XC90 híbrido surfa na crista da onda tecnológica, de novo

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Novo Volvo XC90 T8 híbrido custa a partir de R$ 456.950

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Versão Excellence T8 custa R$ 519.950 e leva apenas quatro passageiros com muito luxo

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Detalhe do sistema híbrido

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Motor é o mesmo 2.0 das versões a gasolina

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Baterias dão autonomia elétrica de 35 km

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Quando se fala de Volvo, segurança é provavelmente o primeiro adjetivo que surge na cabeça, juntamente a uma longa lista de equipamentos com tal finalidade. Agora, a marca apresentou para o mercado brasileiro duas novas configurações com motorização híbrida para ficar também na ponta da eficiência energética. A primeira delas é a Inscription T8, equivalente à topo de linha as versões diesel (D5) e gasolina (T6) e que custa R$ 456.950, e a Excellence T8, exclusiva da configuração híbrida de apenas quatro lugares com muito luxo e preço proporcional à proposta: R$ 519.950.

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O tal sistema híbrido

A propulsão das versões T8 se diferencia das demais pela inclusão de um motor elétrico que atua exclusivamente no eixo traseiro. Ele sozinho gera 87 cv de potência e cerca de 25 kgfm de torque. Na dianteira fica o mesmo 2.0 a gasolina com turbo e supercompressor das T6, com 320 cv e 40,8 kgfm movendo apenas aquele eixo. No total, a Volvo declara uma potência combinada de 407 cv e torque de 65 kgfm, o suficiente para acelerar o SUV e seus 2.319 kg de peso de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos.

O motor elétrico atua no eixo traseiro com transmissão direta, sem marchas, enquanto o dianteiro a combustão usa o mesmo câmbio automático de oito velocidades dos demais XC90. Como não há conexão mecânica entre eles, a tração integral se faz pelo gerenciamento da entrega de potência entre os motores. As baterias podem ser carregadas pelo próprio motor e sistemas de recuperação de energia cinética ou em tomada. Uma carga completa em tomada 220V (com 16 ampéres) leva duas horas e meia e dá autonomia em modo apenas elétrico de até 35 km.

Confira a ficha técnica completa do XC90 T8

Nas medidas, os SUV tem 4,95 m de comprimento, 2 m de largura, 1,77 m de altura e 2,98 m de entre-eixos. O porta-malas leva até 721 litros. Mesmo com todo seu peso e complexidade de motores e baterias, o consumo registrado pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV, do InMetro) é de 15,3 km/l em uso urbano e 15,8 km/l no rodoviário.

Equipamentos

A versão Inscription T8 tem um nível de equipamentos similar às equivalentes T6. Os bancos de couro possuem ventilação e aquecimento e o ar-condicionado tem quatro zonas individuais. As rodas são de aro 20 e o sistema de suspensão é pneumático e ajustável. Há inclusive um botão no porta-malas para abaixar e levantar a traseira quando se precisa carregar o carro.

O sistema de áudio é de alta qualidade com 19 caixas de som ao redor do carro, teto solar panorâmico e os assentos traseiros também vêm com aquecimento. O bagageiro com tampão elétrico pode ser aberto por botão, chave presencial ou passando-se o pé por baixo do para-choque. As versões híbridas também trazem uma exclusiva manopla de câmbio de cristal.

A central multimídia com tela de toque de 12,3” também é a mesma. Abriga todos os controles de ar-condicionado e aquecimento, combina também o controle dos sistemas de segurança, câmeras e pode até mesmo rebater os encostos de cabeça da segunda fileira eletricamente. Além disso, é compatível com Apple Carplay e o Android Auto para espelhamento e uso de aplicativos do celular.

