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Domando Godzilla: como é andar no Nissan GT-R

Com 552 cv, o Nissan GT-R faz por merecer seu apelido de "Godzilla". O monstro japonês acelera de 0 a 100 km/ em 3,2 s

03/03/2015 - Thiago Moreno, de Mogi Guaçu (SP) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Se o carro não é - nem será - vendido no Brasil, geralmente o iCarros não faz a avaliação, afinal ninguém poderá comprá-lo. Mas quando o convite é para andar num Nissan GT-R, fica difícil dizer não. Ainda mais quando é um veículo único no Brasil: trata-se do modelo 2015, importado exclusivamente para exibição no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado e que estava à disposição no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP).

A própria visão do carro já assusta. Se você está acostumado com hatches simpáticos ou sedãs de linhas fluídas, o GT-R acena com linhas retas e bem marcadas, diferentemente de outros modelos da marca.

Além de disfarçar um pouco dos 4,7 m de comprimento, 1,9 m de largura, 1,4 m de altura e os 2,8 m de entre-eixos, elas servem para melhorar a aerodinâmica do carro, cuja a velocidade máxima declarada é de 312 km/h. O modelo das fotos acelera de 0 a 100 km/h em 3,2 segundos. Somente o aerofólio traseiro consegue gerar 100 kg de pressão aerodinâmica sobre aquele eixo a 250 km/h.

A fama de “Godzilla”, personagem famoso do cinema japonês, surgiu no final do anos 1980 por uma revista australiana para a geração R32 do modelo (o atual é o R35). Mas vale destacar que o carro se tornou conhecido pelo modelo R34 que aparece nos filmes da franquia "Velozes e Furiosos".

E o apelido lhe cai bem. Seu motor 3.8 V6 biturbo que gera 552 cv de potência e 64 kgfm de torque é acoplado a uma transmissão de dupla embreagem com seis velocidades e tração integral, que favorece o envio de força para o eixo traseiro. O bloco é montado de maneira artesanal por um único operário cujo nome fica gravado no motor, nos moldes da AMG, divisão de alta performance da Mercedes-Benz.

Com o conjunto, o Nissan GT-R detém o título de carro de produção mais rápido no circuito alemão de Nürburgring, completando os quase 21 km da pista e suas 154 curvas em 7 minutos e 8 segundos.

Personalidade mutante

Tirando as enormes rodas de 20”, calçadas por pneus 255/40 na frente e 285/35 na traseira, o GT-R parece apenas um sedã de duas portas, com os três volumes bem definidos. Por dentro, a mesma coisa: acabamento bem feito e sóbrio, com amenidades tais quais ar-condicionado automático, central multimídia com opções de customização das informações exibidas, ajustes elétricos para os assentos dianteiros e até um banco traseiro para dois adultos, coisa rara em esportivos desse calibre. E o porta-malas? Claro que 248 litros não são muita coisa, mas já dá pra ir no mercado fazer compras.

Rodando no modo normal, o GT-R é confortável e dócil. Só a direção exige um pouco mais de esforço para esterçar as massivas rodas. Mas lá estão três botõezinhos que controlam os ajustes de suspensão, câmbio e controles de estabilidade. Vire os três para a posição “R” e o Nissan vira o monstro que pelo qual foi apelidado.

Apesar de seus 1.747 kg, o carro passa pelas mudanças de direção com agilidade de bólido de competição, enquanto é capaz de manter velocidades absurdas nas curvas sem adernar ou desgarrar. Mesmo quando levado propositadamente além de seu limite, diversos recursos eletrônicos botam o carro de volta nos trilhos. Numa saída de traseira, por exemplo, o diferencial central do carro pode enviar até 50% da força para o eixo dianteiro, puxando o GT-R de volta para sua trajetória.

Como a suspensão é adaptativa, rodando devagar, o Nissan ainda consegue ser confortável. São nada menos que 11 parâmetros monitorados pelo sistema (entre eles o ângulo de esterço do volante, velocidade, aceleração lateral, aderência, posição do acelerador e pressão no freio) para ajustar a firmeza do conjunto. A suspensão é independente nas quatro rodas, com arquitetura de duplo A na dianteira e Multilink na traseira.

Além de equilíbrio, o carro oferece uma aceleração brutal, de grudar o motorista no banco de maneira literal mesmo. O câmbio ajuda: fora dos modos mais radicais, até permite trocas manuais por meio das borboletas fixadas na coluna de direção, mas vai abortar reduções que ameacem a integridade do sistema e subirá de marcha automaticamente assim que as rotações chegarem ao limite. No modo R, o motorista que se vire, pois as trocas, antes suaves, viram socos nas costas e, ao atingir o corte de giro, as rotações ficarão por lá até que o aspirante a piloto as faça ele mesmo. As reduções são aceitas sem restrição.

Ao descer do carro, além do “gostinho de quero mais” fica também uma dúvida: por que um carro tão bom não pode ser vendido para qualquer um no Brasil assim como ocorre em outros países?

E se vendesse? - Repare que não é “Vai vender?” como você pode estar acostumado. A Nissan já afirmou categoricamente mais de uma vez: o GT-R não vem para o Brasil. Segundo a marca, o baixo volume de vendas para um modelo que, de fato, é direcionado a um mercado restrito por aqui (dados da montadora dão conta que apenas 52 GT-R foram importados de forma independente em 2014) não viabilizaria os custos de homologação do carro. Nos EUA, o GT-R custa quase US$ 100 mil (R$ 296.490) e não chegaria em terras tupiniquins por menos de R$ 500 mil dadas as tributações de importação. Uma pena.

Teste-drive a convite da Nissan
 

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