13/04/2018 - Thiago Moreno, de Mogi Guaçú (SP) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Após um pequeno hiato, o Honda Civic Si voltou a ser importado para o Brasil. Assim como a geração anterior, o modelo chega apenas com carroceria cupê de duas portas e oferecendo apenas câmbio manual. Por outro lado, pela primeira vez, adota motorização turbinada. A novidade já está sendo vendida nas lojas da marca por R$ 159.900 nas cores vermelha, branca, preta e azul. A garantia para o modelo é de três anos sem limite de quilometragem.
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Itens de série
Apesar da vocação esportiva do cupê, seu pacote de equipamentos de série é bem farto. Traz freio de estacionamento eletrônico, chave presencial, direção elétrica, ar-condicionado automático de duas zonas, central multimídia com tela sensível ao toque, faróis full-LED espelhamento de smartphones via Android Auto e Apple Car Play, sistema de som com 10 alto-falantes e 450 W de potência e sensor de chuva. Os bancos são esportivos com regulagem de altura manual e revestimento de tecido, enquanto o volante tem regulagens de altura e profundidade.
O painel de instrumentos é digital como nos demais Civic, mas o Si tem algumas funções esportivas, ativadas pelo Modo Sport, acessado por botão no console. Ele pode mostrar aceleração, pressão da turbina, pressão no acelerador, pressão no freio e shift light para as trocas de marcha. O Modo Sport também deixa as respostas do acelerador mais rápidas, assim como as do volante, que fica mais firme. No entanto, o Si possui amortecedores adaptativos, que também enrijecem quando no modo esportivo. O modelo possui freio a disco nas quatro rodas, controles de estabilidade e tração e seis airbags (frontais, laterais e de cortina).
Visualmente, o Civic Si se difere das demais configurações do sedã primeiramente pela carroceria cupê de duas portas. Além disso, traz aerofólio traseiro, para-choques e grade exclusivos, além das rodas de 18 polegadas, que também são exclusividades do Si.
Ficha técnica
Uma das principais novidades do novo Civic Si é que, pela primeira vez no Brasil, o esportivo sai de série com um motor turbinado. Trata-se do mesmo 1.5 turbo a gasolina usado no Civic Touring, mas rendendo 208 cv de potência (a 5.700 rpm) e 26.5 kgfm de torque (entre 2.100 e 5.000 rpm. O Civic Touring, para comparação, rende 173 cv e 22,4 kgfm, respectivamente.
No entanto, ao contrário do Touring que usa um câmbio automático CVT, o Civic Si oferece apenas uma transmissão manual de seis velocidades alinhado com a proposta esportiva e purista do novo cupê. A tração é apenas dianteira, mas possui diferencial de escorregamento limitado (LSD) de série para ajudar no contorno de curvas.
Nas medidas, o Civic Si cupê tem 4,52 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,42 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. O bagageiro comporta até 334 litros de bagagens e o carro, em ordem de marcha, tem peso declarado de 1.321 kg.
Como anda?
Preparados para informações técnicas? A versão Si do Civic não recebeu alterações cosméticas de visual esportivo. A caixa de direção, por exemplo, tem duplo pinhão e relação variável, o que permite fazer manobras em baixa velocidade com menos esterço, mas, acelerando, não deixa o volante sensível.
Os discos de freio dianteiros possuem 312 mm de diâmetro (30,5 mm a mais que o Touring). Como dito acima, os amortecedores são adaptativos e podem ficar mais firmes no Modo Sport. Quanto às molas, na dianteira ficaram 7% mais firmes e 31% mais rígidas na traseira. Os coxins hidráulicos de suspensão presentes no Touring foram trocados por unidades sólidas. Na traseira, o braço superior da suspensão é o mesmo do Civic Type R, enquanto a barra estabilizadora ficou 32% mais firme.
E como isso se traduz? Bem, o contato do iCarros com o esportivo foi breve. Apenas seis voltas rápidas no autódromo de Velo Città, em Mogi Guaçú (SP). Mas cada uma delas valeu a pena, mesmo não dando para julgar o comportamento do carro em situações “da vida real”.
O Si está bem mais firme que as variantes de três volumes do Civic, o que traz benefícios nos contornos de curva. O carro apresenta rolamento de carroceria, mas pouco e de maneira controlada e progressiva, ajudando o motorista a entender rápida e facilmente quando está chegando nos limites do carro (e de sua habilidade).
Quanto ao motor turbo, preciso confessar que a sensação de ouvir o motor encostando em 9.000 rpm não está mais lá, hoje passa pouco das 6 mil rpm. No entanto, não quer dizer que o motor novo não ganhe giro. É fácil estar acima das 3.000 rpm e nem perceber, mostrando que está redondinho para dar umas aceleradas sem compromisso.
A famigerada “patada” vem de verdade mesmo depois das 3.000 rpm, mas desde 2.000 rpm o motor responde de forma satisfatória. Essa entrega de torque mais cedo ajuda principalmente nas saídas de curva, ganhando velocidade rápido e sem pedir muitas trocas de marcha.
Falando nelas, podem reclamar o que for que o Civic Si cobra R$ 160 mil e só tem câmbio manual. Peço apenas que julguem essa escolha depois de andar. O cupê é pra quem gosta de carro e gosta de dirigir, bem de nicho mesmo. E nisso, o câmbio de seis marchas se destaca em um mar de DSG, PDK, CVT e outras siglas. Rápidos, firmes e precisos, os engates recompensam o motorista nas tocadas mais fortes. É bom saber que ainda há marcas no mundo dispostas a priorizar o prazer ao dirigir, ao menos nos esportivos. E prazer o Civic Si manual entrega aos montes.
Diversão garantida na pista. Fica agora apenas a dúvida para saber como ele se comporta no dia a dia. Andando rápido, a embreagem pareceu bem leve e fácil de modular, falta saber o que acontece após centenas de pisadas de embreagem enquanto parado no trânsito.
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