23/01/2017 - Texto e fotos: Anamaria Rinaldi / Fonte: iCarros
O Chevrolet Tracker 2017 não é um fora de estrada e, na verdade, tem muito mais apelo urbano. Mas quando se trata do iCarros, o SUV parece gostar de contratempos. Depois do frio de -14ºC em Detroit (EUA), avaliamos a novidade durante uma semana chuvosa – muito, muito chuvosa – em São Paulo. Ela não deu trégua nem para as fotos. Mas apesar de tudo, o novo Tracker mostrou bravura lá e aqui.
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Avaliamos a versão topo de linha LTZ, de R$ 89.990. Com o pacote de opcionais, como o carro das fotos, vai a R$ 92.990. Por fora, são novos os faróis, a grade frontal, os para-choques e as lanternas traseiras. Foi um facelift completo para se adequar à nova identidade visual da marca. Aliás, é mesmo uma reestilização, que estreou em novembro do ano passado no Salão do Automóvel de São Paulo. O Tracker segue na primeira geração, chegando aqui importado do México.
Desempenho e consumo
O motor 1.4 turbo, novidade no SUV, caiu muito bem ao modelo, assim como ocorreu com o Cruze e o Cruze Sport6. Ele entrega bom desempenho, sem um “lag” (tempo para o turbo encher) muito perceptível. Isso graças ao uso de injeção direta de combustível e de uma turbina de dimensões menores. Ao pisar no acelerador, bastam alguns segundos para o Tracker avançar. Dá até para arrancar primeiro nos semáforos.
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São 153 cv de potência e 24,5 kgfm de torque com etanol frente aos 144 cv e 18,9 kgfm com o mesmo combustível do antigo 1.8. É uma melhora significativa. O câmbio segue o automático de seis marchas, com trocas manuais apenas na alavanca por meio de um botão. Não há borboletas no volante. E a tração é sempre dianteira. Só há versão AWD fora do Brasil. 7
O consumo, segundo a Chevrolet, melhorou 15% com o novo motor e a adoção do sistema Start/Stop, que desliga o motor em breves paradas em semáforos. De acordo com os dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o Tracker 1.4 roda 7,3 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada com etanol ou 10,6 km/l e 11,7 km/l, respectivamente, com gasolina. Infelizmente, a empresa não participava do programa antes, de modo que não existem dados do modelo anterior. Falando no Start/Stop, ele merece elogios, pois seu funcionamento é bastante suave e os ocupantes quase não percebem o motor desligar e religar.
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Depois de avaliar o modelo norte-americano, foi possível perceber como a suspensão para o mercado brasileiro está bem mais confortável. Ela entrega boa estabilidade em curvas, com pouca inclinação de carroceria, mas ao mesmo tempo filtrando bem imperfeições e desníveis no piso.
Acabamento e espaço interno
Depois de dar carona a alguns amigos, foram quase unânimes os elogios ao acabamento interno. As costuras aparentes no painel, o revestimento de couro, os detalhes em preto brilhante e os bancos em dois tons deram um ar de requinte ao carro. Também não há falhas aparentes. E um mimo é um porta-objeto escondido próximo aos comandos dos faróis.
Atrás, três adultos se acomodam bem graças ao túnel central baixo, que não compromete o conforto de quem viaja no meio. Há ainda apoio de braço com porta-copos no banco traseiro e encosto de cabeça e cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes. O porta-malas acomoda 306 litros ou 735 litros com os bancos traseiros rebatidos. E rebatê-los é tarefa fácil, mas é preciso puxar os assentos primeiro para conseguir rebater os encostos, criando uma área quase plana para levar itens mais volumosos.
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Para melhorar o conforto, ficou faltando acendimento automático dos faróis, ar-condicionado com duas zonas de temperatura, GPS, banco do motorista com ajustes elétricos e um porta-objeto no console central – embora haja apoio de braço para o motorista. São itens que muitos podem esperar ter ao menos como opcional. Sem contar os controles de tração e de estabilidade, o que foi muito criticado pelos leitores do iCarros na avaliação anterior. Também não há freio de estacionamento eletrônico, item questionado por internautas no nosso Facebook.
Vamos lembrar que o Honda HR-V EX de R$ 93 mil vem com freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado digital e controle de tração e de estabilidade. Por sua vez, o Jeep Renegade Longitude de R$ 91.990 traz ar-condicionado dual zone, monitoramento da pressão dos pneus, GPS e controle de tração e de estabilidade, ainda que cobre R$ 6.800 pelo teto solar que vem de série no Tracker LTZ.
Compare o Tracker com seus rivais
Equipamentos de série
Falando nos itens de série, o Tracker LTZ vem com alarme, faróis e lanternas de neblina, direção elétrica, ar-condicionado, trio elétrico, sistema isofix para cadeiras infantis, Start/Stop, rack de teto, volante multifuncional com regulagem de altura e profundidade, computador de bordo, controlador de velocidade, central MyLink com tela de sete polegadas sensível ao toque, função streaming de áudio, USB e espelhamento de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay, luz diurna, luz de posição de LED, rodas de liga leve aro 18”, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, teto solar elétrico e banco do motorista com ajuste lombar.
Mesmo faltando alguns equipamentos como os citados acima, o SUV também traz diferenciais, como o sistema OnStar, alerta de ponto cego, partida por botão e retrovisores externos com aquecimento. E no pacote opcional de R$ 3.000, acrescenta airbags laterais e de cortina aos já inclusos – e obrigatórios – frontais.
Custo/benefício
O Tracker 2017 ficou mais bonito, mais econômico e mais equipado que seu antecessor, mas poderia ficar ainda mais para brigar com os concorrentes nesse segmento. É quase unanimidade a falta do controle de tração e de estabilidade, embora a fabricante se defenda dizendo que em pesquisas com clientes os itens de segurança não foram apontados e, por isso, não foram adicionados ao SUV. De qualquer forma, ele se mostra uma boa compra e a Chevrolet tem o benefício dos clientes fiéis que costumam escolher a marca pelo conforto.
Quanto à manutenção, o Tracker 2017 cobra R$ 3.300 até os 60 mil km, sendo que as três primeiras revisões periódicas custam, respectivamente, R$ 256, R$ 596 e R$ 388. A mais cara é a de 60 mil km, de R$ 1.036. Está inclusa a mão de obra nesses valores. Lembrando que a garantia do veículo é de três anos.
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