15/04/2016 - Anamaria Rinaldi, de Moab (EUA) / Fotos: Divulgação e Marcos Camargo (capa) / Fonte: iCarros
A Jeep está vivendo um ótimo ano em 2016, quando celebra seus 75 anos de existência. E a empresa reuniu jornalistas de diferentes partes do mundo nas trilhas de Moab, nos Estados Unidos, para apresentar a linha comemorativa "1941 - Seventy Five Years", que estreou em janeiro deste ano durante o Salão de Detroit. Lá fora, estará disponível para todo o catálogo, mas, no Brasil, será oferecida apenas no Renegade, no Grand Cherokee e no Wrangler.
E por que Moab? O local é mundialmente conhecido por fãs de off-road, já que ele conta com cinco parques nacionais com milhares de metros quadrados de montanhas e belas paisagens. Localizada em Utah, no oeste dos Estados Unidos, a cidade de Moab está na região das Montanhas Rochosas e tem uma história com a Jeep. Lá são realizados eventos relacionados à marca desde 1967, como o Easter Jeep Safari.
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Impressões nas trilhas de Moab
O iCarros teve a oportunidade de guiar os três modelos 75 anos que virão ao País por 153 quilômetros - sendo 56 km em percurso off-road - por trechos em rodovia e nas trilhas do parque Sand Flats Recreation Area. Comecei a aventura com o Grand Cherokee. Contudo, o modelo avaliado tinha motor 5.7 V8, ou seja, não é a mesma motorização que temos por aqui. Desconsiderando então o desempenho, foi possível notar o forte atributo fora de estrada do veículo, que passou com valentia pelos obstáculos sem vacilar.
Ele conta ainda com opção de acionar a tração 4x4 e a reduzida por meio de um botão no painel, além dos cinco modos de condução próprios para off-road: neve, areia, lama, pedras e auto. E isso aliado a um ótimo acabamento interno, com muito conforto e requinte. Passei pela trilha sem dores no corpo, pelo contrário, fiquei o tempo todo muito relaxada dentro do Grand Cherokee.
Em seguida, assumi o volante do Wrangler. Agora sim estava me sentindo trilheira. O Wrangler é robusto e encara os obstáculos de uma forma mais valente que os outros dois carros testados. Em uma subida íngreme em que o Renegade vacilou, subiu como se estivesse sobre uma esteira rolante. O conjunto motor e câmbio também não encontra dificuldades para mover o veículo, independentemente da condição.
O acionamento da tração 4x4 se faz por uma alavanca, o que não é nada moderno, mas não incomoda. Na verdade, parece combinar mais com o carro. E há também controle de descida. O acabamento interno é o mais simples dos três, mas isso o torna mais prático para esse uso fora de estrada, sua verdadeira vocação. O contratempo é a suspensão, que maltrata os ocupantes nos terrenos mais irregulares. Saí do Wrangler um pouco dolorida, mas muito mais satisfeita.
Por fim, foi a vez do Renegade, mas o carro disponibilizado para a trilha tinha motor 2.4 a gasolina com câmbio automático de nove marchas, conjunto oferecido nos Estados Unidos não disponível no Brasil. Embora o SUV tenha vacilado em alguns momentos - nos obstáculos mais severos apenas, é verdade - ele passou com bravura pela trilha, chegando ao final sem se envergonhar diante dos parentes.
E mesmo que a tração 4x4 não esteja ligada, o torque é direcionado para as rodas traseiras automaticamente se houver necessidade. É perfeito para os iniciantes. Lá fora, a série especial é baseada na configuração Latitude, que não é oferecida aqui, sendo equipada com modos de condução (auto, pedras, areia, lama e neve). Das versões vendidas no Brasil, apenas a topo de linha Trailhawk conta com os modos de condução. Por dentro, o acabamento é bom, empregando materiais de qualidade e detalhes que atraem, como o símbolo da Jeep nos alto-falantes e no console central.
Setentão - a Jeep ainda não fala em preços, mas o lançamento no mercado brasileiro está marcado para meados do ano, entre junho e agosto, quando os valores serão então anunciados. A expectativa é que fiquem próximos dos praticados atualmente, com aumentos de cerca de R$ 1.000 em relação às respectivas versões em que se baseiam. A Jeep já informou que, no País, não haverá mudanças mecânicas nem na lista de equipamentos de série. Por enquanto, a única alteração visual confirmada aqui são os emblemas "1941 - Seventy Five Years" alusivos à versão na carroceria. As belas rodas na cor bronze e os tons exclusivos - cada modelo tem um tom de verde para a série especial nos EUA - não estão garantidos para o mercado brasileiro.
O Renegade será baseado na configuração Sport, sendo oferecido com motor 1.8 flex (que hoje parte de R$ 81.990) e 2.0 turbodiesel (de R$ 105.990). Ambos terão apenas opção de câmbio automático, de seis e nove marchas respectivamente, na série especial de 75 Anos. Já o Wrangler será o Sport Unlimited (de quatro portas), à venda por R$ 184.900. A empresa afirma que o pequeno volume de vendas do modelo duas portas não justifica trazer também essa versão na série especial, embora ela esteja disponível no exterior. Seu motor é o 3.6 V6 de 285 cv de potência e 35,4 mkgf de torque, com transmissão automática de cinco velocidades.
O Grand Cherokee 75 Anos será baseado na versão Limited a gasolina (de R$ 229.900), com motor 3.6 V6 de 286 cv de potência e 36,1 mkgf de torque, com transmissão automática de oito velocidades. A Jeep também já informou que o destaque será o Renegade 75 Anos, feito em Goiana (PE), uma vez que Grand Cherokee e Wrangler 75 Anos serão trazidos importados dos EUA em menor volume - número que a empresa afirma ainda não estar definido.
Viagem a convite da Jeep
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