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Chevrolet Onix e Honda CG: os mais vendidos do Brasil

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Chevrolet Onix e Honda CG: os mais vendidos do Brasil

O compacto e a moto são os veículos mais vendidos do Brasil. Eles mostram o que o brasileiro quer? Descubra

23/05/2016 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Chevrolet Onix entrega conforto e facilidade de condução

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CG 160 tem agilidade no trânsito urbano

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Espaço interno do Onix é um dos pontos altos

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Mas, apesar de competente, motor 1.0 do Onix deve em tecnologia para rivais

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Agilidade é um dos pontos altos da CG

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Assim como a facilidade de condução

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Porém, fica devendo em equipamentos de série

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Num universo em queda nas vendas de zero quilômetro, o Chevrolet Onix subiu ao poder e lidera o ranking desde o início de 2016 na categoria de carros de passeio no Brasil. No total, foram comercializadas 46.076 unidades do hatch até abril de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Porém, ainda é pouco para alcançar o veículo mais vendido do Brasil. Ele não tem quatro rodas, mas acumulou 63.953 emplacamentos no período. Essa é a força da Honda CG 160. Confira o que faz de ambos uma unanimidade de público. Os dois modelos pertencem a distintas categorias. iCarros, então, avaliou os dois queridinhos do Brasil para mostrar seus pós e contras. Confira!

Chevrolet Onix LT 1.0
Preço: R$ 43.990

Ficha técnica
Motor: 1.0 16V quatro cilindros flex
Potência: 80 cv com etanol e 78 cv com gasolina
Torque: 9,8 kgfm com etanol e 9,5 kgfm com gasolina
Câmbio: manual de cinco marchas
Medidas: 3,9 m de comprimento, 1,7 m de largura, 1,5 m de altura e 2,5 m de entre-eixos
Porta-malas: 280 litros
Peso: 1.012 kg.

Consumo declarado
Etanol: 7,8 km/l em uso urbano e 9,2 km/l em uso rodoviário
Gasolina: 11,5 km/l em uso urbano e 13,5 km/l em uso rodoviário

Itens de série
Direção hidráulica, ar-condicionado, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com acionamento por controle remoto e rodas de aço aro 14.

História

O Chevrolet Onix foi lançado no Brasil no final de 2012 para substituir a segunda geração do Corsa nacional. O hatch também foi um dos primeiros modelos a estrar a atual plataforma global de carros compactos da marca, a Gamma, que deu origem a outros carros como o Cobalt e a Spin, por exemplo.

Por que agrada?
Desde o lançamento, em 2012, o Chevrolet Onix não mudou. O visual é o mesmo, assim como o motor. Então, como assumiu a liderança? É um conjunto de fatores. A carroceria do hatch pode não chamar a atenção, mas encontre alguém que ache ele feio. A missão é difícil. O motor, um 1.0 de quatro cilindros convencional, não traz nenhuma novidade, mas também não gera estranheza. Equipamentos? Apenas o que se espera de um carro nessa faixa de preço.

Como anda?
O Onix se revela um carro relativamente silencioso ao rodar, com razoável espaço interno por ser um compacto. Quatro adultos se acomodam bem e o bagageiro leva bagagem de uma família para pequenas viagens sem aperto. A dirigibilidade também é um dos pontos fortes do hatch. O Onix tem boa visibilidade ao redor, embreagem leve e engates macios. Mesmo para quem nunca andou no Chevrolet é fácil se acostumar com sua condução.

Qual o valor da revisão e desvalorização?

Considerando uma média de 12.000 km por ano, o proprietário de Onix precisará fazer ao menos a primeira revisão, com 10.000 km ou um ano de uso, o que ocorrer primeiro. Segundo a Chevrolet, essa primeira manutenção custará ao dono R$ 216.

Quanto à desvalorização, hoje, um Onix LT como das fotos sai por R$ 43.990. O mesmo modelo, só que 2015, hoje vale R$ 35.492 de acordo com a tabela Fipe. Ou seja, em um ano, o Onix LT perde R$ 8.498, ou 19,3% de seu valor original.

O que o diferencia dos concorrentes?

O Onix tem um visual que não divide opiniões, agradando a uma parcela maior de concorrentes. Seu espaço interno é um dos melhores da categoria. Por último, oferece tela multimídia de toque com conectividade via Bluetooth e USB.

