07/06/2016 - Thiago Moreno, de Brasília (DF) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
A Toyota está apresentando no mercado brasileiro a quarta geração do Prius, seu modelo híbrido mais popular. A nova geração foi apresentada em 2015 e apresenta um visual ainda mais radical, apostando nas linhas fortes e agudos ângulos na carroceria. Houve revisão do motor e do câmbio, mas permanece o mesmo conjunto da versão anterior que já era oferecida no Brasil. O novo Prius será oferecido por aqui em versão única custando R$ 119.950.
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Mudanças focam eficiência
Uma das principais alterações mecânicas no Prius 2016 está na porção final da transmissão de força para as rodas. Antes, os transeixos possuiam duas engrenagem, agora há apenas uma, diminuindo as perdas mecânicas de força. O coeficiente aerodinâmico do carro, que já era bom com índice de 0,25, agora é de 0,24.
Por fora, o Prius ganhou linhas futuristas com faróis, para-choques, luzes de neblina e lanternas traseiras redesenhadas. O modelo também adota uma nova plataforma global chamada TNGA que permitiu aumentar seu comprimento em 60 mm e sua largura em 15 mm. A altura, por outro lado, diminuiu 20 mm. A única medida que não sofreu alteração foi o entre-eixos de 2,70 m, o que não deve alterar o espaço interno, garante a fabricante.
A Toyota ressalta ainda que a suspensão traseira mudou para melhorar a dirigibilidade e o motor a combustão foi quase completamente renovado para melhorar a eficiência e reduzir o peso. Segundo a fabricante, sua eficiência melhorou em mais de 40%, colocando o propulsor a gasolina no mesmo patamar de motores a diesel, mais eficientes.
Prius na medida
A quarta geração do Toyota híbrido tem 4,5 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,5 m de altura e 2,7 m de entre-eixos. Com a alocação das baterias sob o banco de trás, há mais espeaço no bagageiro e agora o Prius pode levar até 412 litros no porta-malas. O modelo pesa exatos 1.400 kg.
O motor 1.8 a combustão roda apenas com gasolina e gera 98 cv de potência e 14,2 kgfm de torque. O motor elétrico sozinho tem 72 cv e 16 kgfm. Apesar de funcionarem de maneira paralela, a potência dos propulsores não é simplesmente somada. Assim, a potência total do conjunto é de 123 cv.A única opção de câmbio é um automático de relações continuamente variáveis (CVT), assim como já ocorria na geração anterior do carro.
Itens de série
Como será vendido em versão única de acabamento, a lista de equipamentos de série do novo Prius é bem completa. Vêm de fábrica direção com assistência elétrica progressiva, sete airbags, controle de estabilidade e tração, ar-condicionado automático de duas zonas, rodas aro 15, carregador sem fio para smartphones, piloto automático, heads-up display (projeta informações do painel no para-brisa), chave presencial, tela multimídia de 7 polegadas com conectividade via Bluetooth e USB, navegação por GPS, faróis de LED e acionamento elétrico de vidros, travas e espelhos.
No bolso
Segundo o InMetro, o consumo do novo Prius é um pouco diferente do que o convencional em automóveis. Como o motor elétrico atua em situações de baixas velocidades, auxiliando o propulsor convencional a tirar o carro da inércia, o consumo urbano acaba sendo melhor que o rodoviário, uma vez que, na estrada, o carro usa prioritariamente o motor a combustão. Segundo a Toyota, o consumo urbano é de 18,9 km/l na cidade e 17 km/l na estrada.
Segundo Miguel Fonseca, vice-presidente excutivo da Toyota do Brasil, a manutenção do Prius será "similar" a de um Corolla. Dados da marca informam que as seis primeiras revisões têm preço fico. A primeira, com 10.000 km ou 12 meses (o que vier primeiro) custa R$ 219,88. A segunda, aos 20.000 km ou 24 meses, R$ 596,40. A terceira, de 30.000 km ou 36 meses, sai por 406,80. A quarta, aos 40.000 km ou 48 meses, custa R$ 791,70. A quinta, de 50.000 km ou 60 meses, custa R$ 380,05. A de 60.000 km ou 72 meses é a mais cara sai por R$ 999,48.
É importante lembrar também que carros híbridos não pagam taxas extras de importação. Nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), donos de carros dessa configuração têm direito a pedir reembolso de 50%do valor do IPVA. Na capital paulista ainda há isenção do rodízio municipal de veículos.
Como anda?
Apesar de se utilizar de uma tecnologia pouco conhecida dos brasileiros, o Prius dá conta das complexidades do sistema híbrido eletronicamente, sem a intervenção do motorista. São quatro modos de condução variando dos focados em força (Power) e os mais econômicos (ECO e EV). Mesmo no modo normal, ao menos que o motorista exija muito do acelerador, o Toyota arrancará com o motor elétrico e, conforme ganha velocidade ou se exije mais aceleração, o propulsor a gasolina entra em ação.
O mais importante é que toda essa transição entre motores é feita de maneira imperceptível ao condutor. Em trechos com pavimentação boa, o silêncio reina absoluto na cabine. O espaço interno é bom para adultos e, mesmo com a carroceria focada em aerodinâmica, entrega uma boa visibilidade, mesmo que lançando mão de alternativas incomuns, como o vidro traseiro em duas peças dividido pelo aerofólio. A sensação atrás do volante é de se estar num sedã médio tradicional, só que mais silencioso e econômico.
Vai vender? - A Toyota não quis falar em números totais de vendas, porém, desde 2012 quando o Prius foi lançado no Brasil, menos de 800 unidades foram comercializadas. O plano da marca é que, até 2050, 100% de seus carros sejam híbridos ou movidos por célula de combustível. Apesar do plano ser de longo prazo, a tecnologia híbrida começa a fincar os pés no mercado nacional e, sendo o mais barato entre os híbridos por aqui, o Prius deve começar a se tornar uma vista mais comum nas ruas.
Confira ainda hoje (7/6) a avaliação completa do Toyota Prius.
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