Como anda o T40, o mais brasileiro dos JAC?

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JAC T40 Pack 3 custa R$ 58.990

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Modelo é o SUV de entrada da JAC no Brasil

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Visual foi feito pensando em nosso mercado e o T40 parece maior do que realmente é

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Cabine abusa dos plásticos, mas há a presença de materiais macios ao toque

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Cabine do T40 é escura

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Central multimídia é um dos diferenciais do Pack 3, mas não tem GPS ou espelhamento de smartphones

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Mostradores do painel são pequenos

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Detalhe do acionamento do controle de tração

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Câmera frontal também é uma das exclusividades do Pack 3

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Detalhe do novo logo da JAC

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Banco traseiro tem cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes

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Porta-malas acomoda até 450 litros

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Motor 1.5 flex, de até 127 cv com etanol, é o mesmo do JAC T5

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Detalhe das pinças de freio vermelhas. O carro tem freio a disco nas quatro rodas

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Desenvolvido pensando no mercado brasileiro, o JAC T40 chegou e já atiça a curiosidade do público por aqui. O visual agrada e o carro parece maior do que é. Apesar de ser considerado um SUV pela marca, a novidade concorre mesmo é com modelos aventureiros como Renault Sandero Stepway e Volkswagen CrossFox. Ele chega custando R$ 58.990 na versão avaliada Pack 3, a mais completa. Mas como anda a novidade?

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O que ele traz?

Como por enquanto a JAC está oferecendo a novidade apenas na variação mais cara, chamada de Pack 3, a lista de equipamentos é bem farta, como já é usual para modelos de origem chinesa. Há itens de segurança como freios a disco nas quatro rodas e controles de tração e estabilidade, tudo de série.

Há ainda assistente de partida em rampa, monitoramento de pressão dos pneus, acionamento elétrico de vidros, travas e espelhos retrovisores, sensor de estacionamento traseiro, luzes diurnas de LED, luz de conversão (ilumina curvas seguindo o movimento do volante), indicador de troca de marchas, alarme, piloto automático, acendimento automático dos faróis, volante revestido de couro, banco do motorista com ajuste de altura, Isofix, rodas de liga leve de 16 polegadas, direção com assistência elétrica e volante com comandos de áudio e do controlador de velocidade.

Confira a lista completa de equipamentos

Os diferenciais do Pack 3 para a vindoura Pack 2, mais simples, são a câmera frontal Connect Front Camera, câmera de ré e central multimídia com tela de 8 polegadas. O único opcional é a pintura em dois tons, custando R$ 1.990 e deixando o visual como o do carro das fotos.

Ficha técnica

Nas medidas, o T40 tem 4,13 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,56 m de altura e 2,49 m de entre-eixos. O porta-malas é grande, com capacidade para 450 litros. O vão livre do solo é de 180 mm, sendo esse um dos fatores que permitem à JAC chamar o modelo de SUV. O carro pesa 1.155 kg.

Veja todos os dados técnicos do JAC T40

O motor é o 1.5 16V flex que rende 127 cv de potência (etanol) e 125 cv (gasolina), com torque máximo de 15,7 kgfm e 15,4 kgfm, respectivamente. A transmissão por hora é sempre manual de cinco marchas, mas uma CVT será oferecida também a partir do próximo ano - está prometida para chegar entre janeiro e fevereiro. Ou seja, o conjunto é o mesmo já utilizado no JAC T5.

Samba no contratempo

A cada novo lançamento da JAC, a impressão que fica é a mesma: a marca continua evoluindo na qualidade dos modelos lançados por aqui. O T40 é resultado disso. É o carro com o visual mais acertado e o melhor acabamento oferecido pela marca no Brasil.

Vale lembrar que o resultado do visual, tanto externo quanto interno, é resultado de pesquisa e investimento do grupo S.H.C., sócia da representação da JAC Motors no Brasil. Nesse quesito, onde houve a mão dos brasileiros, o carro mandou bem. O visual chama a atenção e o T40 parece ser bem maior ao vivo do que suas medidas sugerem.

Claro que se encontram plásticos rígidos em abundância, mas agradam no visual e a montagem não tem falhas aparentes. Há até mesmo materiais macios ao toque no painel e nos descansos de braço nas portas.

Compare o JAC T40 com os seus rivais

Os bancos também provêm bastante conforto e há encosto de braço para o motorista. Aliando-se esse fator ao isolamento acústico, que não deve em nada para os modelos fabricados no Brasil, temos um JAC em que é possível viajar por horas sem cansar.

Espaço dentro da cabine não é problema nos bancos dianteiros, mas para quem vai atrás, um terceiro passageiro pode ser incômodo em trechos longos. No entanto, vale o destaque para os cintos de três pontos e encosto de cabeça disponíveis para todos os ocupantes.

Para quem dirige, a direção é bem leve, o que ajuda nas manobras em baixas velocidades. O câmbio tem engates precisos, mas um tanto firmes. Usando no trânsito urbano, sempre com ar-condicionado ligado, o consumo com etanol foi de 7,1 km/l de acordo com o computador de bordo. Na estrada, mesmo com cinco pessoas a bordo e ar-condicionado sempre ligado, o número subiu para 10,8 km/l com etanol.

Mas nem tudo são flores. Como disse um professor meu na faculdade de jornalismo “o brasileiro é um povo muito novidadeiro”. De fato, lá no Brasil Império, tivemos uma das primeiras redes de cabeamento para telégrafo, ainda no século XIX. Sem falar nos automóveis, que já estavam aqui na virada do século XX.

Somos pioneiros de telecomunicações? Não. Líderes globais de desenvolvimento de tecnologias para automóveis? Ainda não. Isso serve para ilustrar que, mesmo com diversas tecnologias novas, o T40 não é um sucesso completo.

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Tem central multimídia? Sim, e ela é grande e de fácil utilização, mas, ao desconectar o Bluetooth do carro, aparece a mensagem “deseja disligar (sic) o aparelho?”. Além disso, não há GPS. Tudo bem, nossos smartphones hoje cumprem esse papel com mais sucesso. Há então espelhamento da tela do celular? Também não.

Há questões de ordem mais prática. Por exemplo, na minha posição de guiar, o pé direito sempre encosta na alavanca de freio ao se trocar de posição para o acelerador e vice-versa. Há também um hiato no acionamento do acelerador. Em uma pisada mais leve, nada acontece. Pisando mais, o carro começa a trepidar e aí então o motor responde com um tranco. Pelo menos foi assim que a unidade avaliada se comportou.

Os números no painel de instrumentos são pequenos e a tela do computador de bordo idem, com o agravante de ser escura. Na verdade a cabine inteira é escura. Perder algo dentro do carro à noite é algo que não desejo para ninguém. Sendo bem chato, o porta-copos abaixo do comando do ar-condicionado é bem raso, então recipientes maiores não cabem por ali.

Conclusão

Sempre que aparece um carro chinês para avaliação, a conclusão é parecida: bom, mas com detalhes para melhorar. Não é diferente para o JAC T40. No entanto, esses detalhes estão cada vez menores. Para quem busca um modelo com ares de SUV, a opção chinesa traz muitos equipamentos, preço em par com os rivais (se não for mais barato) e com pequenos reveses. Vale a pena ir até a loja e andar para tirar suas próprias conclusões. 
 

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