05/11/2015 - Anamaria Rinaldi, de Mendoza (ARG) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
A Toyota lança hoje (5) a nova geração da Hilux para o mercado brasileiro. A novidade chega às lojas do País como linha 2016 a partir do dia 18 deste mês com preços entre R$ 114.860 e R$ 188.120 – ela antes partia de R$ 103.650 com cabine simples e chegava a R$ 182.850 na versão topo de linha cabine dupla. Por enquanto, ela estará disponível somente com tração 4x4 e motor a diesel. Segundo a empresa, o motor flex também receberá melhorias e será oferecido novamente no mercado nacional no segundo semestre de 2016, junto com versões 4x2.
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Fabricada em Zárate, na Argentina, a Hilux está agora na oitava geração totalmente renovada, com mudanças visuais, na lista de equipamentos, no chassi, no motor e no câmbio. Segundo a fabricante, tudo pensado para manter a liderança de vendas entre as picapes médias com motorização a diesel – lembrando que a líder no segmento geral é a Chevrolet S10; a Hilux está logo atrás com quase 700 unidades emplacadas a menos no acumulado de janeiro a outubro deste ano de acordo com a Fenabrave (associação de revendedores).
O que muda no visual e no tamanho?
Começando pelo desenho, a picape ganhou grade frontal, para-choques, faróis, para-lamas e lanternas traseiras redesenhadas. Além disso, o intercooler foi deslocado para a frente, eliminando a entrada de ar antes existente no capô.
A nova Hilux também ficou maior que a geração anterior, com 7 cm a mais no comprimento (agora são 5,33 m) e 2 cm a mais na largura (1,85 m). Já a altura diminuiu 4,5 cm (ficando com 1,81 m) e o entre-eixos foi mantido em 3,08 m. Ainda assim, o espaço interno melhorou. A Toyota destaca que a altura disponível entre o assento e o teto na dianteira está maior, assim como o espaço para os ombros. E para os passageiros atrás, o espaço para as pernas foi ampliado em 3,5 cm. A caçamba também cresceu nas versões com cabine dupla oferecendo 0,5 cm a mais no comprimento do compartimento de carga, 2,5 cm a mais na largura e 3 cm a mais na altura. A Toyota não informa o volume da caçamba, mas sua capacidade de carga varia entre 1.195 kg (Chassi-cabine) e 1.000 kg (SRX).
O que muda nas versões?
A Hilux 2016 segue oferecida em duas versões cabine simples: Chassi-cabine e Standard. Já a cabine dupla mantém as opções Standard, SR e SRV e agora ganha a nova SRX como a configuração topo de linha. Saem do catálogo a Standard Pack, a SR manual, a SRV manual, a SRV Top e a Limited Edition. Ficam assim cinco versões de acabamento, todas à venda com tração 4x4 – até a chegada dos novos modelos flex também não haverá Hilux 4x2 na linha 2016. De acordo com a Toyota, a atual SR equivale à antiga SRV e a atual SRV substitui a SRV Top.
O que muda no conjunto mecânico?
Por hora a picape deixa de ser oferecida com o motor 2.7 flex (antes disponível nas versões Standard, SR e SRV cabine dupla). Esse propulsor também receberá melhorias e deve retornar ao catálogo no segundo semestre de 2016. Além disso, o antigo motor 3.0 a diesel dá lugar a um novo 2.8 turbodiesel desenvolvido para oferecer menor consumo de combustível, maior torque e melhor desempenho. Para atingir esses objetivos, ele conta com peso reduzido e sistemas de injeção e admissão aprimorados. O novo motor rende 177 cv de potência (são 6 cv a mais que o anterior) e 42,8 kgfm de torque entre 1.400 e 2.600 rpm nas versões manuais (um aumento de 22%) e 45,9 kgfm entre 1.600 e 2.400 rpm nos modelos automáticos (aumento de 31%).
O câmbio, aliás, é manual de seis marchas nas configurações Chassi-Cabine e Standard ou automática de seis velocidades nas demais (SR, SRV e SRX). Vale lembrar que a picape antes oferecia transmissão manual de cinco marchas ou automática de quatro velocidades nas versões flex e de cinco velocidades nos modelos com motor a diesel.
O consumo, segundo o Inmetro, é de 9,3 km/l na cidade e de 11,5 km/l na estrada com o câmbio manual. Com o automático, os números são 9 km/l e 10,5 km/l, respectivamente. Há ainda o modo Eco que altera as respostas do motor e do ar-condicionado para ajudar a poupar combustível. Mas se a proposta foi o contrário, há também o modo Power que deixa as respostas mais rápidas e dá agilidade à picape.
E as mudanças não param por aí. O chassi foi enrijecido em 20% e as suspensões têm uma nova configuração para oferecer mais conforto ao reduzir as vibrações. Melhoria que, para a Toyota, pode ser notada tanto no asfalto quanto no fora de estrada.
