31/07/2015 - Anamaria Rinaldi, de Indaiatuba (SP) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Apresentada no final do ano passado durante o Salão do Automóvel de São Paulo, finalmente, a nova geração do Subaru WRX começará a ver vendida no Brasil. Agora sem o nome Impreza, o sedã está maior, com nova transmissão e visual ainda mais invocado. Ele chega às concessionárias em agosto importado do Japão pelo grupo CAOA, representante oficial da marca no País desde 1998. O WRX custa R$ 147.900, enquanto sua versão esportiva WRX STI sai por R$ 194.900, os mesmos preços anunciados em junho quando teve iníco a fase de pré-venda.
A começar pelo exterior, o novo WRX está 15 mm mais largo, 5 mm mais alto e 25 mm maior na distância entre-eixos em relação a seu antecessor. Agora, ele mede 4,59 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,47 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. Além disso, o porta-malas cresceu de 320 para 340 litros.
Mas o que chama a atenção é a entrada de ar no capô, que foi reposicionada, os faróis estreitos de xenônio com luzes de LED, as novas rodas aro 18 escuras e a saída dupla de escapamento com quatro ponteiras cromadas. Tudo isso entrega seu DNA esportivo: o WRX nasceu em 1992, na época chamado de Impreza GT, para participar do Campeonato Mundial de Rali, o WRC (World Rally Championship), cujo qual conquistou o tricampeonato.
Por baixo do capô
À venda no Brasil desde 2001, nada define melhor o WRX do que seu conjunto mecânico. Ele é composto pelo motor boxer (com cilindros contrapostos) 2.0 16V turbo agora com injeção direta de combustível, capaz de render 270 cv de potência a 5.600 rpm e 35,7 kgfm de torque a 5.200 rpm.
Também é nova a transmissão automática do tipo CVT, que estreia no mercado brasileiro. Chamada Sport Lineartronic, ela permite trocas manuais nas borboletas atrás do volante, simulando seis marchas - ou até oito marchas no modo "Sport Sharp". Segundo a fabricante, esse câmbio foi desenvolvido para oferecer trocas suaves com o propulsor trabalhando sempre na rotação ideal. São três modos de condução, chamados "Intelligent", "Sport" e "Sport Sharp", adequando as respostas do motor e da transmissão. Oferecido inicialmente apenas com o câmbio automático, o WRX também ganhará uma versão manual, como o WRX STI, que deve chegar ao mercado brasileiro dentro de seis a oito meses, ou seja, no início de 2016.
Outro aspecto importante é a tração integral permanente com o sistema de Distribuição Variável de Torque (VTD), que distribui o torque entre as rodas conforme a condução, o ângulo de esterço do volante e a aceleração lateral, ajudando a manter sempre o carro na trajetória. De acordo com a Subaru, o WRX acelera de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos e atinge a velocidade máxima de 240 km/h.
Mas a tecnologia a bordo do WRX não acaba aqui. Há ainda controle de estabilidade com três modos (Normal, Traction e Off) e um sistema de controle direcional que melhora o desempenho em curvas, chamado Active Torque Vectoring. Ele aplica uma leve pressão no freio da roda dianteira interna para reduzir o subesterço – a saída de frente. Ainda resta alguma dúvida de seu DNA esportivo? Na nova geração, o sedã ganhou ainda carroceria mais resistente e com menor nível de torção, além de suspensões recalibradas para ficarem mais firmes, mais próximas de sua aptidão para as pistas.
Lista de equipamentos
O WRX é vendido em versão única e traz de série teto solar elétrico, ar-condicionado com duas zonas de temperatura, direção elétrica, rodas de liga leve aro 18 calçadas por pneus 245/40, faróis de xenônio com luzes de LED, bancos revestidos de couro e com ajustes elétricos para o motorista, volante com regulagem de altura e profundidade e comandos de áudio, acendimento automáticos dos faróis, sensor de chuva, partida por botão, assistente de partida em rampa, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), faróis de neblina, sistema isofix para cadeiras infantis (fixação no chassi), câmera de ré e sistema de som com tela de 6,2 polegadas sensível ao toque e Bluetooth..
