.0 ainda tem algumas surpresas. A Fiat diz que a grande diferença que separa o Argo Drive 1.0 do Argo HGT 1.8, mais completo, está no motor, rodas e equipamentos de série. Ou seja, nada de economias em acabamento na versão de entrada. Falaram a verdade? Até onde eu vi (e ouvi), sim. O carro não transmite vibrações perceptíveis à cabine em marcha lenta e é preciso estar a 4.000 rpm ou mais para realmente ouvir o motor em funcionamento. Por dentro, painéis, bancos e arremates estão no mesmo nível de qualquer versão do Argo, apenas exibindo menos detalhes cromados

Um último detalhe: a direção elétrica do Argo, ao contrário do Uno, não tem a função "City", que diminuía o esforço para virar o volante em velocidades baixas. Na novidade, a transição entre mais leveza nas manobras e mais firmeza em velocidades altas acontece automaticamente.

Vai vender? - A Fiat não comentou números exatos de venda para o 1.0, mas espera que o Argo de entrada responda por até 35% das vendas no total, lembrando que não há planos de utilizar o câmbio automatizado GSR (como no Mobi) no Argo Drive 1.0, algo que se reserva apenas à versão Drive 1.3. Mas a tela multimídia parece já depontar como opcional preferido, pois a marca afirmou que, entre os pedidos feitos pelas concessionárias, 80% dos Argo Drive 1.0 deixarão a fábrica com o equipamento instalado.

Teste-drive a convite da Fiat.

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