28/07/2017 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Dez de abril de 2017. Por que eu estou citando essa data? Porque foi nela que vocês leram aqui no iCarros uma matéria escrita por minha pessoa intitulada “Captur Zen 1.6: ah, se fosse CVT...”. Pulando para os dias atuais, posso dizer com certeza que o Captur CVT chegou e era exatamente o que eu esperava dele no uso cotidiano. E o que eu esperava? É o que você vai ler agora sobre o modelo, que custa a partir de R$ 88.400 na configuração Intense 1.6 CVT.
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Ficha técnica
Com o câmbio CVT, o Captur é sempre equipado com o motor 1.6 16V flex SCe. O propulsor é capaz de entregar 120 cv com etanol e 118 cv com gasolina, com torque máximo de 16,2 kgfm a 4.000 rpm com ambos os combustíveis, sendo que 90% do torque aparece já a 2.000 rpm.
A transmissão, como dito, veio do Nissan Kicks, tanto que seu nome é o mesmo: X-Tronic CVT. No Captur, o câmbio permite fazer as trocas de marcha no modo manual por meio da alavanca, simulando seis marchas (posições pré-programadas das polias).
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Na comparação com o câmbio manual, ele oferece uma relação máxima mais curta que a primeira marcha (3,874:1 x 3,727:1) e a relação final mais longa (0,532:1 contra 0,756:1). O resultado vem no consumo. Em ciclo urbano, o Captur CVT faz 7,3 km/l com etanol e 10,5 km/l com gasolina. No ciclo rodoviário, os números são respectivamente 8,1 km/l e 11,7 km/l. Durante os testes do iCarros, o computador de bordo indicou 7 km/l com etanol em uso prioritariamente urbano, mas sem uso do ar-condicionado.
No entanto, na aceleração de 0 a 100 km/h, o câmbio manual ainda é mais rápido, cumprindo a tarefa em 11,9 segundos com etanol e em 13,4 segundos com gasolina. O CVT, respectivamente, leva 13,1 segundos e 14,5 segundos de acordo com dados da própria Renault.
Medidas
O acréscimo do novo câmbio alterou pouco os números do Captur, tendo ainda 4,39 m de comprimento, 2,67 m de entre-eixos, 1,81 m de largura e 1,61 m de altura. O ângulo de entrada é 23°, o de saída é 31° e a altura do solo é de 212 mm. O porta-malas é bem amplo em relação aos concorrentes e consegue acomodar 437 litros. A diferença vem no peso: os Captur 1.6 CVT têm 1.286 kg, 13 kg a mais que o 1.6 manual.
O que ele traz?
O Renault Captur Intense 1.6 CVT traz de série quatro airbags (dianteiros e laterais), controle de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, isofix, direção eletro-hidráulica, volante com regulagem da altura, vidros elétricos, alarme, chave-cartão, comando de áudio na coluna de direção, banco do motorista com regulagem de altura, luzes diurnas de LED, retrovisores rebatíveis eletricamente e piloto automático com indicador e limitador de velocidade.
Traz também rodas de 17 polegadas de liga leve diamantadas, apoio de braço, central multimídia Media Nav com tela de 7” sensível ao toque, GPS integrado, conexão Bluetooth, câmera de ré, ar-condicionado automático, sensor de chuva, farol de neblina com função Cornering Light e acendimento automático dos faróis.
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O modelo das fotos estava equipado com os dois opcionais disponíveis para essa configuração: o revestimento de couro para os bancos (R$ 1.500) e a pintura em dois tons (R$ 1.400). Assim, o preço total do carro testado é R$ 91.300.
O alívio do CVT
E o que eu estava esperando? Basicamente eu esperava que o Captur 1.6 CVT fosse a mesma experiência que o Zen 1.6 manual testado anteriormente, mas com um descanso para a perna esquerda. E foi mais ou menos isso o que aconteceu.
O câmbio CVT acrescentou mais conforto ao Captur, que já tinha nesse item um de seus pontos altos. Durante o uso urbano, a transmissão prioriza o uso de rotações baixas, raramente passando dos 2.000 rpm, se usar o modo ECO, esse número cai para 1.500. Mesmo acelerando com um pouco mais de ímpeto, a rotação sobe momentaneamente e volta a uma faixa inferior assim que possível.
Se você estiver utilizando a condução mais eficiente, no entanto, é preciso apertar bastante o acelerador ou desligar o modo ECO para vencer aclives acentuados. O Eco pode economizar combustível (fiz média de 7 km/l com etanol na cidade), mas acelerando moderadamente o câmbio continua priorizando as rotações baixas e vence a landeira bem devagar. O mesmo acontece em retomadas, como em ultrapassagens. Na estrada é melhor usar o modo normal de condução.
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Apesar desse pequeno contratempo, o resultado é que há pouco ou nenhum ruído do conjunto motriz invadindo a cabine, que já era bem isolada e também filtrava de maneira satisfatória as interferências sonoras de suspensão e vento. O único ruído que se escuta mesmo é o de rodagem, vindo dos pneus.
Como visto, os pontos positivos do Captur foram ressaltados com a introdução do câmbio CVT, principalmente nas questões de conforto e eficiência. Seguem alguns probleminhas, como a direção com assistência eletro-hidráulica mais pesada que os sistemas elétricos dos rivais e o acabamento que utiliza plásticos rígidos com certa abundância. Uma revisão de ergonomia também seria bem-vinda, pois é trabalhoso achar os botões de controle de cruzeiro e do modo ECO na parte posterior do console central, abaixo do freio de mão.
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