Entre os itens de segurança, tão importantes para a fama da Volvo, estão Heads Up Display (visor que projeta informações à frente do motorista), alertas de tráfego lateral e de colisão traseira, alerta de ponto cego, sistema de visão 360º, alerta de mudança de faixa (aplica força no volante se o carro sair da faixa sem seta), alerta de fadiga, sistema que aciona automaticamente os freios caso o motorista tente virar à frente de outro carro que venha em sentido contrário, dispositivo pré-colisão que reduz os danos aos ocupantes, controle eletrônico anti-capotamento, visão noturna (permite ver até pedestres, ciclistas e animais de grande porte) e Volvo On Call.

O único porém fica para a possibilidade apenas de levar até cinco ocupantes contra sete nas versões a diesel ou gasolina. De acordo com a marca, isso se deve à necessidade de se adequar às regras brasileiras para veículos híbridos. que precisam ser atendidas por aqui para poderem gozar de certos benefícios em alguns estados.

Já a Excellence tem ainda menos lugares: apenas quatro. Mas quatro lugares que você respeita. Todos os assentos possuem regulagens elétricas, ventilação e aquecimento. Até quem vai atrás pode usufruir também de uma função de massagem.

Em relação à versão Inscription, ela acrescenta rodas de 21 polegadas e acabamento de alumínio nas laterais das janelas. Quem for atrás conta ainda com dois suportes para tablets, mesas dobráveis, duas tomadas USB e uma convencional, uma tela digital retrátil para alguns comandos, um refrigerador com capacidade para 16 litros, duas taças de cristal exclusivas e um painel de acrílico que isola os bancos traseiros do porta-malas. Além disso, a Excellence tem mais isolamento acústico nas portas e carpetes mais espessos.

Ao volante

Visualmente, pouco mudou no XC90 Inscription T8 avaliado pelo iCarros em relação às demais configurações. Então o tema da “simplicidade elegante” sueca continua, com destaque para os arremates bem feitos na cabine e os insertos de madeira que deixam o interior mais aconchegante.

O que muda mesmo é o rodar. A começar pelos modos de condução, que são três. Pure, que usa apenas o motor elétrico e deixa o SUV com tração apenas traseira, Hybrid, que combina ambos os propulsores para uso cotidiano, e Power, que usa toda a potência disponível dos motores.

Veja a opinião dos donos de Volvo XC90

No primeiro, o silêncio impera. É difícil até dizer o que está passando fora do carro. Pois nem os ruídos baixos do motor são ouvidos, afinal o propulsor a gasolina não está nem ligado. Mesmo com apenas 25 kgfm de torque, o motor elétrico foi capaz de empurrar o XC90 sem a necessidade de ajuda do 2.0 turbo. Claro que se o motorista afundar o pé no acelerador o último entra em ação. E vale ressaltar que o modelo foi usado no trânsito caótico de São Paulo (SP) numa região com muitas ladeiras.

Porém, veio uma boa surpresa. Mesmo no modo Hybrid é priorizado o uso do motor elétrico. O de combustão é acionado mais cedo, claro, mas ainda assim, no trajeto percorrido, o 2.0 só deu o ar da graça quando utilizei o acelerador com força intencionalmente, pois já estava duvidando que houvesse saído do modo 100% elétrico.

Para usar o modo Power sem se arriscar nas ruas, a Volvo fechou umas das pistas do aeroporto do Campo de Marte. Lá, usando todo o potencial dos dois propulsores, não dá soco nas costas do motorista, mas acelera como se uma mão invisível estivesse empurrando os passageiros e atinge 100 km/h muito antes do final da pista, que estava apenas parcialmente fechada, chegar.

O único ponto negativo do trem de força híbrido é algo até esperado nesse tipo de propulsor. Como os freios atuam também recuperando energia perdida nas frenagens, o pedal tem acionamento estranho, borrachudo, num primeiro contato. Mas se acostuma rápido.

Vai vender? – A Volvo não quis falar em números de venda para os XC90 T8. Em 2016, no total, foram emplacadas 416 unidades das configurações D5 e T6. Com os preços mais elevados, não deve acrescentar muitas vendas, mas a marca aposta no híbrido e diz que ele deve corresponder a até 30% do total de emplacamentos do SUV. 

Teste-drive a convite da Volvo.
 

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