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Chery QQ Act cobra pouco por um bom carrinho urbano

Versão topo de linha do compacto chinês traz os equipamentos básicos e um pouco mais por R$ 31.490

14/06/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

A Chery quer mexer com o mercado brasileiro com o lançamento da linha 2018 do compacto QQ, agora oferecido em três versões, cobrando a partir de R$ 25.990. É o carro mais barato do Brasil. E nas três versões. Mesmo a mais cara Act, de R$ 31.490, não supera o próximo na lista, o Fiat Mobi, que parte de R$ 33.700.

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Será que tudo que é bom é caro? O iCarros testou a versão Act por uma semana e conta o que mais agradou e o que poderia ser melhor no modelo. Vale lembrar que, desde março, o QQ é flex, feito em Jacareí, no interior de São Paulo.

Desempenho

O motor 1.0 de três cilindros - que você já leu que agora é bicombustível - rende 74 cv com gasolina e 75 cv com etanol - o modelo anterior a gasolina rendia 69 cv de potência. O torque máximo é de 10 kgfm e 9,6 kgfm, respectivamente, entregue a 4.500 rpm. A transmissão é manual de cinco marchas, com engates não muito precisos, mas isso não chega a incomodar. Você encontra facilmente as posições.  

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Considerando que se trata de um 1.0, o QQ é bastante honesto. Ele sofre em ladeiras mais íngremes, mas no dia a dia vai muito bem. Não há arrancadas bruscas, mas é o esperado. O problema é acertar o ponto da embreagem e do freio. Nada que você não se acostume, mas é necessário um tempinho ao volante do QQ para se adaptar ao carro. Caso contrário, você sai "pipocando" por acelerar de menos ou gritando por acelerar demais. 

O freio é mais baixo e também exige uma leve adaptação. A direção é hidráulica a partir da versão intermediária Look, o que é muito bom. Ela só poderia ser um pouco mais rígida em baixas velocidades. Ajuda a manobrar, mas deixa o carro solto em situações normais de trânsito. 

Confira a opinião dos donos

A suspensão se mostrou confortável, ainda que tenha um acerto mais duro para não prejudicar a estabilidade. Não se sente batidas ou as irregularidades em pisos ruins. No geral, a dirigibilidade do QQ é boa. Se você tem preconceito com carros chineses ou muito baratos e acha que não vai gostar, vale a pena fazer um test-drive para ter uma nova impressão. 

Interior e espaço interno

O principal destaque do QQ são suas dimensões reduzidas. Com apenas 3,56 metros de comprimento e 1,62 metro de largura, é muito fácil manobrar o carro em qualquer espaço, por menor que seja. E os 2,34 metros de distância entre-eixos tornam o habitáculo apertado, ainda que seja levemente maior que os 2,30 m do Fiat Mobi. De qualquer forma, não se espera que uma família inteira seja transportada em um compacto com 160 litros de capacidade no porta-malas. Aliás, o bagageiro seria um de seus principais pontos fracos. Por outro lado, seu desenho externo está entre os principais elogios dos donos ao carro. 

Compare o QQ com concorrentes

Por dentro, o acabamento é simples, mas sem falhas que chamem a atenção. O velocímetro digital torna a sua leitura muito fácil. O rádio também é simples, sem muitos recursos, mas de novo, acho que cumpre bem a função de carro para o dia a dia. Pena que não há ajustes para volante, banco do motorista e cinto de segurança, exigindo que você tenha a estatura ideal para guiar o QQ. 

No geral, os comandos estão acessíveis, exceto os botões dos vidros elétricos. Eles ficam no console central e não há iluminação, então foi difícil encontrá-los no escuro apenas tateando. Os botões dos vidros dianteiros estão na base da alavanca de câmbio, enquanto os botões dos vidros traseiros estão atrás do freio de estacionamento. Não há muitos porta-objetos no interior da cabine nem porta-luvas com tampa. 

Veja todas as versões e preços

Equipamentos de série

O QQ vem com tudo que se espera de um carro de R$ 30 mil. A Act traz ar-concidionado, direção hidráulica, trio elétrico (nos vidros dinateiros e traseiros), rádio AM/FM com entrada USB, computador de bordo, abertura interna do porta-malas, rodas de liga leve aro 14", chave com comando remoto, luzes diurnas (DRL) e sensor de estacionamento. Não há luxo, mas é bastante honesto. 

Conclusão

Confesso que, como muita gente, cheguei para pegar o Chery QQ com um pouco de receio do que iria achar do carro. Não por ser barato. Não por ser chinês. Mas pelas dimensões. Imaginei que ele sofreria em curvas. Mas nada disso aconteceu. Ele surpreende por ser bom dentro da sua faixa de preço. Claro que não há luxo nem central multimídia ultra moderna. Não há em nenhum carro 0km abaixo de R$ 30 mil. Mas quem quer um carro novo para usar no dia a dia, encontrará no QQ uma opção viável e que, apesar de ter alguns defeitos, eles juntos não tiram a simpatia desse carrinho. 

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