22/01/2018 - Texto: Thiago Moreno / Fotos: Thiago Moreno e Divulgação / Fonte: iCarros
Se a grande batalha entre sedãs no Brasil acontece entre Toyota Corolla e Honda Civic, o ano de 2018 promete introduzir mais uma dupla que dará trabalho: O Volkswagen Virtus é a primeira parte dessa nova equação chegando em três versões e duas opções de motorização, com preços variando entre R$ 59.990 e R$ 79.990. Seu grande rival neste ano será o Fiat Cronos, que está o Argo assim como o Virtus está para o Polo.
Assista antes um breve contato com os detalhes do VW Virtus:
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O que muda?
Se você olhar o novo Virtus diretamente pela dianteira, não verá nada de diferente na comparação com o Polo, a frente é a mesma. Olhando de lateral, vê-se uma linha de cintura mais elevada, como no hatch, mas o caimento do teto já imita a silhueta de um cupê e o terceiro do volume do sedã é alto e curto.
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Enquanto o hatch tem em sua versão de entrada um motor 1.0 aspirado de três cilindros, o sedã partirá do motor 1.6 aspirado de quatro cilindros, já as duas configurações mais caras do Virtus usarão o 1.0 turbo, assim como o Polo.
“Até a coluna B (central) é igual ao Polo, mas, a partir daí, é um carro totalmente novo”, declarou José Carlos Pavone, chefe de design da Volkswagen. Tanto que o Virtus chega com 8,6 cm a mais de entre-eixos que o hatch.
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Nas medidas, o Virtus tem 4,48 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,47 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. O porta-malas tem capacidade declarada para acomodar até 521 litros de bagagem. Um dos opcionais da versão mais cara, chamado Space Pack, permite que, além do rebatimento do banco traseiro, o banco do passageiro frontal também se rebata, criando espaço para objetos com até 2,65 m de comprimento possam ser levados no interior do sedã.
O que traz de série?
Serão três versões disponíveis para o Virtus e elas têm os mesmos nomes das utilizadas no Polo, com poucas diferenças de conteúdo. Veja o que cada uma traz:
Virtus MSI (R$ 59.990): Motor 1.6 aspirado, câmbio manual de cinco marchas, direção com assistência elétrica, ar-condicionado, travas elétricas, vidros elétricos, quatro airbags (dois frontais e dois laterais), controle de tração, Isofix, cintos de três pontos para todos os passageiros, alarme, rádio com conectividade Bluetooth, suporte para celular integrado ao painel com tomada USB, ajuste de altura para o banco do motorista e rodas de aço de 15 polegadas com calotas.
Virtus Comfortline (R$ 73.490) – Motor 1.0 turbo, câmbio automático de seis velocidades e itens da MSI acrescidos de: bloqueio eletrônico de diferencial, assistente de partida em rampa, banco traseiro com três encostos de cabeça, freio a disco nas quatro rodas, controle eletrônico de estabilidade, volante multifuncional, três entradas USB, faróis com função Cornering Light, central multimídia com conectividade via Android Auto e Apple Car Play, sensor de estacionamento traseiro, ajuste elétrico dos espelhos, encosto de braço central, saída de ar-condicionado para o banco traseiro, ajuste de altura e profundidade para o volante, repetidores de seta nos retrovisores, lanternas traseiras escurecidas e rodas de liga leve de 15 polegadas.
Virtus Highline (R$ 79.990): mesmos itens da Comfortline mais chave presencial, borboletas atrás do volante para trocas de marcha do câmbio automático em modo manual, piloto automático, ar-condicionado automático, porta-luvas refrigerado, luzes diurnas de LED e rodas de liga leve de 16 polegadas.
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Quais são os opcionais?
MSI
Safety Pack (R$ 1.050) – acrescenta controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e bloqueio eletrônico do diferencial.
Connect Pack (R$ 2.950) – acrescenta os itens do Safety Pack mais central multimídia com conectividade via Android Auto e Apple Car Play, volante multifuncional, rodas de liga leve de 15 polegadas e sensor de estacionamento traseiro.
Comfortline
Tech I (R$ 2.200) – acrescenta borboletas atrás do volante para trocas de marcha em modo manual, chave presencial, piloto automático, sensor de estacionamento dianteiro, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, rodas de liga leve de 16 polegadas e retrovisor interno eletrocrômico.
Tech II (R$ 3.500) – itens da Tech I mais ar-condicionado automático, porta-luvas refrigerado, organizador de porta-malas, câmera de ré, indicador de pressão dos pneus, detector de fadiga e sistema acionamento automático dos freios pós-acidente.
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Highline
Tech High (R$ 3.300) – acrescenta painel de instrumentos totalmente digital, central multimídia com tela de 8 polegadas e GPS integrado, indicador de pressão dos pneus, sistema de acionamento automático dos freios pós-acidente, detector de fadiga, câmera de ré, organizador de porta-malas, sensor de chuva, acionamento automático dos faróis e sensor de estacionamento dianteiro.