A esportividade também está presente no interior no acabamento que imita fibra de carbono, nos revestimentos de couro com costuras vermelhas, no volante com base plana, nas pedaleiras de alumínio e no quadro de instrumentos com iluminação em vermelho,
Versão STI
Além das novidades incorporadas à nova geração do WRX, o “irmão” mais invocado WRX STI traz também emblema STI na grade frontal, rodas BBS e um amplo aerofólio traseiro – que está 300 gramas mais leve e 8 mm mais alto em relação ao modelo anterior. As emblemáticas rodas douradas são oferecidas como um acessório e custam cerca de R$ 1.500. Mecanicamente, o STI se diferencia do sedã convencional pela direção mais direta, pela suspensão com acerto mais esportivo e pelos freios Brembo desenvolvidos especialmente para o modelo.
Outra diferença significativa está no motor boxer 2.5 turbo com injeção direta que desenvolve 310 cv de potência a 6.000 rpm e 40 kgfm de torque a 4.000 rpm, atuando em conjunto com um câmbio manual de seis marchas. Segundo a fabricante, essa transmissão possui alavanca com curso reduzido para dar mais agilidade à condução. O WRX STI vai da inércia aos 100 km/h em 5,2 segundos e atinge a velocidade máxima – controlada eletronicamente – de 250 km/h. Ele também conta com os três modos de condução, como o irmão.
O WRX STI oferece ainda um sistema chamado Central de Controle do Diferencial (DCCD), que permite ao motorista selecionar a proporção da distribuição do torque entre os eixos dianteiro e traseiro, adequando a dirigibilidade e a aderência ao tipo de piso. Para as condições normais de rodagem, é possível usar o modo “Auto”, que faz esse trabalho automaticamente.
Velozes e furiosos
O iCarros teve a oportunidade de avaliar o sedã em um autódromo no interior de São Paulo. Embora o contato tenha sido breve, foi possível notar alguns atributos do modelo. A começar pelo WRX, ele se mostrou "esperto" com o motor 2.0, mas o câmbio CVT deixa as respostas progressivas, evitando arrancadas ou retomadas de velocidade mais bruscas. E se preciso, é possível fazer trocas manuais de marcha nas borboletas atrás do volante. Vale lembrar que ele conta com três modos de condução. Sendo assim, se o motorista quiser mais desempenho, pode optar pelo modo "Sport Sharp", que altera o mapeamento do motor e as relações de marcha.
Já o WRX STI é um verdadeiro brinquedo de gente grande. Ele é agressivo nas respostas e a transmissão manual permite uma tocada realmente esportiva. É difícil até pensar em conter a vontade de acelerar para usá-lo na cidade, o que é a proposta da Subaru. "O WRX é um carro para o dia a dia, mas que também oferece uma pegada esportiva", defende Flávio Padovan, diretor geral da Subaru CAOA. A transmissão manual, porém, oferece engates mais duros, tal como o pedal da embreagem.
Não foi possível avaliar o desempenho da suspensão, já que a pista do autódromo apresentava pouquíssimas imperfeições, mas é esperado que o conforto a bordo seja menor em função do ajuste mais rígido típico de um esportivo, especialmente no STI. No rápido contato com o carro, a posição de dirgir se mostrou confortável e o painel de fácil leitura.
Vai vender? – Com a nova geração, o grupo CAOA espera vender no Brasil 40 unidades do WRX por mês, sendo 30 a 35 do modelo convencional e 5 a 10 unidades da versão STI. "Tivemos 30 carros comercializados no período de pré-venda, sendo 12 do STI", afirma Danilo Rodil, diretor de vendas da Subaru. Esses modelos começam a ser entregues já no início de agosto.
A estimativa parece bastante otimista, considerando que a Subaru possui apenas dez concessionárias em operação no País, devendo chegar a 14 até o final deste ano e a 20 até 2016. Contudo, é sabido que os clientes da marca são fieis e a Subaru é uma das poucas a apresentar números crescentes nas vendas no País nesse ano.
Test-drive a convite da Subaru
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