14/02/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Depois de Honda HR-V, Jeep Renegade e agora o Hyundai Creta, o segmento dos SUVs no Brasil ganhou mais um modelo inédito: o Renault Captur. Após estrear em novembro do ano passado no Salão de São Paulo e ter uma fase de pré-venda na versão topo de linha, a modelo enfim chega às concessionárias do País, com início das entregas a partir já da próxima semana. São duas configurações e os preços variam entre R$ 78.900 e R$ 88.490.
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A novidade chega em um bom momento da Renault no País, após pular de 4,8% de participação de mercado em 2010 para 7,5% em 2016. "O Captur tem bons atributos para chamar atenção no mercado de SUVs, que cresceu de 6% para 15%, como maior altura em relação ao solo, posição de dirigir elevada e amplo espaço interno", afirma Fabrice Cambolive, presidente da Renault do Brasil. Além disso, ele estreia uma nova nomeclatura para as versões, Zen e Intense, que mais adiante passará a ser adotada também nos demais modelos da marca.
Da Rússia para o Brasil
Feito em São José dos Pinhais (PR), o nosso Captur é baseado no modelo oferecido na Rússia, lá batizado de Kaptur, e que a partir do segundo semestre será feito também na Índia. O Captur europeu é diferente visualmente, além de ser menor. A história do Captur, aliás, começa com o conceito mostrado no Salão de Genebra em 2011 e que foi exposto no ano seguinte no Salão do Automóvel de São Paulo, onde quatro anos depois foi exibido em sua versão final.
Aqui no Brasil, o Captur chega para ocupar o posto acima do Duster, ou seja, o objetivo é oferecer um nível de requinte e equipamentos indisponível no "irmão". A mira da Renault está nas versões mais caras de HR-V e Renegade. E mais recentemente no Creta.
Visual para isso ele tem. Na verdade, o estilo do Captur é seu maior atrativo. Os destaques são as luzes diurnas de LED em formato de "C" no para-choque e a pintura em dois tons. São 13 combinações de cores, sendo nove em dois tons - o teto pode ser preto ou marfim. Já a carroceria pode ser preta, branca, marrom, laranja, marfim, vermelha, prata ou cinza.
Motorização
O Captur terá duas versões: uma com motor 1.6 e uma topo de linha com um 2.0, aliás, são as mesmas opções do Duster. O propulsor 1.6 SCe 16V flex - que foi lançado há pouco tempo no País - rende 120 cv com etanol e 118 cv com gasolina, com torque máximo de 16,2 kgfm a 4.000 rpm com ambos os combustíveis - mas 90% do torque é oferecido já a 2.000 rpm.
A transmissão com o motor 1.6 é sempre manual de cinco marchas, ao menos por enquanto. Dentro de três meses - ou seja, em maio - chegarão também mais duas versões 1.6 com câmbio automático CVT (continuamente variável), o mesmo do Nissan Kicks.
Já o 2.0 entrega 148 cv e 20,9 kgfm com etanol e 143 cv e 20,2 kgfm com gasolina, com torque máximo disponível a 4.000 rpm. Nesse caso, a única opção de câmbio é o automático de quatro velocidades. Essa escolha pode impactar negativamente as vendas do Captur, já que os principais rivais adotam opções mais modernas como CVT ou automática de seis marchas.
A tração é sempre dianteira no País. Porém, o Captur vendido na Rússia conta com uma opção 4x4, de modo que se houver demanda no Brasil por isso, o desenvolvimento já está feito e também poderia ser oferecido aqui.
Consumo
Segundo dados divulgados pela Renault, o Captur 1.6 faz 7,6 km/l (etanol) e 10,9 km/l (gasolina) em uso urbano ou 8 km/l (etanol) e 11,3 km/l (gasolina) em uso rodoviário. Já o 2.0 tem consumo de 6,2 km/l (etanol) e 8,8 km/l (gasolina) na cidade ou 7,3 km/l (etanol) e 10,8 km/l (gasolina) na estrada.
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Acabamento e espaço interno
O acabamento do Captur parece ser de cara o seu maior defeito. Os materiais e texturas usados estão longe de passar a sensação de requinte. Enquanto isso, Chevrolet Tracker e Nissan Kicks trazem materiais mais agradáveis e o Creta mistura diferentes texturas no painel.
Falando do interior, o Captur exibe um novo quadro de instrumentos que traz um desenho mais moderno do que aquele visto nos demais modelos da marca. Ele conta com velocímetro digital ao centro e mostradores em formato de meia-lua nas laterais. Além disso, pode receber acabamento em dois tons, dependendo da versão.
Como destacou Fabrice Cambolive, presidente da Renault do Brasil, o espaço interno é um dos pontos fortes do Captur. Não é à toa, são 2,67 m de distância entre-eixos, oferecendo bom espaço para as pernas dos ocupantes.
Dimensões
Quanto às dimensões, o Captur é maior que o Duster, medindo 4,39 m de comprimento, 2,67 m de entre-eixos, 1,81 m de largura e 1,61 m de altura. O ângulo de entrada é 23°, o de saída é 31° e a altura do solo é de 212 mm. O porta-malas é bem amplo em relação aos concorrentes e consegue acomodar 437 litros.
Para comparar, o Duster tem os mesmos 4,32 m de comprimento e 2,67 m de entre-eixos, mas com 1,82 m de largura e 1,68 m de altura. Seu bagageiro leva de 400 litros a 475 litros, dependendo da versão. Quanto ao peso, o Captur tem 1.273 kg na versão Zen e 1.352 kg na Intense.
Equipamentos de série
Zen 1.6 (R$ 78.900): quatro airbags (dianteiros e laterais), controle de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, isofix, direção eletro-hidráulica, volante com regulagem da altura, ar-condicionado, rodas de 17 polegadas de liga leve, vidros elétricos, alarme, chave-cartão, comando de áudio na coluna de direção, banco do motorista com regulagem de altura, luzes diurnas de LED, retrovisores rebatíveis eletricamente, piloto automático com indicador e limitador de velocidade.
Opcionais: central multimídia Media Nav com GPS e câmera de ré integrados (R$ 1.990) e pintura em dois tons (R$ 1.400)
Intense 2.0 (R$ 88.490): acrescenta rodas de 17 polegadas de liga leve diamantadas, apoio de braço, central multimídia Media Nav com tela de 7” sensível ao toque, GPS integrado, conexão Bluetooth, câmera de ré, ar-condicionado automático, sensor de chuva, farol de neblina com função Cornering Light e acendimento automático dos faróis.
Opcionais: bancos revestidos de couro (R$ 1.500) e pintura em dois tons (R$ 1.400)
Pós-venda
A garantia é de três anos ou 100 mil quilômetros rodados, o que ocorrer primeiro, ou de cinco anos para os clientes que fizerem financiamento pelo Banco Renault. Já as revisões periódicas acontecem a cada 10.000 quilômetros ou a cada ano de uso. Os valores, contudo, ainda não foram revelados.
Mas e o Duster?
A Renault acredita que o Duster passará a ocupar o posto de SUV de entrada da marca, focando as vendas a partir de agora no modelo com câmbio manual. As versões mais caras, inclusive com transmissão automática, devem ficar restritas à venda direta, seja para frotas ou pessoas portadoras de deficiência.
Diante desse novo arranjo em seu portfólio, a fabricante não fala em números de vendas do Captur por enquanto, mas defende que a versão 1.6 CVT a ser lançada em breve deve ser a mais vendida, seguida pela topo de linha 2.0.
Quer saber como é o desempenho? Veja as impressões do Renault Captur 2.0
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