22/04/2014 - Thiago Moreno, de Campos do Jordão (SP) / Fotos: Marcos Camargo (Divulgacao) / Fonte: iCarros
Após apresentar o Grand Cherokee remodelado para a linha 2014, a Jeep estreia no mercado nacional a respectiva versão movida a diesel do modelo. E a principal novidade está guardada sob o capô: o bloco 3.0 V6 turbodiesel agora é fornecido pela italiana VM Motori, uma das subsidiárias do Grupo Fiat, e entrega 241 cv de potência e 56 kgfm de torque.
Outro atrativo da configuração, aliado ao tanque de 93 litros, é a autonomia, que pode ultrapassar 1.400 km graças ao consumo declarado pela marca de 13,3 km/l na estrada e 10,8 km/l em uso urbano. O preço subiu na mesma proporção: oferecido apenas na versão Limited mais completa, o propulsor eleva o Grand Cherokee a R$ 239.900. As versões a gasolina custam R$ 185.900 (Laredo) e R$ 219.900 (Limited).
Para manter o produto competitivo, a Jeep apostou nas capacidades fora-de-estrada do modelo e na lista de equipamentos. De série, o Grand Cherokee Limited a diesel traz tração integral, câmbio automático de oito velocidades, cinco modos de condução para quando o asfalto acaba e começa a terra, assistentes de partida e descida em rampa, sete airbags, controles de estabilidade e de tração, tela multimídia de 8,4 polegadas com conectividade via Bluetooth e USB, duas telas reprodutoras de DVD e Blueray para o banco traseiro, ar-condicionado digital automático de duas zonas, aquecimento para os bancos dianteiros e volante e rodas de 20 polegadas.
As medidas do SUV são generosas externamente, com 4,8 m de comprimento, 1,8 m de altura, 1,9 m de largura e 2,9 m de entre-eixos. Para ajudar em trechos acidentados, a distância livre em relação ao solo é de 218 mm. No bagageiro, o Grand Cherokee é capaz de levar 457 litros.
Um pé cá e outro acolá
Com bancos em couro e diversos mimos eletrônicos dentro da cabine, o Grand Cherokee passaria facilmente como SUV de luxo. A cabine é arejada, principalmente quando se opta pelo tonalidade mais clara para o interior, e o espaço dá conta de cinco adultos sem incômodo. Porém, apesar de empregar materiais macios ao toque nas portas e na área superior do painel, as partes mais inferiores usam plástico rígido. Além disso, a altura do utilitário dificulta o acesso.
Rodando no asfalto, o bloco a diesel mostrou bom desempenho em uso urbano, com pouca vibração mesmo em giros mais altos. O ruído dentro da cabine é perceptível, mas não incomoda. Como o torque máximo aparece entre 1.800 e 2.800 rpm, o Grand Cherokee responde rápido às investidas no acelerador, auxiliado também pela caixa automática de oito marchas. Com o pé contra o assoalho, chega a grudar o motorista no banco. Em mudanças de direção, o rolamento da carroceria é pouco, mesmo o SUV pesando 2.393 kg com o motor a diesel, mas o carro sente as ondulações durante as curvas e mostra que não fica confortável quando levado ao limite de aderência.
Na terra, porém, o Grand Cherokee mostra a herança que carrega desde o primeiro Jeep Wyllis de 1941. Graças à tração integral e aos modos de condução que controlam as respostas do acelerador, câmbio e diferenciais, encara as trilhas sem deixar dúvidas no condutor se é possível ou não transpor os obstáculos.
Vai vender? – A Jeep não mencionou números de venda para a linha 2014 do Grand Cherokee, mas afirma que metade da comercialização será representada pelo modelo a diesel. Com visual robusto, boa oferta de equipamentos e real capacidade no fora-de-estrada, o SUV da Jeep tem bons argumentos de venda, mas terá vida difícil com a concorrência, principalmente com o Land Rover Dicovery 4 3.0 TDV6 S a diesel custando R$ 254 mil e tendo uma lista de itens de série e proposta similares em relação ao Grand Cherokee.
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