03/10/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
A Chevrolet lançou há cerca de dois meses a versão de entrada Joy para o Onix, carro mais vendido no País. Resgatando o nome já usado pela marca no passado, traz o visual anterior ao facelift sofrido pelo modelo em julho deste ano pelo preço de R$ 38.990 – lembrando que o hatch reestilizado 1.0 sai por R$ 44.890. Nesse comparativo, a novidade enfrenta outro compacto 1.0: o Fiat Mobi na versão Like On de R$ 42.300.
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Desempenho e consumo: quem é melhor?
O Onix Joy traz sob o capô um 1.0 8V flex que rende 78 cv e 9,5 kgfm com gasolina e 80 cv e 9,8 kgfm com etanol. A transmissão é manual de seis marchas. Segundo dados do Inmetro, essa versão roda 9,1 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada com etanol. E para ajudar na economia de combustível, o hatch possui alerta de mudança de marcha no painel e pneus com baixa resistência ao rolamento.
Já o Mobi conta com um 1.0 8V flex que desenvolve 73 cv e 9,5 kgfm com gasolina ou 75 cv e 9,9 kgfm com etanol. A única opção de câmbio é manual de cinco velocidades. Pelo Inmetro, o carrinho faz 8,4 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada com etanol no tanque.
Avaliando apenas números é difícil chegar a um veredito, mas ao volante, a superioridade do Onix aparece, mesmo ele pesando 65 kg a mais – são 1.011 kg no Chevrolet e 946 kg no Fiat. Ele é mais ágil no dia a dia e mostrou maior desenvoltura em retomadas de velocidade. O Mobi vai bem depois que embala, mas sofre um pouco mais que o rival para sair da imobilidade. Além disso, a sexta marcha do Onix ajuda a economizar combustível em estradas, algo relevante nesse segmento de modelos de entrada. No Mobi, são necessárias mais reduções. Falando do câmbio, os engates são mais precisos no hatch da Chevrolet, mas eles são mais suaves no Fiat, o que torna a sua dirigibilidade mais prazerosa.
O Mobi, por outro lado, se sai melhor no acerto da suspensão. Ele é mais macio, oferecendo mais conforto que o concorrente, especialmente para quem vai no banco traseiro. No Onix, os passageiros – ainda mais atrás - parecem sentir cada ondulação do asfalto. Em compensação, tem mais estabilidade e menor rolagem da carroceria em curvas. Por fim, a direção elétrica – um dos principais benefícios na renovação do Onix – dá vantagem ao modelo na hora de manobrar. No Mobi é hidráulica.
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Acabamento e espaço interno
Por dentro, como no modelo reestilizado, o Onix Joy recebeu puxadores e apoios de braço redesenhados, bem mais ergonômicos. Não foi tão feliz, porém, a troca dos comandos dos vidros elétricos da porta para o console central. Comparado ao Mobi, ele exibe acabamento mais simples, dos materiais ao desenho. Os destaques ficam por conta dos dois tons de cinza, do velocímetro digital e do porta-luvas mais alto.
Já o compacto da Fiat traz no interior um estilo mais moderno, tal qual visto no desenho da carroceria. Além disso, exibe diferentes texturas no painel, portas e bancos, criando um ambiente mais agradável. O quadro de instrumentos possui uma tela digital ao centro, mas o rádio não tem tela sensível ao toque e o acionamento dos botões é um tanto duro demais.
Atrás, os passageiros do Chevrolet encontram mais espaço graças ao seu entre-eixos mais longo, com 2,52 m contra os 2,30 m do Mobi. Lembrando que o Mobi também é menor: tem 3,56 m de comprimento frente aos 3,93 m do Onix Joy. Essa diferença também aparece no porta-malas: são 289 litros no Onix e 235 litros no Mobi; são 54 litros a menos.
Equipamentos de série
Os dois modelos vêm de fábrica com ar-condicionado, direção assistida (elétrica progressiva no Onix e hidráulica no Mobi), vidros dianteiros elétricos, limpador e desembaçador traseiro e cinto de segurança do motorista com regulagem de altura (também para o passageiro no Mobi).
O Onix Joy acrescenta a essa lista alerta de mudança de marcha e de baixa pressão dos pneus, faróis com máscara negra e sistema OnStar (inclui localização do veículo, alerta de pressão dos pneus e odômetro total através de aplicativo para smartphones e alertas de movimento, valet e velocidade monitorando remotamente o veículo). O serviço é gratuito por um ano. Pesando contra o Chevrolet, ele traz rodas aro 14” com calotas e predisposição de rádio.
Já o Mobi Like On faz valer os R$ 3 mil que cobra a mais com rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, volante e banco do motorista com regulagem de altura, retrovisores elétricos com direcionamento do espelho para baixo no engate da ré e repetidores de direção, travas elétricas, computador de bordo, caixa organizadora no bagageiro, sensor de estacionamento, alarme e rádio com comandos no volante, USB, Bluetooth e função streaming de áudio.
Escolha de Anamaria Rinaldi – Ambos os modelos são ótimas opções para quem busca um carro de entrada para deslocamentos diários. O Onix é um pouco mais econômico e oferece melhor desempenho, mas o Mobi acaba levando o comparativo pela lista de equipamentos e pelo conjunto mais equilibrado. Ele faz valer a diferença de preço. E se você não se importar com as rodas de liga leve e outros itens como sensor de estacionamento, alarme e retrovisores elétricos, pode ficar com a configuração Like por R$ 37.900.
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