Rodas 17” (R$ 1.200) – acrescenta rodas de liga leve de 17 polegadas
Space Pack (R$ 300) – acrescenta rebatimento também para o banco dianteiro do passageiro
Revestimento sintético (R$ 800) – acrescenta bancos com revestimento de sintético
Qual é a mecânica?
Virtus MSI – 1.6 aspirado e câmbio manual
Potência e torque - Em números, o motor 1.6 16V flex da versão de entrada entrega 117 cv de potência e 16,5 kgfm de torque com etanol ou, respectivamente, 110 cv e 15,8 kgfm com gasolina.
Câmbio – manual de cinco marchas
Consumo declarado – etanol: 8,2 km/l urbano, 9,5 km/l rodoviário / gasolina: 11,9 km/l urbano e 13,8 km/l rodoviário.
Desempenho – aceleração de 0 a 100 km/h: 9,8 segundos / velocidade máxima: 195 km/h (dados com etanol).
Virtus Comfortline e Highline – 1.0 turbo com câmbio automático
Potência e torque - Em números, o motor 1.0 12V flex turbo das versões mais completas entrega 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque com etanol, ou, respectivamente, 116 cv 20,4 kgfm com gasolina.
Câmbio – automático de seis marchas
Consumo declarado - etanol: 7,8 km/l urbano, 10,2 km/l rodoviário / gasolina: 11,2 km/l urbano e 14,6 km/l rodoviário.
Desempenho - aceleração de 0 a 100 km/h: 9,9 segundos / velocidade máxima: 194 km/h (dados com etanol).
Quanto custa para manter?
O plano de manutenção da VW compreende os seis primeiros serviços programados, sendo que cada um é feito com intervalos de 10.000 km ou um ano, o que ocorrer primeiro. Assim, para o Virtus 1.6, o custo destes serviços soma R$ 2.852 ao término do período, enquanto esse valor é de R$ 2.875 para os Virtus com motor 1.0 turbo.
De acordo com o Car Group, estudo realizado pelo Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária) para rankear a facilidade de reparação dos veículos no Brasil, o Virtus conquistou 10 pontos, o que o coloca entre os mais baratos de se consertar no Brasil, junto a outros dois VW: o up! e o Polo. Quanto menor a pontuação, mais em conta a reparação e 10 é a menor nota possível. Rivais como o Toyota Etios Sedan e o Chery Celer Sedan obtiveram nota 17 no mesmo teste.
Assim, de acordo com os dados da própria Volkswagen, o custo de se manter o Virtus MSI 1.6 por quatro anos ou 60.000 km, levando-se em consideração manutenções programadas, combustível, impostos, seguro e peças de desgaste natural, fica entre R$ 0,860 e R$ 0,882 por quilômetro rodado. Para os modelos com o motor 1.0 TSI, esse valor fica entre R$ 0,900 e R$ 0,925.
Durante o período do lançamento, todas as versões possuem desconto na compra de um pacote fechado para as três primeiras revisões, saindo por R$ 1.099. Já a Highline, também valendo apenas para as unidades compradas durante o lançamento, tem estas três primeiras manutenções gratuitas.
Como anda?
Não há motivo para se alongar muito descrevendo o Virtus, pois, por dentro, traz os mesmos níveis de equipamentos e acabamento do Polo, muito bem feito, mas com bastante uso de plásticos rígidos.
Por fora, a maior diferença fica por conta da inclusão do terceiro volume. A VW se esforçou em trabalhar a linha de caimento de forma a deixar o “deque” do tampão traseiro mais curto e alto, dando um perfil mais esportivo, na medida do possível, claro.
Nas imagens, a traseira parece muito alongada, mas ao vivo as formas do Virtus ficam bem equilibradas, enquanto as lanternas afiladas e os acabamentos na parte inferior do para-choque acabam por dar um visual mais “alargado”.
O espaço no banco traseiro é superior ao do Polo, obviamente, e três adultos conseguem se acomodar bem. Uma pena que a versão mais em conta não traz encosto de cabeça para todos os ocupantes do banco traseiro, algo reservado aos modelos 1.0 turbo, que confortam os passageiros com uma saída de ar-condicionado também.
Em desempenho, difícil perceber o acréscimo do terceiro volume no Virtus na comparação com o hatch. A entrega de potência nas versões Comfortline e Highline foi bem parelha com o Polo, inclusive com alguns trancos no câmbio durante reduções. Nas curvas, o entre-eixos maior deixou o carro um pouco mais confortável, mas lhe tirou um mínimo de agilidade na hora de apontar o carro nas entradas de curvas. No uso “civil”, é realmente difícil perceber a diferença entre ambos.
Assim, vê-se que a Volkswagen se esforçou muito em dar vida própria ao seu sedã, querendo se distanciar do Polo. Foi bem sucedida? Nem tanto. Agora, se a perguntar for: “a VW fez um novo sedã que vai dar muito trabalho para a concorrência?”, aí sim, a resposta é extremamente positiva. Falta saber o que a Fiat vai trazer com a chegada do Cronos.
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