No Brasil, a Volkswagen possui 70 profissionais na área de design que dividem seu tempo entre o Brasil e a matriz na Alemanha. Além disso, também analisam o que já é feito na concorrência para saber a realidade atual do mercado." />
Nessa parte do processo, a equipe de engenharia avançada e a diretoria da empresa começam a dar dicas de como o carro deve ficar. Por exemplo, uma peça com detalhes muito complexos vai ser difícil de fabricar. É aí que a equipe de engenharia interfere para tornar o desenho possível na realidade.
Dos 15 modelos que chegaram até o "clay", cerca de três passam para o tamanho real, já pintado e com algumas peças de acabamento, como lanternas, maçanetas e rodas. "Nessa fase, o protótipo já está bem parecido com o produto final", complementa Veiga.
Este último modelo em argila ainda passa pelos primeiros testes em túnel de vento para conferir a aerodinâmica da carroceria. Por exemplo, se o modelo apresentar pouca sustentação no eixo traseiro em velocidade, pode-se mexer no assoalho ou adicionar um aerofólio para tornar a carroceria mais segura. Outra vantagem desse estudo pode ser visto no novo Gol: as pequenas aletas externas nas lanternas traseiras não são enfeite: servem para não deixar acumular sujeira na parte de trás do carro." />
Chegou a hora do investimento mais pesado, pois são encomendados os maquinários que farão o carro. Cada máquina pode levar até 18 meses para ser produzida. A partir daí, nada pode mudar." />
Nenhum item é aprovado sem que a equipe de design dê ok. Até mesmo os bancos, que contam com um grupo separado para os tecidos, entram nessa fase. "Esses caras são verdadeiros alfaiates", diz Veiga. "Eles transformam o tecido, que é plano, em algo com formas e relevos."
Chegou a hora, então, de levar o resultado para o VRC, ou Centro de Realidade Virtual, como é conhecida na Volkswagen a sala que projeta imagens tridimensionais do modelo. Para quem é leigo, até parece que já se trata do produto pronto." />
"Não dá pra fazer tudo no computador. Realizamos testes de 'vida acelerada'", explica Veiga, referindo-se ao modo como que os protótipos são conduzidos para verificar a durabilidade dos componentes. Hoje, com a ajuda da computação, dificilmente são encontradas falhas, mas, mesmo assim, são realizados crash-tests para ter certeza de que, em caso de acidente, nada interfira na segurança dos ocupantes." />
A faixa etária da equipe é de 25 a 30 anos e é a juventude que importa. "Preferimos alguém sem experiência, mas com vontade para dar um novo 'ar' às ideias", conta o diretor. Além disso, os profissionais são incentivados a ficar por dentro do que está rolando no mundo da música, arte e até da moda, para captar a essência para seu próximo carro, muito antes de você saber o que vai querer comprar na concessionária." />
Gosta de desenhar carros? É preciso mais que isso para ser um designer automotivo, como conta Veiga: "Se as pessoas soubessem o quanto de cálculos matemáticos nossos designers fazem...". No caso da Volkswagen, há cerca de dez anos, existe um concurso de talentos organizado pela marca que é principal fonte de mão de obra nova para a equipe de designers. "Temos pessoas que começaram como estagiários na VW do Brasil e hoje são responsáveis pelo desenho de marcas como a Bentley, por exemplo", finaliza.
A faixa etária da equipe é de 25 a 30 anos e é a juventude que importa. "Preferimos alguém sem experiência, mas com vontade para dar um novo 'ar' às ideias", conta o diretor. Além disso, os profissionais são incentivados a ficar por dentro do que está rolando no mundo da música, arte e até da moda, para captar a essência para seu próximo carro, muito antes de você saber o que vai querer comprar na concessionária.