Veja a seguir os equipamentos de série de cada versão:
Chassi-cabine e Standard cabine simples: direção hidráulica, ar-condicionado, volante com regulagem de altura e profundidade, rodas de aço aro 17, bloqueador do diferencial traseiro e airbag de joelho para o motorista, além dos obrigatórios freios ABS e airbags frontais.
Standard cabine dupla: além dos itens citados acima, acrescenta sistema isofix para cadeiras infantis, cintos de três pontos para todos os ocupantes e modos de condução (Eco e Power).
SR: acrescenta trio elétrico, rodas de liga leve aro 17, volante com comandos de áudio, rádio com tela sensível ao toque de sete polegadas, câmera de ré, chave canivete e porta-luvas refrigerado.
SRV: acrescenta faróis de neblina, controlador de velocidade, tela colorida de 4,2” no quadro de instrumentos, GPS e TV digital integrados ao rádio, ar-condicionado digital com saídas para o banco traseiro, assistente de partida em rampa, controle de tração e de estabilidade e alarme.
SRX: acrescenta faróis e luzes diurnas de LED, rodas de liga leve aro 18, partida por botão, assistente de des cida e airbags laterais e de cortina.
Confira abaixo a tabela de preços da Hilux 2016:
Chassi-cabine 4x4 manual – R$ 114.860
Standard 4x4 cabine simples manual – R$ 118.690
Standard 4x4 cabine dupla manual – R$130.960
SR 4x4 automática – R$ 162.320
SRV 4x4 automática – R$ 177.000
SRX 4x4 automática – R$ 188.120
Impressões ao dirigir
Embora o test-drive com a nova Hilux na Argentina tenha sido bastante curto, foi possível notar que a picape recebeu muitas melhorias, a começar pelo motor 2.8 turbodiesel. Ele entrega respostas melhores do que o 3.0 da geração anterior, com bom torque desde baixas rotações - por volta de 1.500 rpm. Contudo, nesse aspecto, a Hilux ainda está atrás das rivais Ford Ranger (3.2 de 200 cv), Volkswagen Amarok (2.0 de 180 cv) e Chevrolet S10 (2.8 de 200 cv). Pesando mais de duas toneladas, a picape demora a reagir em retomadas de velocidade.
O câmbio manual, apesar do curso longo da alavanca, tem engates precisos, o que ajuda na dirigibilidade. Além disso, a sexta marcha torna a direção mais agradável na estrada, reduzindo consideravelmente o nível de ruído dentro da cabine. Infelizmente, não foi possível testar a nova transmissão automática nas mesmas condições. Avaliada apenas no trecho fora de estrada e em baixa velocidade, ela pareceu oferecer um funcionamento suave, mas será preciso um contato maior com o modelo para confirmar ou não essa primeira impressão.
A principal melhoria está na suspensão, que ganhou molas maiores (de 1,3 mm para 1,4 mm) e reposicionadas, amortecedores retrabalhados e barra estabilizadora com maior espessura. O resultado é um conforto muito maior tanto para quem vai na frente quanto para os passageiros do banco traseiro, mesmo nos percursos off-road, além de uma melhor estabilidade em curvas. A direção, embora permaneça hidráulica, tem rigidez na medida certa. Ela é leve em baixas velocidades, ajudando na hora de manobrar um veículo desse porte.
A nova Hilux também está muito mais agradável por dentro, com acabamento mais elegante e quadro de instrumentos mais moderno. A antiquada alavanca para selecionar a tração foi finalmente substituída por um botão giratório, item já presente nas concorrentes. É uma pena que a tela da central multimídia não tenha sido totalmente integrada ao painel, ficando "encaixada" em um vão no console.
Vai vender? - A Toyota não espera que a nova geração da Hilux dê um grande salto de vendas, mas que siga os passos do modelo atual, que soma 27.318 unidades vendidas no acumulado de janeiro a outubro deste ano. A expectativa da empresa é terminar o ano com um total de 32 mil unidades emplacadas, com um leve crescimento no próximo ano, quando pretende fechar com 40 mil picapes vendidas no País. A tarefa não parece difícil, já que em 2014 foram mais de 43 mil unidades emplacadas. Contudo, considerando as constantes quedas de vendas no mercado brasileiro, pode ser uma previsão otimista se a situação se mantiver ao longo de 2016 como esperam os especialistas.
Por hora, é possível dizer que a Hilux mantém suas principais características: robustez e aptidão para o fora de estrada. E com grandes melhorias na nova geração, do visual, passando pelo acabamento interno e chegando à motorização. Diante disso, não deve ser difícil manter o ritmo atual. As vendas das versões cabine simples devem representar 20%, assim como da nova configuração topo de linha SRX. As demais SR e SRV devem ficar com 60% dos emplacamentos da Hilux.
Viagem a convite da Toyota
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