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Avaliação: Honda Civic 2017

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Avaliação: Honda Civic 2017

Após divulgar os valores e as especificações da décima geração do sedã, agora é hora de ver como a novidade se comporta

23/08/2016 - Thiago Moreno / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Versão Touring, a mais cara, é a única com o novo motor 1.5 turbo

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Versão custa R$ 124.900

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Interior da versão Touring

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Versão mais cara conta com câmera de ponto cego

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Versão Sport é a mais em conta

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Civic Sport 2.0 de R$ 87.900 é a mais barata e única com opção de câmbio manual

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Com câmbio CVT, versão Sport chega a R$ 94.900

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Interior da versão Sport

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Detalhe do câmbio manual de seis marchas no Civic Sport

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Versão EXL já passa dos R$ 100.000

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Interior da versão EXL

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Depois de apresentar todas as significativas mudanças na décima geração do Civic, a Honda colocou o sedã e suas variações na rua para avaliação pela primeira vez. O novo Civic será fabricado em Sumaré (SP) de onde sairão a carroceria, o motor 2.0 flex e o câmbio manual de seis marchas. A transmissão CVT e o motor 1.5 turbo a gasolina serão importados. A décima geração do sedã da honda será oferecido nas versões Sport, EX, EXL e Touring, com preços entre R$ 87.900 e R$ 124.900. Sevai ter ágio nas concessionárias? A Honda diz que a rede está consciente para que isso não aconteça...

Ficha técnica

As medidas do novo Civic são 4,63 m de comprimento, 2,07 m de largura, 1,43 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. O porta-malas conta agora com 525 litros na versão manual ou 519 litros na CVT. Segundo a Honda, a novidade está mais baixa e 4,5 cm mais larga que seu antecessor, enquanto o entre-eixos aumentou 3 cm. O peso do modelo varia entre 1.275 kg na versão Sport manual e 1.326 kg na Touring CVT. Todas as configurações são equipadas com rodas aro 17 e pneus de medida 215/50.

O motor será 2.0 i-VTEC FlexOne para as versões EX, EXL e Sport, com 155 cv a 6.300 rpm e 19,5 kgfm a 4.800 rpm (etanol). A versão Touring conta com o bloco 1.5 turbo a gasolina, com injeção direta e abertura variável das válvulas, e gera 173 cv a 5.500 rpm, com o torque de 22,4 kgfm entre 1.700 rpm e 5.500 rpm. A transmissão é CVT com opção de trocas por meio de borboletas atrás do volante (simula sete velocidades) para a EX, EXL e Touring, enquanto a opção Sport também é oferecida com câmbio manual de seis marchas além do continuamente variável.

Segundo os dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, as versões equipadas com o motor 2.0 flex obtiveram um consumo de 10,6 km/l em trecho urbano e 12,9 km/l em rodoviário abastecido com gasolina, quando equipado com a transmissão CVT. Com a caixa manual de seis velocidades, o consumo foi de 10,2 km/l na cidade e 13,4 km/l na estrada com gasolina. Já o 1.5 turbo a gasolina equipado somente com câmbio CVT obteve o consumo de 12 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada.

Versões e preços do Honda Civic 2017

Todas as configurações do novo Civic vêm de fábrica com direção elétrica, airbags frontais, laterais e de cortina, controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em aclive, ar-condicionado digital, freio de estacionamento eletrônico, controle de cruzeiro, botão ECON, sistema de som com quatro alto-falantes, bluetooth e USB e comandos no volante e câmera de estacionamento.

- Sport 2.0 (R$ 87.900 manual de seis marchas ou R$ 94.900 CVT): grade frontal em black piano, rodas escurecidas de 17 polegadas, revestimento dos bancos em tecido na cor preta e velocímetro digital com conta-giros analógico e áudio com tela de cinco polegadas

- EX 2.0 CVT (R$ 98.400): rodas de 17 polegadas com acabamento diamantado, grade frontal cromada, retrovisores rebatíveis eletricamente com repetidores laterais em LED, faróis com acendimento automático, bancos revestidos em couro com costura, velocímetro digital e áudio com tela de cinco polegadas

- EXL 2.0 CVT (R$ 105.900): acrescenta ar-condicionado automático de duas zonas, multimídia com tela de sete polegadas touchscreen com navegador e interface para smartphone, entrada HDMI, duas portas USB, dois tweeters dianteiros e dois traseiros, e painel de instrumentos com tela de alta definição

- Touring 1.5 turbo CVT (R$ 124.900): sistema que indica pontos cegos, conjunto ótico dianteiro totalmente em LED (inclusive os faróis de neblina), sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, bancos dianteiros com ajuste elétrico, sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico, teto solar elétrico e sistema de partida por botão no painel ou pelo controle remoto, além de painel e guarnição das portas com acabamento em alumínio escovado e maçanetas externas cromadas

Como anda?

