17/01/2018 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Se você olhar os números de vendas de sedãs médios no Brasil em 2017 vai pensar que brasileiro só conhece dois carros dessa categoria: o Toyota Corolla e o Honda Civic. Seja pela fama ou por suas qualidades, poucas pessoas olham outras opções do segmento e, por vezes, deixam passar verdadeiras joias. Uma delas é o Chevrolet Cruze, testado aqui na versão LTZ mais completa, mostrando que há mais do que duas boas opções nesse segmento.
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Equipamentos de série
O Chevrolet Cruze LTZ é tabelado em R$ 109.190 e já traz de série airbags frontais e laterais, ar-condicionado automático, faróis de neblina, direção elétrica, rodas de liga leve de 17 polegadas, faróis com regulagem de altura, volante multifuncional com regulagem de altura e profundidade, controle de tração e de estabilidade, luzes diurnas, sistema isofix para cadeiras infantis, controlador de velocidade, computador de bordo e central multimídia MyLink com tela de sete polegadas sensível ao toque, comandos de voz e espelhamento de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay.
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Há ainda assistente de partida em rampa, monitoramento da pressão dos pneus, sistema Start/Stop, modo Eco, retrovisores externos com aquecimento, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro.
São exclusivos da versão LTZ itens como airbags de cortina, luz diurna de LED, sensor de chuva, sensor crepuscular, abertura das portas por sensor de aproximação na chave e partida por botão no painel, acionamento da ignição por controle remoto, retrovisores externos com rebatimento elétrico, retrovisor interno eletrocrômico (antiofuscante), sensor de estacionamento dianteiro, rodas escurecidas, computador de bordo com tela colorida e MyLink com tela de oito polegadas e GPS integrado.
Opcionais
O carro das fotos tinha o pacote opcional LTZ II, que eleva o preço a R$ 117.690, cobrando R$ 8.500 extras. Ele acrescenta assistente de permanência na faixa, alerta de colisão frontal, alerta de ponto cego, indicador de distância do veículo à frente, sistema de estacionamento automático em vagas paralelas e perpendiculares, farol alto inteligente adaptativo, carregador de celular sem fio e banco do motorista com ajustes elétricos.
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Ficha técnica
O Cruze traz em todas as versões um motor 1.4 turbo capaz de entregar até 153 cv de potência e 24,5 kgfm de torque com etanol. A única transmissão oferecida no sedã é automática convencional de seis velocidades. O câmbio oferece trocas em modo manual, mas apenas pela alavanca.
Veja a ficha técnica completa do Chevrolet Cruze
Nas medidas, o Cruze 4,67 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,48 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. O porta-malas acomoda até 440 litros de bagagens. Na versão LTZ, o modelo pesa 1.321 kg.
Faça um favor a si mesmo: ao menos considere o Cruze
O que um sedã precisa para ser considerado bom? Potência? O Cruze tem, assim como conforto e uma lista de equipamentos recheada, passando até a de alguns rivais diretos (estou falando de você, Corolla Altis).
Começando pelo que apontaria pessoalmente como pontos desabonadores, colocaria o visual, que não enche os olhos. Não é super sóbrio, mas também não marca. Tudo bem que o segmento tradicionalmente não encara bem modelos com design muito forte, mas o Civic ousou na décima geração e ninguém reclamou que ele foi longe demais ainda.
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Dentro, o espaço para pernas é ótimo para todos os ocupantes, mas quem for muito alto vai ficar no limite do conforto, olhando o teto mais de perto. Essa é uma das consequências do bichinho “sedã com cara de cupê” que picou várias montadoras. O caimento do teto começa mais cedo e sacrifica um pouco o espaço interno em nome do design.
Parece que a Chevrolet ficou em um seguro meio de campo. Quis o visual “acupêzado” que está na moda e assumiu a perda de um mínimo de espaço no banco traseiro, mas não foi até o ponto de ter um design forte demais no restante da carroceria.
Pronto, se você queria saber apenas o que não é tão bom assim no Cruze, sua leitura acabou. Se você não se incomodar com o restante do texto falando bem do carro, pode continuar.
Compare o Chevrolet Cruze com seus rivais
Bem equipado, o sedã também conta com detalhes de couro no acabamento dessa versão LTZ e a aparência ficou boa. No entanto, ainda há alguns pontos com plástico rígido, algo cada vez mais difícil de justificar em carros de mais de R$ 100 mil, mas compensa em pontos como os botões do volante, que são emborrachados.
Desempenho, por outro lado, é indiscutível, pois o pequeno 1.4 opera também pequenos milagres empurrando o Cruze. Acaba sendo daqueles carros que a atenção ao velocímetro é essencial. Não observá-lo leva ao risco de se estar bem mais rápido que o aparente. Sem ao menos passar das 2.000 rpm, o sedã nunca sofre de falta de fôlego e na estrada se mantém na mesma faixa. Em uso urbano atípico, sem trânsito e com uso de vias expressas com velocidades mais elevadas, o consumo com gasolina ficou em 9,9 km/l, de acordo com o computador de bordo.
Quando equipado com o pacote de opcionais, o computador de bordo parece um monitor de avião, colorido e cheio de funções para se observar. Vai além da quilometragem da viagem e consumo. Mostra também a pressão dos pneus e informações importantes, como a voltagem da bateria e a distância em segundos para o veículo da frente, o que é útil para perceber o quão perto você está.
A suspensão também é bem confortável. Filtrou a maior parte do nosso maravilhoso asfalto sem problemas e olha que apenas a parte do asfalto é mentira. Apenas em algumas imperfeições constantes, como em ruas de paralelepípedo, por exemplo, o carro acaba fazendo alguns solavancos de um lado para o outro quando vazio. Já na estrada, tem o rodar macio de um colchão.
Apesar de opcionais, os sistemas de segurança valem o investimento. Por vezes o alerta de colisão frontal apitou antes de eu reagir a um obstáculo na minha frente, efetivamente acelerando minha reação. Em São Paulo (SP), o monitor de ponto cego lida bem com as motos passando entre os carros. O assistente de baliza é bem divertido de usar e assusta alguns passageiros desavisados ao verem o volante esterçando sozinho (desculpa, mãe!).
O assistente de permanência em faixa foi o único com o qual não me entendi perfeitamente. Ele sempre fazia pequenas correções para me manter no centro da faixa enquanto eu contornava curvas. Era como eu estivesse sempre brigando com o volante.
Conclusão
Confortável, bem equipado e potente. Se isso já não fizer o Cruze ganhar ao menos uma olhada antes de ir direto para lojas da Honda ou Toyota, eu não sei mais o que pode fazer você mudar de ideia.
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