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Audi TT x BMW M235i: dois lados da mesma moeda

Audi TT e BMW M235i mostram a você porque a esportividade pode trilhar caminhos tão diferentes

08/07/2015 - Anelisa Lopes / Fotos: Gabriel Aguiar / Fonte: iCarros

Audi TT Coupé Ambition e BMW M235i são dois lados da mesma moeda. Origem germânica, cupês, sonhos de consumo avaliados em R$ 230 mil. Se o primeiro faz o povo torcer o pescoço por onde passa, o outro é diabólico na performance. Qual personalidade você assumiria?

Ele não anda. Ele desfila
Audi TT Coupé Ambition - R$ 230.190

A terceira geração do TT foi atualizada com nova grade, para-choques e farois para a linha 2015, fazendo com que já era bom, ficasse ainda melhor. Não só a "boniteza" do modelo, mas como também a potência do motor foi incrementada: o 2.0 litros turbo foi de 211 cv para 230 cv. Por dentro, a cabine recebeu alguns centímetros a mais no entre-eixos, mas, na prática, não fez diferença. O TT continua sendo um modelo de quatro lugares, mas para duas pessoas. 

A experiência entre máquina e motorista tem início nos pequenos detalhes: na textura do couro Alcantara que reveste os bancos ou analisando o painel, com difusores de ar que carregam em seu centro os comandos do próprio ar-condicionado e o volante de base achatada, que faz todo sentido neste cupê. Um pouco abaixo deles, o motorista seleciona o tipo de condução com o Audi Drive Select, decide se deseja ou não o funcionamento automático do motor quando o carro está parado (start-stop), aciona o spoiler abaixo de 120 km/h para ostentar esportividade ou liga o aviso sonoro do detector de obstáculos. Conciso e intuitivo, desde que os comandos sejam estudados antes da pilotagem. 

A melhor parte dessa dissecação visual, no entanto, acontece quando o carro o computador de bordo é ligado. Tudo é digital, incluindo velocímetro e conta-giros, com seus respectivos ponteiros. A sensação é a de estar jogando video game, com uma tela que pode ser toda configurada. É nesse momento em que o TT mostra toda sua disposição tecnológica aos passageiros.

A terceira geração do cupê (por enquanto só com tração dianteira) conseguiu dar um pouco mais conforto na condução urbana e incrementou a performance esportiva. Com dados de aceleração de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e máxima limitada em 250 km/h, é muito difícil sair do carro sem sorrir após pegar um trecho de estrada. 

Por meio do Audi Drive Select, há cinco formas de conduzir o modelo: eficiente, conforto, automático, dinâmico e individual. Cada um deles altera eletronicamente os parâmetros de aceleração, da reação da transmissão automatizada, do controle de estabilidade e da resposta da direção. O dinâmico (esportivo) ainda incrementa o ronco do motor, enquanto o último deles pode ser configurado de acordo com as preferências de quem está à frente do volante. O TT Coupé é seguro nas ultrapassagens e, nas curvas, os pneus largos (245/35) em rodas de 19 polegadas também ajudam na função de colar o carro no chão. A velocidade de atuação do câmbio de dupla embreagem e seis marchas é empolgante e roda perto dos 1.500 giros na cidade.

Prestes a completar a maioridade no mercado brasileiro, o TT Coupé amadureceu sua mecânica nesta nova fase e não deixou de lado os gadgets inerentes à sua geração. É, sem dúvida, um ótimo programa para quem gosta de  dirigir com todo tipo de suporte, mas que, acima de tudo, adora aparecer. 

Não cutuque a onça com vara curta
BMW Série M235i - R$ 229.950

O Série 2 Coupé é uma releitura do cupê BMW 2002, da década de 60, que antecipou o Série 3. Se por fora, o modelo passa longe de qualquer visual retrô, por dentro, o painel ainda hoje repete o padrão que criou a identidade do interior dos modelos BMW, mesmo sendo esta uma espécie da divisão esportiva M. A clareza e despojamento de todo o console, no entanto, é quebrada por dois elementos sutis atrás do volante: as borboletas para troca de marcha, com oito velocidades no total, que dão uma pista do que pode estar por vir.

É por meio delas que a matemática alemã foge ao raciocínio simplista da equação 330 cv de potência + 45,9 kgfm de torque entre 1.300 e 4.500 rpm = 3.0 seis cilindros dois turbos. O M235i, que tem uma distribuição de peso na poporção 50:50 entre dianteira e traseira, é brutal quando provocado. Mas é dócil em ambiente urbano; não fosse pela falta do acesso traseiro, característica dos cupês, seria bem confortável para rodar com a família. 

Diferentemente do TT, o M235i é discreto (não leve em consideração a cor do modelo fotografado para a matéria). A caída traseira evoca que algo instigante está sob o capô, mas tirando esta percepção, é um carro que até passa indiferente pelas ruas. Isso quando o pé não está contra o acelerador e ele caminha silencioso pela via. 

Na primeira oportunidade para acelerador o esportivo de tração traseira, o espelho retrovisor foi testemunha do sorriso amarelo, misto de felicidade e de um leve susto com a reação feroz do bloco. Os números da BMW comprovam a reação: aceleração de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos (a máxima também é barrada em 250 km/h). Com a opção de transmissão automática, o M235i é equipado com launch control (controle de arrancada). Em uma reta, com a alavanca do câmbio na posição S e o botão "DSC" pressionado, o motorista crava o pé no freio e no acelerador para sentir toda a força disponível do motor. É frio na barriga na certa. 

O M235i tem suspensão adaptativa, com amortecimento mais macio ou rígido de acordo com o tipo de pilotagem (Sport ou Eco Pro, que aciona o modo econômico do esportivo, que também conta com sistema start-stop). E para os pilotos, é possível desligar o controle de estabilidade por meio de um botão. A direção, com variação de peso conforme a velocidade, é extremamente direta e precisa. O M235i é um esportivo puro sangue, mas com a possibilidade de ser um carro também para o dia a dia. 

Escolha de Anelisa Lopes - se eu tivesse os R$ 230 mil na mão, certamente levaria algumas semanas para definir qual deles estaria na minha garagem. E quando uma mulher quer ser indecisa, ela realmente é indefinida. Mas o M235i ganhou meu coração. E não pense que foi uma escolha passional. O comportamento do BMW é mais plural e ilimitado: uma fera quando provocado em determinadas situações, mas dócil para andar na cidade. E, no fundo, não é isso que toda mulher deseja para um companheiro?

 

 

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