Porta-malas do Compass comporta 495 litros
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Ajuste do banco é manual no Compass
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Bancos traseiros do Compass são rebatíveis
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Teto solar do Compass
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Jeep Wrangler Sport
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Jeep Wrangler Unlimited
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Interior do Wrangler
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Câmbio automático do Wrangler é novidade
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Interior do Wrangler
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Assoalho lavável do Wrangler
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Compartimento para pequenos objetos do Jeep Wrangler
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Até o final do ano, o grupo Chrysler deverá inaugurar cerca de duas revendas por mês em todo o País, totalizando 50 concessionárias. Espera-se que a estratégia de expansão de lojas, somada à maior oferta de produtos no mercado brasileiro com a chagada da RAM em março, do Durango em junho e da versão a diesel da Grand Cherokee no segundo semestre -, deva mais que dobrar o volume de vendas registrado pelo fabricante por aqui. O objetivo é ir das 5.500 unidades registradas em 2011 para chegar a 12 mil neste ano.
A ofensiva de estréias teve início com o sedã 300, cuja primeira aparição foi no Salão de Detroit no ano passado. O modelo, que sofreu significativas mudanças visuais, está à venda por R$ 179 mil. No mês passado, foi a vez de a Jeep mostrar sua mais recente novidade: o utilitário Compass e o Wrangler com conjunto mecânico herdado do Grand Cherokee.
Compass é primeiro modelo de tração dianteiraO Compass deixou de lado as aptidões off road para se tornar o veículo de passeio da casa. Com tração dianteira e motor de 2,0 litros com câmbio CVT (continuamente variável), o modelo está disponível em apenas uma versão de acabamento, que sai por R$ 97.900 (regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo) e R$ 99.900 (região Sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro).
Lançado na Europa em 2007, o Compass é fabricado em Illinois, EUA. De lá, vem de série com airbag duplo frontal e quatro laterais, freios ABS com controle de tração e estabilidade, direção hidráulica, teto solar elétrico, rodas de liga leve de 17 polegadas, ar-condicionado, rack de teto, piso do porta-malas removível e assentos traseiros reclináveis e rebatíveis.
Na dianteira, o SUV carrega um dos principais elementos dos modelos Jeep: a grade com sete aberturas verticais. Na lateral, diferencia-se a maçaneta traseira embutida na porta e o vinco próximo ao para-lama traseiro. A parte de trás não traz grandes inovações. Com 4,44 metros de comprimento, por 1,81 m de largura e 1,66 m de altura, o Compass agrada visualmente, mas não surpreende.
O acabamento da cabine, apesar de simples, foi bem trabalhado. O uso de materiais de qualidade dá um toque de refinamento ao interior, cujo destaque fica por conta do banco traseiro reclinável. Revestimento de couro, no entanto, só é encontrado em alguns detalhes, como no encosto de cabeça. No bagageiro, há espaço para 458 litros, do assoalho ao teto do veículo. Com a segunda fileira rebatida, o volume chega a 1.269 litros.
Para rodar com a gasolina brasileira, que possui álcool em sua composição, a Jeep investiu US$ 4 milhões para adaptar o bloco a gasolina de quatro cilindros. A unidade de 2,0 litros de 156 cv a 6.300 rpm e torque de 19,4 mkgf a 5.100 giros está associada a um câmbio de seis marchas com tecnologia CVT. O pouco torque frente aos 1.424 quilos do veículo, junto da transmissão continuamente variável, restringem o uso do modelo à performance urbana.
No trânsito, o Compass se mostra bastante dócil aos comandos do motorista: suspensão bem ajustada, direção leve e desempenho satisfatório ajudam a cumprir a tarefa de quem precisa rodar com o carro na cidade. Na estrada, no entanto, o SUV peca pela falta de força e pela demora na resposta do câmbio. A marcha estica demais até que a polia mais adequada para a situação seja escolhida automaticamente pelo sistema. Com isso, é imprescindível apelar para a mudança manual de marcha, por meio da alavanca da transmissão, o que faz perder a agilidade nas ultrapassagens.
A Jeep pretende vender cerda de 2.000 unidades do Compass até o final do ano. A combinação de preço elevado, somado ao desempenho totalmente urbano do modelo, no entanto, podem ser o calcanhar de Aquiles para brigar em um segmento com uma grande presença de concorrentes, como o meio irmão Dodge Journey, VW Tiguan, Honda CR-V (que está prestes a ganhar nova geração), Toyota RAV-4, entre outros.
Wrangler ganha novo conjunto mecânico para vencer obstáculosNa linha 2012, a linha Wrangler passa a contar com o conjunto mecânico do Grand Cherokee. Os valores partem de R$ 127.299 e R$ 129.900 para a versão com duas portas e R$ 137.099 e R$ 139.900 para a configuração quatro portas Unlimited. Os preços variam de acordo com a região, conforme foi citado no início do texto.
Com o novo motor Pentastar V6 de 3,6 litros e 284 cv de potência a 6.350 rotações e transmissão automática de cinco velocidades, o jipe manteve sua essência off-road, comprovada em um pequeno trecho de terra com obstáculos montado para o teste drive do modelo. O torque de 32,1 mkgf passou para 35,4 mkgf a 4.300 rpm.
O minicircuito foi vencido com a marcha reduzida e com a assistência de descida, que segura o veículo automaticamente em um declive sem o uso dos freios. Tudo é feito eletronicamente: desde o acionamento da reduzida vale lembrar que neste processo, é preciso usar um pouco de força para movimentar a alavanca até o uso desta frenagem automática.
O interior do Jeep manteve os atributos para oferecer o máximo de conforto aos ocupantes. Carpete e bancos traseiros removíveis, pontos de drenagem no assoalho e porta-luvas refrigerado são aliados no momento de encarar uma trilha. O teto solar tripartido permite três tipos de configuração, já que pode ser retirado por completo ou em uma ou duas partes. O inconveniente, no entanto, fica por conta do material do teto. O plástico rígido esquenta em excesso em um dia de sol, fazendo da cabine uma caixa térmica.
Até o final do ano, a Jeep espera vender 450 unidades da linha Wrangler no País. De série, o modelo conta com airbag frontal, freios ABS, controle de estabilidade (que pode ser ligado parcialmente ou desligado), ar-condicionado, coluna da direção ajustável em altura, controle de velocidade, rodas de liga leve de 17 polegadas, CD player e trio elétrico.