De Evoque é fácil, é lindo. E de BMW X4?

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Range Rover Evoque Dynamic: R$ 231.500, mas não tem todos os opcionais do rival

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BMW X4 xDrive28i: R$ 275.450

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Quem quiser câmera de ré e porta-malas com abertura elétrica tem que levar o Tech Pack, elevando o preço a R$ 281.000

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Único opcional do X4 é a escolha entre o motor de quatro ou seis cilindros. O da foto tem o propulsor menor

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Visual cupê do Evoque vem do teto quase plaino e a linha de cintura ascendente

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Já no X4, a cintura é mais reta e o teto tem um caimento mais agudo

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Teto panorâmico de vidro vem de série no Evoque Dynamic, mas não abre

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Teto-solar elétrico do X4 é pequeno, pois a curvatura do teto dificulta uma peça maior

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Menor, Evoque tem menos espaço para as pernas

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Mas compensa em espaço para a cabeça

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Já o X4 é o inverso. Sobra espaço para pernas

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Mas nem tanto para a cabeça

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Interior do Evoque

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Interior do X4

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Porta-malas do Evoque é maior, mas, ao menos que se pague extra pelo opcional, não tem abertura elétrica

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Já o X4 tem o item de série

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Mas o bagageiro é menor

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O Range Rover Evoque chegou ao Brasil em 2011 arrebatando corações com seu visual marcante que mistura a “parrudez” dos utilitários esportivos da Land Rover com as linhas fortes de um cupê. A ideia deu certo e o modelo é hoje vista comum nas principais capitais brasileiras. E o Evoque não ficou só no rostinho bonito: ganhou motorização a diesel e câmbio automático de nove marchas. Sua popularização se deu também pela falta de concorrentes com o mesmo apelo visual, mas agora é oferecido o BMW X4 com a mesma proposta de ser um SUV com visual de cupê. Pra quem vai ficar feio agora?

A versão mais em contra do modelo bávaro é a xDrive28i com motor 2.0 turbo a gasolina, que custa R$ 275.450 na versão 2016 e ilustra o texto. O Evoque mais barato é o Pure Tech também 2.0 turbo a gasolina, de R$ 197.500. Para equilibrar as contas, o iCarros avaliou a versão Dynamic (R$231.500).

Como se viu, ambos os rivais lançam mão de propulsores similares, mas o da Land Rover gera 240 cv de potência e 34,7 kgfm de torque, contra 245 cv e 35,7 kgfm, respectivamente, do BMW. O Evoque tem câmbio automático de nove marchas, enquanto o X4 usa uma caixa automática de oito velocidades. Ambos dispõem de tração integral, mas o primeiro favorece a tração dianteira, enquanto o segundo manda mais força para o traseiro na maior parte das situações.

De medidas, uma similaridade (altura de 1,6 m) e várias diferenças. O Land Rover tem 2 m de largura, 4,4 m de comprimento e 2,6 m de entre-eixos, com 575 litros de porta-malas. O BMW tem, respectivamente, 1,9 m, 4,7 m e 2,8 m e 500 litros. O Evoque é mais leve: são 1.640 kg contra 1.845 kg do X4.

Em itens de série, um empate técnico. Ambos possuem ar-condicionado automático de duas zonas, sensores de estacionamento, direção elétrica progressiva, bancos em couro com regulagem elétrica e memória para o motorista, sistema start/stop e central multimídia com navegação. Mas o BMW traz ainda abertura elétrica do bagageiro e câmera de ré.

Quem quiser os itens adicionais do X4 para o Evoque pode optar pela versão Dynamic Tech Pack (R$ 281 mil) e levar ainda suspensão adaptativa e não só a câmera de ré como também o sistema da Land Rover que fornece um vista virtualmente de 360 graus, com câmeras também nas laterais e na frente do veículo.

SUVs que portam licença poética

Não, nenhum dos rivais faz trilha. Os sistemas de tração integral para ambos são mais voltados para melhorar a aderência em pisos escorregadios. Então de utilitário mesmo Evoque e X4 não têm muito além do porte. Mas visual eles têm, de sobra. Os caminhos são diferentes: o Evoque dá a impressão de cupê com uma linha de cintura ascendente e o teto praticamente reto. O X4 inverte e tem a cintura reta e o caimento de teto mais agressivo.

Os resultados já são esperados. Enquanto o Land Rover tem mais espaço para a cabeça e ombros no banco traseiro, falta-lhe espaço para as pernas do BMW. Só que no último o espaço para a cabeça é limitado, então quem pode aproveitar essa vantagem para os membros inferiores com certeza raspa o cocuruto na forração superior. Assim, a praticidade dos bancos traseiros em ambos acaba sendo quase que uma licença poética. Com vidros traseiros ínfimos (Evoque) ou muito inclinados (X4), a visibilidade também não é ponto forte dos modelos. 

Aceleração percebida x aceleração declarada

No papel, os propulsores da BMW e da Land Rover são muito parelhos, com leve vantagem do X4 sobre o Evoque. Como o primeiro é mais pesado e tem uma marcha a menos, esperaria-se que a aceleração fosse mais lenta que a do último. Mas não é isso que acontece. O 0 a 100 km/h declarado pela BMW para seu SUV é de 6,4 segundos, contra 7,6 segundos do Range Rover. No papel, vantagem do X4. Atrás do volante, porém, quem passa uma maior impressão de velocidade é o Evoque. Pode não ser tão rápido, mas ronca bonito e emociona mais o motorista. O X4 é silencioso, rápido e eficiente, mas não tem a mesma graça.

Se por um lado a aceleração contradiz a lógica, em consumo a vida real copiou o papel. Os dados de consumo para o Evoque são de 7,9 km/l na cidade e 11,1 km/l na estrada. Para o X4 são 7,3 e 9,4, respectivamente. Durante a avaliação, ambos foram utilizados 75% do tempo na cidade e 25% na estrada e o consumo indicado pelo computador de bordo do Land Rover foi de 8,5 km/l, enquanto o X4 indicou 7,8 km/l, mesmo sendo usado o EcoPro, um modo de condução que visa a máxima eficiência do propulsor. Aqui a marcha extra e o peso menor do Evoque fizeram a diferença contra o X4

Escolha de Thiago Moreno - Mesmo quando avaliado com opcionais equivalentes aos itens de série do X4, o Evoque compensa o valor extra investido por ter o conjunto mecânico mais eficiente. De visual, também é o que agrada mais e deixa claro o motivo de ter feito sucesso em nossas ruas.

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