O que poderia melhorar?
O visual merece uma renovação, que já está a caminho, assim como o motor, que Motor deve em tecnologia para os demais concorrentes. Vidros elétricos traseiros também seriam bem-vindos na configuração de entrada.

Honda CG 160 Fan
Preço: R$ 8.390

Ficha técnica
Motor: 162,7 cm³ flex com injeção eletrônica, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas no cabeçote.
Potência: 15,1 cv com etanol, 14,9 cv com gasolina.
Torque: 1,54 kgfm com etanol e 1,4 kgfm com gasolina.
Câmbio: sequencial de cinco marchas. Transmissão final: corrente.
Medidas: 2 m de comprimento, 0,7 m de largura e 1,1 m de altura.
Altura do assento: 792 mm.
Peso: 118 kg.

Consumo aferido pelo iCarros
32 km/l com etanol em circuito misto 50% urbano e 50% rodoviário.

Itens de série
Rodas de liga leve aro 18, freio a disco dianteiro, partida elétrica, odômetro parcial, marcador de combustível.

História

Hoje na décima geração, a linha Honda CG foi lançada em 1976, sendo o primeiro produto nacional da marca fabricado em Manaus (AM). Após doze meses de mercado, em 1977, a CG já respondia por mais de 70% das vendas de motocicletas. A história de liderança se mantém por décadas. Além disso, foi a primeira moto a rodar com etanol, isso ainda na década de 1980. Em 2009, se tornou a primeira moto flex do mundo.

Por que agrada?

Apresentada em 2015, a CG 160 deu um pequeno pulo, aumentando o motor de 150 cm³ para 160 cm³. Algumas alterações foram feitas para reforçar o chassi da moto de forma a suportar o novo motor, que não guardou muitas semelhanças com o antigo. A grande sacada da CG160, avaliada na versão intermediária Fan, é usar o motor com um pouco mais de capacidade para entregar mais torque em baixas e médias rotações, possibilitando uma tocada ágil no trânsito urbano, tão necessária para quem compra uma moto pequena.

Como anda?

Leve, faz de manobras apertadas tarefa simples e se esgueirar por entre os carros não exige muito tempo de aprendizado. Na Honda, a ergonomia também falou alto. Condutores baixos ou altos conseguem sentar confortavelmente, assim como o garupa, que ainda conta com alças de apoio. Todos os comandos são de fácil acesso e o painel tem leitura simples. Assim como ocorre no Onix, qualquer pessoa habilitada consegue se habituar facilmente à CG 160 e tirar proveito de sua agilidade.

Qual o valor da revisão e da desvalorização?

Para a linha CG, a Honda oferece mão de obra óleo gratuitos nas duas primeiras revisões. Garante ainda mais cinco trocas de lubrificante com o óleo sem custo. Assim como no Onix, considerando-se uma média de 12.000 km rodados anualmente, em um ano serão necessárias três revisões. A de 1.000 km ou seis meses, 6.000 km ou 12 meses após a compra e de 12.000 km ou 18 meses após a compra. A Honda, porém, não divulga os valores para as demais peças ou o custo da mão de obra cobrada após o período de gratuidade alegando que os custos não são tabelas e variam de concessionário para concessionário de acordo com a região e a cidade.

Em termos de desvalorização, a CG 160 Fan ainda não completou um ano de uso, mas considerando a CG 150 Fan ESDi 2015, a equivalente mais próxima usada, tem-se um desvalorização de 10,2% de acordo com a tabela Fipe, sendo que a CG Fan 160 0km custa R$ 8.390. e a CG Fan 150 ESDi 2015 sai em média por R$ 7.533.

O que a diferencia das concorrentes

Possui motor com maio capacidade cúbica e mais torque em regimes baixos e médios de rotação. O visual também está entre os mais arrojados da categoria.

O que poderia melhorar

Fazem falta por esse valor itens como corta-ignição, conta-giros e cavalete central. Rendimento em altas rotações não impressiona. Em uso rodoviário, falta força.

Então o que é que o brasileiro quer?

Os dois veículos mais vendidos do Brasil mostram uma constante do comprador brasileiro, independente de ser com duas ou quatro rodas: a preferência é por carros ou motos que apresentem o menor compromisso possível. Não são a última palavra de tecnologia, itens de série ou têm o design mais arrojado do mercado, mas cumprem as tarefas do dia-a-dia sem exigir nada dos motoristas. Sem impressionar, Onix e CG vendem porque fazem bem todas as tarefas e é essa tranquilidade na compra que os tornou populares.

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