22/02/2018 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
A Volkswagen Amarok V6 já estava em fase de pré-venda no Brasil desde dezembro do ano passado cobrando R$ 187.710 já com o opcional das rodas de 19 polegadas. Agora a picape mais potente à venda no mercado brasileiro encerra essa fase e começa as vendas oficiais neste mês, mas cobrando R$ 184.990 sem as rodas maiores. E a expectativa é grande. Vale lembrar que as 450 unidades da pré-venda se esgotaram no país em menos de 48 horas.
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Visualmente, você percebe que se trata da nova versão pelo emblema V6 na grade frontal e na tampa traseira. Além disso, ela se diferencia pelas capas dos retrovisores pintados de preto com detalhes cromados. As opções de cores para a carroceria são: Branco Cristal (sólida), Preto Mystic (perolizada), Prata Sírius e Cinza Indium (metálicas).
Motorização
A V6 é baseada na versão topo de linha Highline Cabine Dupla e se destaca pelo motor 3.0 V6 TDI turbodiesel que rende 225 cv de potência e 56,1 kgfm de torque máximo disponível entre 1.500 e 2.500 rpm - é o mesmo motor do Audi Q7. Há ainda a função overboost que entrega 20 cv a mais, chegando momentaneamente a 245 cv. Para comparar, o 2.0 biturbo da Highline rende 180 cv, ou seja, há um ganho de 25% em potência (são 45 cv a mais) e de 31% no torque (13,3 kgfm extras).
A Amarok se torna então a picape mais potente do mercado brasileiro. Pelo menos até a chegada da Mercedes-Benz Classe X, que está prevista para começar a ser vendida aqui em 2019. Na versão topo de linha, a X 350d, ela terá um V6 a diesel de 258 cv e 56 kgfm de torque. Enquanto isso, a Amarok reina absoluta - lembre-se também de que a Ranger EcoBoost 2.3 mostrada nos Estados Unidos é exclusiva daquele mercado.
Voltando à Amarok, o câmbio é automático de oito marchas, que já equipava a picape, mas agora melhorado para acompanhar os dados do motor V6. A tração é integral permanente (ou seja, ela atua sob demanda, sem alavanca ou botão para ligar ou desligar a tração nas quatro rodas). Outro destaque é o sistema de freios ABS com função off-road, aumentando a capacidade de frenagem na terra.
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Equipamentos de série
São de série direção hidráulica, ar-condicionado digital de duas zonas, bancos dianteiros com ajustes elétricos, câmera de ré, computador de bordo, piloto automático, ganchos para amarração na caçamba, protetor de cárter, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, retrovisor interno eletrocrômico, retrovisores externos elétricos, aquecíveis e rebatíveis eletricamente, alarme, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, indicador de perda de pressão dos pneus, volante multifuncional revestido de couro com ajuste de altura e profundidade, central multimídia com USB, Bluetooth, SD-Card e GPS integrado e rodas de 18 polegadas com pneus 255/60.
Entre os equipamentos de segurança estão freios a disco nas quatro rodas, ABS off-road, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), controle de tração e estabilidade, faróis bixenônio com luz diurna de LED, faróis de neblina com luz de conversão, controle de descida, assistente de partida em rampa, isofix para fixação de cadeiras infantis e sistema de frenagem automática pós-colisão.
O único opcional são as rodas de 19 polegadas - que já equipavam o modelo da pré-venda - com pneus 255/55. O custo é de R$ 2.720.
Impressões ao dirigir
Apesar de seu peso de 2.185 kg, a Amarok V6 acelera como um verdadeiro esportivo. Ainda é uma picape na dirigibilidade, é verdade, mas o arranque chega a impressionar. Isso porque o torque máximo é entregue desde as 1.500 rpm, então desde os baixos giros ela vai muito bem. Segundo a Volkswagen, a picape acelera de 0 a 100 km/h em 8 segundos, com velocidade máxima de 190 km/h. Para ter uma noção do que esse número representa, é o mesmo tempo de aceleração 0-100 km/h de um Renault Sandero RS.
Durante o test-drive realizado por ruas e estradas de São Paulo, o resultado agradou. E muito. Se você valoriza desempenho não deverá se decepcionar com a versão V6, especialmente nas retomadas de velocidade. Além disso,o câmbio tem funcionamento suave, sem trancos mesmo em reduções, e a suspensão se mostrou firme na medida, ajudando a contornar curvas com segurança. Agradou também o isolamento acústico, já que o barulho do motor a diesel está presente dentro da cabine apenas em acelerações mais vigorosas. Note que, a 120 km/h, o motor trabalha em torno de 2.000 rpm.
O interior não é tão refinado quanto as versões mais caras de algumas concorrentes, seguindo o padrão sóbrio típico dos modelos da Volkswagen. Mas isso não chega a tirar o brilho da Amarok V6. Afinal, o destaque está mesmo sob o capô. Pena que a direção ainda é hidráulica, enquanto rivais como a S10 já trazem direção elétrica. Segundo Gustavo Schmidt, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen, "não se viu necessidade de colocar direção elétrica na Amarok".
E por falar no que o modelo ficou devendo, a central multimídia poderia oferecer uma tela um pouco maior do que essa de 6,33 polegadas. Mas ao menos há espelhamento de smartphones via Mirror Link, Android Auto e Apple CarPlay. Aliás, a central exibe informações para o off-road como bússola, ângulo das rodas e altímetro (em referência ao nível do mar).
Uma vez dentro da picape, há uma curiosidade que vale a pena reparar se você é fã de carros. Ao dar a partida, as agulhas dos mostradores no quadro de instrumentos fazem uma varredura "à lá" Golf GTI. Bom, DNA esportivo ela tem.
Vai vender? - O sucesso na pré-venda pode indicar um caminho duradouro para a Amarok V6 no país, embora a picape média em si não seja preferência entre os brasileiros. Ela é hoje apenas a sétima picape no ranking do segmento, atrás das líderes Chevrolet S10 e Toyota Hilux, além da Ford Ranger - citando aqui só as médias. Em 2017, o segmento de picapes médias representou 5% do mercado brasileiro e, para 2018, a Volkswagen espera um crescimento de 14%. Resta saber se a diferença de R$ 14 mil em relação à Highline Cabine Dupla (R$ 170.990) não será um problema.
Test-drive a convite da Volkswagen do Brasil
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