Audi RS3 incendeia entre a mínima e a máxima

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Audi RS3 chegou ao Brasil no início deste ano

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Motor 2.5 TFSI tem 370 cv de potência

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Bancos esportivos do RS3

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Interior do modelo segue padrão minimalista da Audi

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Tração integral é destacada na dianteira

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Câmbio STronic de sete marchas

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Rodas com pinças de freio na cor vermelha

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Se mais de duas pessoas quiserem curtir a carona, é preciso se apertar

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Porta-malas tem espaço para 280 litros

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Cronômetro para volta rápida

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Selante para furos de até 4 mm no pneu. RS3 não possui estepe

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{ADD}Avaliar um esportivo não significa só acelerar o carro na estrada. Rodar com um modelo como este traduz, além da curiosidade alheia por uma mulher estar ao volante de um carro com tantos cavalos, passar por valetas e lombadas com o máximo de cuidado e prestar extrema atenção na via para fugir dos buracos, o que resulta, muitas vezes, em uma rodagem "cheia de dedos" e, no fim, cansativa no dia a dia. Um dos modelos que me surpreendeu positivamente neste aspecto foi o BMW M235i, com sua surpreendente dirigibilidade para a cidade. E, dessa vez, o Audi RS3, com nada menos que seus quase 370 cv de potência. 

A soma das letras RS na simbologia Audi representa mais que os acessórios com apelo esportivo e o adorno na cor prata que emoldura o hatch esportivo da marca alemã - este, na minha opinião, podia ser descartado, seguindo o lema menos é mais. Somam-se a estes diferenciais uma injeção de adrenalina no motor: um 2.5 TFS1 de 367 cv de potência. Todo o conjunto sai por R$ 290.990.

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RS3: amigo da (baixa) velocidade

Com 4,34 m de comprimento, 1,80 m de largura (com espelhos recolhidos) e 2,63 m de entre-eixos, o RS3 tem suspensão 2,5 cm mais baixa em comparação ao A3. Apesar desta diferença, raramente o modelo raspa a parte de baixo na transposição de obstáculos, o que favorece seu conforto a bordo. Para ajudar neste sentido, o conjunto da suspensão conta também com amortecedores adaptativos, que enrijecem ou ficam mais macios por conta da carga de minúsculas esferas que estão dentro do óleo da peça. O rodar é macio, mesmo com pneus 235/35 e rodas de 19 polegadas. Assim como o A3, o RS3 é baseado na nova plataforma MQB da Audi, o que significa menos peso e mais eficiência. Na nova geração, ele chegou com 1.520 quilos. 

De série, o RS3 conta com rodas de 19 polegadas, revestimento dos assentos em couro napa, bancos esportivos com ajuste de apoio lombar, teto solar, rack, pilto automático, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré, tecnologia start stop, sistema multimídia com bluetooth e navegação e som Bang & Olufsen. O sistema de freios é de carbono e cerâmica, com destaque para as pinças na cor vermelha. 

Não é no apelo visual esportivo, no entanto, que o hatch médio se diferencia. Por baixo do capô há um 2.5 TFSI com cinco cilindros em linha que gera 367 cv de potência e nada menos que 47,4 kgfm de torque. A transmissão é STronic de dupla embreagem com sete velocidades, enquanto a tração é integral. Com força máxima entre 1.625 rpm e 5.550 rotações, o RS3 não exita em qualquer situação a partir do momento em que o pé começa a trabalhar com o pedal do acelerador, consequência da ótima curva de torque do modelo. Apesar de funcionar apenas com um turbo, os ouvidos agradecem o ronco rouco proveniente do enchimento dos cinco cilindros, cuja detonação não é progressiva para gerar mais equilíbrio e menos vibração. 

A tração integral quattro tem papel fundamental na esportividade do A3. Com possibilidade de transferência de 100% do torque para a parte traseira, o RS3 é capaz até de fazer drift. Mas se a diversão do motorista é só acelerar, ele também conta com um cronômetro no computador de bordo que marca volta rápida. De acordo com a Audi, o RS3 atinge máxima de 250 km/h, velocidade limitada eletronicamente, mas que pode ser liberada até 280 km/h, e vai da imobilidade aos 100 km/h em 4,3 segundos. Rodar com o RS3 não tem mistério. Há poucos comandos, a maior parte deles intuitivos, que agradam a qualquer um que gosta de velocidade. O modelo carrega na eficiência seu principal mérito: é dócil quando necessário e explosivo quando ordenado. 

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