A primeira impressão que o Civic passa, por dentro ou por fora, é a de um carro mais maduro. Com espaço para cinco adultos, o interior emprega materiais de boa qualidade e demonstra um acabamento aprimorado, sem falhas. Por fora, parece um carro maior tanto que está causando discórida dentro da própria Honda. "A Acura (marca de luxo da Honda) está tendo problemas para vender o IDX, que se basea no Civic, nos EUA por causa do salto em qualidade do modelo da Honda", afirmou Mitsuru Kariya, engenheiro chefe e e líder global do desenvolvimento do Civic desde a sétima geração do modelo.

A décima geração é fruto de quase oito anos de desenvolvimento de plataforma, tratada internamente pela Honda apenas como "Plataforma 3". O conjunto é usado pela primeira vez com o sedã, mas será a base para o desenvolvimento dos próximos Accord e CR-V, de categoria superior. Daí a impressão de que o Civic está maior e mais maduro.

A Honda disponibilizou apenas as versões EXL 2.0 CVT e Touring 1.5 turbo CVT para avaliação. Mesmo com o motor aspirado que já era utilizado no Civic, a nova geração demonstrou um incremento na aceleração graças ao uso do câmbio de relações continuamente variáveis. Dois elementos saltam mais aos olhos do motorista atrás do volante: o primeiro é o silêncio da cabine e o segundo é a rapidez nas respostas da direção. São apenas 2,2 voltas de batente a batente, o que resulta em pouco esterço no volante para começar a virar o carro, passando a impressão de agilidade. Mesmo com o carro carregado com quatro adultos e bagagens, a suspensão nunca deixou de mostrar conforto e, mesmo assim, permite pouco rolamento da carroceria em curvas. Triunfo das novas buchas dos amortecedores traseiros, agora hidráulicas.

Já a versão Touring utiliza esse tipo de bucha também nos amortecedores traseiros e conta ainda com um para-brisas acusticamente tratado, o que torna o rodar do carro ainda mais silencioso. O nível de conforto na cabine não deve em nada para o "irmão maior" Accord ou modelos de luxo de outras marcas. Em termos de desempenho, o motor 1.5 turbo mostra a que veio: arranca sem hesitação e o câmbio CVT trata de usar as relações de marcha otimizadas para elimizar a latência de resposta da turbina.

Porém, nem tudo é positivo com o câmbio CVT. Tanto no 2.0 como no 1.5 turbo, com o pé cravado fundo no acelerador, a transmissão entende que o motorista quer o máximo de desempenho, atingido em rotações altas. Assim, numa saída de pedágio por exemplo, o conta-giros vai chegar próximo a 6.000 rpm e por lá ficará até o motorista aliviar a pressão. O comportamento é típico desse tipo de transmissão, mas vale salientar que antes dos 4.000 rpm ou em uso com parcimônia essa característima não se mostra presente

Vai vender? - Quando foi mostrado ao mercado brasileiro pela primeira vez, no final de julho, o Civic começou a ser oferecido em pré-venda. Desde então, mais de 2.000 unidades já foram comercializadas. A expectativa da Honda é vender cerca de 3.000 unidades por mês do novo Civic, sendo que as versões EX e EXL devem responder por 48% das vendas. A Touring, mais cara, deve representar até 28%, enquanto as Sport ficarão com os 24% restantes. A décima geração do Honda Civic chegará de forma oficial às lojas da marca no dia 25 de agosto e, se o desempenho durante a pré-venda se mantiver, a lista dos sedãs médios mais vendidos vai mudar e a liderança do Toyota Corolla não será mais uma garantia.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre o modelo