06/04/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
O visual, um dos itens mais marcantes do Jeep Renegade, não mudou na linha 2017. Já o motor flex, um tanto questionado por clientes, ganhou uma leve evolução, rendendo 7 cv a mais do que no modelo anterior. Não é muito, é verdade, mas fez diferença ao volante. Veja o que o iCarros achou do SUV na novata configuração Limited, de R$ 97.990.
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Primeiro, vamos citar o que a Limited exibe de novidade esteticamente. Você já deve ter notado pelas fotos que ela traz grade frontal, capas dos retrovisores e rack de teto na cor prata, além de contar com rodas de liga leve aro 18" com desenho exclusivo. A versão tem ainda mais equipamentos em relação à Longitude, até então a topo de linha, como chave presencial, faróis de xenônio, ar-condicionado digital de duas zonas, sensor de estacionamento, sensores de chuva e crepuscular, painel de instrumentos com tela digital de 7" programável e retovisor interno eletrocrômico (antiofuscante).
Motorização e desempenho
O motor segue o 1.8 E.Torque EVO flex, mas entregando agora 139 cv de potência e 19,3 kgfm de torque com etanol, ganho de 7 cv como dito anteriomente. Já com gasolina os números são 135 cv e 18,7 kgfm, um aumento de 5 cv. O torque mudou muito pouco: era 19,1 kgfm e 18,6 kgfm, respectivamente. Segundo a Jeep, a potência ficou maior graças ao uso de um novo coletor de admissão variável, que altera a distância entre o filtro de ar e o motor para oferecer mais potência em altas rotações e mais torque em giros baixos. A transmissão também é a mesma automática de seis marchas.
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A impressão ao guiar o Renegade flex é que ele está mais ágil, respondendo antes do que no modelo antecessor. Ainda assim, ele leva um tempinho para arrancar da imobilidade. A sensação é de que as marchas menores são mais longas do que deveriam, retardando o tempo gasto para o SUV ganhar velocidade. No mais, o câmbio automático tem ótimo funcionamento, sem trancos ou vacilos na escolha da marcha adequada.
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Não é um esportivo, mas o Renegade também ganhou o botão Sport na linha 2017. Localizado no painel, ele retarda as trocas de marcha, oferecendo mais força.
Consumo e dirigibilidade
A principal crítica é que o consumo continua elevado. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), o Renegade flex automático roda 6,5 km/l na cidade e 7,6 km/l na estrada com etanol ou 9,5 km/l e 10,9 km/l, respectivamente, com gasolina. Durante a avaliação do iCarros, porém, rodamos a maior parte do tempo em condições adversas. Com trânsito pesado e ar-condicionado ligado, a média no computador de bordo não passou de 3,9 km/l. E ele tem sistema Start/Stop, que desliga o motor em breves paradas.
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Os demais quesitos de dirigibilidade merecem elogios. A direção elética é precisa e direta aos comandos no volante e a suspensão atua de modo impecável, filtrando bem o piso e mantendo os ocupantes confortáveis independente do terreno. Vale lembrar que o Renegade é o único SUV compacto com suspensão independente também no eixo traseiro, além de contar com freios a disco nas quatro rodas.
O Renegade tem um bom acabamento interno e detalhes que atraem os olhos, como o emblema "Desde 1941" na central multimídia, o símbolo da Jeep espalhado pela cabine (console central e alto-falantes) e a marca de lama no conta-giros. Além do desenho único no interior, ele traz os comandos à mão e botões de controle do áudio atrás do volante - achei muito prática essa escolha. Há também borboletas para fazer as trocas de marcha manualmente.
Compare o Renegade com seus rivais
Destaque ainda para alguns itens de série, como partida por botão, câmera de ré, freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado com duas zonas de temperatura, acendimento automático dos faróis, controlador de velocidade, sensor de estacionamento e um prático porta-objeto sob o assento do passageiro dianteiro.
O que incomoda é a tela muito pequena da central multimídia e o espaço no banco traseiro, mais apertado do que nos rivais do segmento. O porta-malas de 260 litros é pequeno, embora o formato quadrado do carro permita acomodar mais facilmente a bagagem. E com os bancos traseiros rebatidos, chega a 1.300 litros.
Resumo
O Renegade Limited ficou mais atraente visualmente e com relação ao pacote de equipamentos, mas ele também cobra R$ 6.000 a mais que o Longitude, até então a configuração topo de linha com motor flex. Pensando no pós-venda? As três primeiras revisões custam R$ 356 (12 mil km), R$ 752 (24 mil km) e R$ 843 (36 mil km). Já o seguro custa, em média, R$ 7.500, mas há grande variação em função da seguradora, então vale a pena pesquisar.
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O Renegade também tem a vantagem de ter pouca desvalorização. Segundo a Agência AutoInforme, o modelo desvalorizou 6,4% em 2016 após 12 meses de uso. Ou seja, o SUV é uma boa opção de compra e segue atraindo clientes pelo seu estilo. Mas se você não tem os R$ 6.000 a mais, a versão Longitude também cumpre bem o papel.
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