08/11/2018 - Texto: Thiago Moreno / Fotos: João Brigato e Iago Garcia / Fonte: iCarros
Normalmente, o que determina a data de entrada de um modelo no mercado brasileiro é a demanda por ele e o tempo de homologação. No entanto, na edição 2018 do Salão do Automóvel de São Paulo, o dólar tem sido mais uma barreira à importação de veículos. Com a cotação instável, ao menos quatro montadoras estão segurando alguns lançamentos aguardando que a moeda norte-americana se estabilize.
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A Kia é um das que mais sofre com a cotação instável do dólar. Com toda sua linha de produtos sendo importada, falta espaço e cotação favorável para trazer mais novidades a nosso país. A falta mais notável é a do Kia Rio, hatch que brigaria até com o VW Polo entre os hatches compactos premium, já está homologado para a venda, mas a Kia só o trará quando a situação cambial estiver mais bem resolvida.
Mas não é só o Rio. A Kia também tem na manga mais modelos como o elétrico Soul EV e os híbridos Niro e Optima Hybrid, os três em processo final de homologação, mas enfrentando as mesmas dúvidas cambiais que o hatch.
A marca trouxe ao Salão de São Paulo o pequeno SUV Stonic, modelo de linhas agressivas e porte de Hyundai Creta que poderia chegar para complementar o concorrido segmento dos utilitários esportivos compactos. No entanto a própria marca admitiu que o Stonic não será o produto a completar essa tarefa por aqui. No entanto, independente de qual for o novo SUV compacto da Kia, ele está na dependência de uma cotação do dólar mais favorável à importação.
Apesar de produzir a maioria de seus produtos nacionalmente, a Fiat tem engatilhados dois lançamentos para o mercado brasileiro que também estão na dependência de um dólar a taxas mais camaradas. São eles o pequeno 500 reestilizado, já apresentado na Europa há alguns anos, e o SUV compacto 500X.
O último utiliza a mesma plataforma do Jeep Renegade e da Fiat Toro, modelos que são produzidos na fábrica da FCA em Goiana (PE). No entanto, para não atrapalhar a produção destes dois modelos de alto voluma, a Fiat cogita trazer o 500X via importação e, portanto, dependendo de uma situação cambial favorável.
Smart
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Já faz alguns anos que as ruas brasileiras não veem o pequeno Smart sendo vendido como 0km. No entanto, isso não impediu a marca, subsidiária da Mercedes-Benz, de trazer o pequeno Forfour, versão de quatro portas do modelo que foi desenvolvida em parceria com a Renault, onde deu origem ao novo Twingo.
O Smart Forfour exibido no Salão do automóvel era a versão elétrica do modelo, a Forfour EQ. Com 3,49 m de comprimento, traz motor elétrico de 82 cv e 16,3 kgfm de torque. Sua autonomia declarada é de 155 km. Não há previsão de vendas ou preços para o modelo também por conta do dólar. No entanto, sabe-se que a Smart pretende eletrificar 100% de sua linha até 2020.
Lifan
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Apesar de ter apresentado o novo X70, a chinesa Lifan também tem dois modelos em estudo para o mercado brasileiro que aguardam um dólar mais favorável à importação. São eles o SUV MyWay e a minivan M7.
SUV médio de sete lugares, o Lifan MyWay custaria o mesmo que uma Chevrolet Spin, adianta a marca. O modelo tem estilo robusto, carroceria alta e suspensão elevada, mesclando estilo de minivan e SUV. Com tração traseira, ele tem motor 1.8 de 128 CV associado a transmissão automática de cinco marchas ou manual com a mesma relação.
Por fim, outro modelo que está em teste de aceitação de público pela Lifan é a minivan M7. Com visual copiado da Ford S-Max, o modelo traz espaço interno farto, acabamento mais bem cuidado que outros modelos da marca e o mesmo 2.0 de 140 cv do X70. A transmissão é manual de cinco marchas ou CVT.
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