Mostrado pela Renault durante o Salão do Automóvel de São Paulo, no mês passado, o Clio re-estilizado chegou às lojas. Cerca de 1.000 unidades já foram importadas da Argentina, país onde o lançamento é fabricado. Além de algumas modificações no visual, a linha 2013 também ganhou um motor 1.0 16V flex recalibrado, mais potente e econômico que o modelo antecessor, de acordo com a Renault. Os preços partem de R$ 23.290 e chegam a R$ 24.950.
O Clio reformulado ainda não é a quarta geração que estreou recentemente na Europa. O compacto vendido por aqui recebeu uma nova grade frontal inspirada em carros conceito da montadora e, tanto na parte dianteira, como na traseira, para-choque e conjunto óptico foram redesenhados. Com a renovação focada em visual, o Clio não mostrou grande mudança de desempenho em comparação ao modelo antigo.
Para conter o gasto de combustível, o Clio recebeu pneus de menor resistência, além de ter perdido 70 kg em relação ao modelo anterior. O motorista pode acompanhar a autonomia do carro por meio de um monitoramento no computador de bordo, equipamento que passa a ser disponível em todas as versões. Equipado com o novo motor 1.0 16V Hi-Power com 80 cv de potência com etanol e 77 cv com gasolina, registra a marca de consumo de 14,3 km/l em percurso urbano e 15,8 km/l na estrada com gasolina. Nas mesmas condições, mas com etanol, são 9,5 km/l e 10,7 km/l, respectivamente. Os dados foram fornecidos pela montadora e obtidos sem o uso de ar-condicionado e direção hidráulica.
Até a chegada da linha 2014, a Renault, não vai oferecer o sistema de freios ABS. Tanto o item como o airbag duplo frontal passarão a ser integrados de fábrica a partir de 2014, assim como exigirá a legislação brasileira. Os únicos itens opcionais oferecidos pela marca são ar-condicionado (R$ 2.500) e direção hidráulica (R$ 1.100).
Em busca de expansão no mercado, Renault aguarda desfecho do IPI
Segundo Gustavo Shmidt, vice-presidente comercial da marca no Brasil, o objetivo da Renault com o lançamento é aumentar a participação do Clio no mercado do qual faz parte. Atualmente, o modelo é responsável por 0,7% do total do segmento hatch. "Queremos aumentar esse volume em 50% no próximo ano, alcançando 1,5%", explica Shimidt.
A planta da Renault em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), responsável pela produção dos modelos mais vendidos da marca no País - Sandero, Logan e Duster - terá sua capacidade de produção aumentada de 47 unidades por hora para 60, podendo totalizar 100 mil carros fabricados por ano, a marca aproveitou o lançamento do Clio para anunciar que, entre os dias 8 de dezembro e 7 de fevereiro, vai interromper as atividades da planta para obras.
Indagados sobre uma possível falta de carros e peças nas revendas, o diretor de comunicação, Caique Ferreira, explicou que é possível que isso aconteça, mas que a marca vai trabalhar forte nos dois últimos meses de 2012 para estocar o maior número de veículos. "No próximo ano, vamos fazer, em dez meses, o que faríamos em 12, mas como a volta do IPI em janeiro deve segurar o mercado, não vamos perder muito", explicou Ferreira.
Assim como outras marcas, a Renault, no entanto, ainda se mostra receosa no que diz respeito à performance do mercado brasileiro em relação ao IPI (Imposto sobre Produto Industrializados), cuja redução foi mantida pela presidente Dilma Rousseff até 31 de dezembro. "A palavra que define 2013 é incerteza. Particularmente, não acredito em crescimento importante em comparação à 2012", avalia Schmidt.
Confira os preços do Clio 2013:
- Authentique 1.0 16V duas portas: R$ 23.290
- Authentique 1.0 16V quatro portas: R$ 24.290
- Expression 1.0 16V quatro portas: R$ 24.950
Viagem a convite da Renault