22/08/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Ele já foi o hatch médio mais vendido no Brasil, antes da chegada da segunda geração com motor flex, em 2013. Desde então, no entanto, o Hyundai i30 tem encontrado dificuldade para garantir seu espaço neste segmento diante de rivais como VW Golf, Ford Focus e Chevrolet Cruze Sport6. Esses são os três melhores colocados no ranking de vendas da Fenabrave (associação de revendedores). O i30, embora seja um bom carro, aparece apenas na quinta posição com 10 unidades a menos que o Peugeot 308 no total de vendas do primeiro semestre do ano. E por quê? O iCarros explora os pontos positivos e negativos do modelo, avaliado na versão topo de linha de R$ 98.990 - a de entrada sai por R$ 80.776,60.
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O que mudou na linha 2016?
A verdade é que pouco mudou na reestilização lançada no País no ano passado. As alterações se concentram na dianteira, com grade maior dotada de linhas horizontais. O formato hexagonal, contudo, foi mantido. E é isso.
Motorização e desempenho
Então, como anda o i30? Muito bem. O motor 1.8 a gasolina de 150 cv trabalha em harmonia com o câmbio automático de seis marchas. O resultado são respostas ágeis em arrancadas e retomadas, sem trancos ou hesitações do câmbio. Ele parece acertar até quando não é preciso reduzir a marcha ao pisar no pedal no acelerador. As trocas manuais, porém, só podem ser feitas pela alavanca. Borboletas atrás do volante seriam interessantes, ao menos na versão topo de linha.
Quanto ao consumo, o i30 fez média de 6,7 km/l na cidade rodando a maior parte do tempo em congestionamentos. Há ainda o modo Eco, acionado por um botão no painel, que elevou a média a 7,2 km/l, também um uso urbano. Já a suspensão é firme, garantindo ótima estabilidade em curvas, mas prejudicando um pouco o conforto em pisos irregulares ou lombadas. Aqui, encontra-se um dos problemas do i30. A suspensão traseira por eixo de torção deixa o modelo atrás do Focus, que vem com suspensão independente também no eixo traseiro - vale lembrar que o Golf perdeu esse atributo com a nacionalização no início do ano.
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O hatch da Hyundai conta ainda com três modos na direção elétrica: Conforto, Normal e Esportivo. Ao alterá-los, por meio de um botão no volante, a mudança na rigidez do volante é perceptível, sendo ideal o modo Conforto para o dia a dia. À primeira vista, o cliente pode se assustar com a quantidade de botões na direção (rádio, computador de bordo, controlador de velocidade, pareamento do telefone e da direção), mas eles se mostram bem posicionados e você logo se acostuma.
Equipamentos e espaço interno
Por dentro, o i30 exibe bom nível de acabamento, com materiais agradáveis e todos os comandos à mão do motorista. O modelo cedido para esta avaliação é o topo de linha, equipado de série com central multimídia com tela de sete polegadas sensível ao toque, GPS, Bluetooth e comandos no volante. Faltou apenas a função de espelhamento da tela de smartphones, tecnologia cada vez mais presente nos automóveis.
Há ainda ar-condicionado com duas zonas de temperatura, controlador de velocidade, volante e bancos revestidos de couro, volante com ajustes de altura e profundidade, teto solar, acendimento automáticos dos faróis, sensor de chuva, alarme, trio elétrico, faróis de neblina, retrovisores externos com rebatimento elétrico, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, controle de estabilidade e de tração, airbags frontais, laterais e de cortina e sistema isofix para cadeiras infantis. Contudo, para um carro de quase R$ 100 mil, senti falta ainda de ajustes elétricos no banco do motorista, retrovisor interno antiofuscante e luzes diurnas.
Quem viaja atrás encontra bom espaço para pernas e joelhos, mesmo no assento do meio. Aliás, o i30 vem com encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes. O porta-malas para 378 litros é outro ponto forte do hatch, ficando acima de concorrentes como Golf (313 litros) e Focus (316 litros). Ele perde, por outro lado, para o Fiat Bravo (400 litros), o Chevrolet Cruze Sport6 (402 litros) e o Peugeot 308 (430 litros).
Em resumo, o Hyundai i30 é um ótimo carro, mas amarga um desempenho inferior ao seu potencial porque briga em um segmento bastante disputado. Talvez a inclusão de novos equipamentos, especialmente aqueles relacionados à tecnologia, o ajudasse a se consolidar diante dos rivais de peso Focus e Golf, os mais lembrados por quem busca um hatch médio. Além de preços mais competitivos, é claro.
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