Ford Ka Trail 2018 vai além dos adesivos por R$ 47.690

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Ford Ka Trail chega no final do mês partindo de R$ 47.690

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Modelo será vendido com motor 1.0 e 1.5

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Mudanças vão além do visual

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Hatch ganhou adesivos, apliques nos para-choques e moldura nas caixas de roda

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Há ainda rack de teto de série

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Adesivos estão nas laterais e na traseira

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O Ka ganhou ainda pneus de uso misto

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A suspensão está 3,1 cm mais alta que as demais versões do Ka

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As rodas são de 15 polegadas

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Altura do solo aumentou, elevando a capacidade de imersão

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Mudanças tornam o carro mais apto para um off-road leve

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Mudam ainda a calibração da direção e o isolamento acústico

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Detalhe do adesivo com grafismo tipo colmeia

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Os freios também foram recalibrados, segundo a Ford

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Uma das mudanças internas é a soleira exclusiva

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Pedaleiras são de alumínio com acabamento em borracha

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Bancos exclusivos têm revestimento mesclando destalhes em verde e laranja

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Atrás há cintos de três pontos e apoio de cabeça para todos os ocupantes

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Desde o Salão de São Paulo no final do ano passado já se fala da chegada do Ford Ka Trail, a versão aventureira do hatch. Esperava-se apenas pelos adesivos, mas a fabricante quer oferecer mais do que o visual diferente para esse público. A novidade chega às concessionárias na última semana de março por R$ 47.690 com motor 1.0 e por R$ 51.990 com o 1.5.

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O que muda no visual?

O exterior ganhou rack de teto em prata fosco, apliques prata nos para-choques dianteiro e traseiro, moldura preta nos faróis de neblina, caixas de roda, faróis com máscara negra, lanternas fumê, adesivos nas laterais e na tampa traseira e rodas de liga leve cinza. A Ford admite que são mudanças sutis, mas defende que os aventureiros não precisam ser repletos de apliques plásticos para criar esse estilo fora de estrada. É um visual "clean" que tem a vantagem de não chamar muita atenção nem cansar o cliente ao longo dos anos. 

Já o interior recebeu bancos com revestimento exclusivo mesclando detalhes em verde e laranja. Eles são de tecido com material sintético. O painel e as portas seguem com acabamento em preto e cinza. As outras mudanças são as soleiras com a inscrição "Trail" e as pedaleiras de alumínio com borracha nas extremidades. O Ka Trail será vendido nas cores preto, prata, branco e vermelho. 

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E o que muda na motorização?

Nada. Os motores seguem os mesmos: 1.0 de três cilindros que rende 80 cv com gasolina e 85 cv com etanol e 1.5 que desenvolve 105 cv com gasolina e 110 cv com etanol. Ambos têm apenas a opção de câmbio manual de cinco marchas. O consumo, porém, teve uma piora em relação às versões convencionais em função das modificações que você verá a seguir. 

O Ka Trail 1.0 faz, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), 8,8 km/l na cidade e 8,9 km/l na estrada com etanol ou 12,5 km/l e 14,3 km/l, respectivamente, com gasolina. Já o modelo 1.5 faz 7,5 km/l na cidade e 9 km/l na estrada (etanol) ou 10,8 km/l e 13,2 km/l na mesma ordem (gasolina). Diante das suas dimensões, ele foi enquadrado como SUV compacto no programa do Inmetro, classificado com nota A na categoria. 

E o que muda na mecânica?

A principal alteração está na suspensão, 3,1 cm mais alta que as versões convencionais. Para isso, mudaram as molas e amortecedores dianteiros e traseiros, a barra estabilizadora dianteira está maior e o eixo traseiro ficou mais rígido, Além disso, o coxim do motor ganhou amortecedor hidráulico para reduzir as vibrações. 

Mudam também a calibração da direção elétrica e os pneus, que passam a ser Pirelli Scorpion ATR de uso misto (50% estrada e 50% off-road) com perfil mais alto - perfil 65 no Trail e 55 nas demais versões do Ka. Agora, os pneus têm medida 185/65 R15.

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Com a suspensão mais alta, o vão livre do solo passa a ser de 200 mm, frente aos 170 mm do Ka convencional. "As alterações foram feitas para dar mais conforto e melhorar a estabilidade em função da suspensão elevada. Isso também permitiu uma maior capacidade de imersão, que agora chega a até 45 cm à velocidade de 7 km/h", destaca Gilberto  Geri, gerente de desenvolvimento de produto da Ford. Por fim, a fabricante revela que o isolamento acústico foi melhorado, assim como os freios, que foram recalibrados. 

Impressões ao dirigir

Embora o conjunto mecânico seja o mesmo, há uma diferença perceptível ao guiar o Ka Trail. A suspensão está mais firme, garantindo estabilidade apesar da altura maior do solo. As alterações não comprometeram o conforto, lembrando que o Ford Ka já não oferece uma suspensão muito macia nem nas demais versões. Além disso, a maior altura do solo deixou o modelo mais adequado para nossas ruas irregulares, com lombadas e valetas às vezes enormes.

Falando em desempenho, o iCarros avaliou a versão 1.0, que tem bom rendimento, ainda que sofra dos males comuns aos carros "mil". Ele vai muito bem na cidade, mas precisa de embalo em ladeiras e demora um pouco a arrancar. Quanto ao câmbio, ele tem bons engates e não compromete a agilidade nas trocas de marcha. A direção elétrica é precisa e ajuda bastante na hora de fazer manobras. É bom ressaltar, porém, que mesmo com todas as mudanças o Ka Trail encara apenas um off-road leve, com estradas de terra e pouco barro. Não tente se aventurar demais com ele. 

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O Ka Trail, como o modelo convencional, peca por não oferecer retrovisores elétricos nem como opcional - algo bem raro atualmente. Além disso, ele é baseado na versão SE, então traz um rádio mais simples e o sistema Ford Doc, um porta-objeto no topo do painel que funciona como porta-celular. A central multimídia seria bem-vinda, assim como outros itens como regulagem de altura no banco do motorista e vidros traseiros elétricos, presentes apenas na SE Plus.

Equipamentos de série

A versão SE vem com ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros e travas elétricas, rádio com comandos de voz, USB, Bluetooth e My Ford Dock, chave canivete, sistema isofix, limpador e desembaçador do vidro traseiro, abertura elétrica do porta-malas, ajuste de altura na coluna de direção, indicador de troca de marcha no painel, banco traseiro bipartido e cintos de segurança de três pontos e apoio de cabeça para todos os ocupantes. 

Compare o Ka com seus concorrentes

A Trail acrescenta suspensão elevada, pneus de uso misto, rack de teto, faróis de neblina, rodas de liga leve de 15 polegadas, pedaleiras de alumínio e bancos exclusivos. Isso cobrando R$ 3.930 a mais que os R$ 43.760 da SE convencional 1.0 e R$ 3.900 a mais que os R$ 48.090 da 1.5.

Vai vender? - A Ford aposta forte nesse público. Ela defende que 24% dos entrevistados nas clínicas de consumidores disseram querer um carro com apelo aventureiro, seja um compacto, um SUV ou um crossover. E hoje, apenas 5% das vendas de compactos (cerca de 36 mil unidades em 2016) é de aventureiros. Por isso, a fabricante acredita que existe uma margem grande de crescimento.

Ele irá rivalizar diretamente com Chevrolet Onix Activ, Hyundai HB20X, Renault Sandero Stepway, Toyota Etios Cross e VW CrossFox. Frente aos concorrentes, o Ka Trail é mais barato, principalmente na versão 1.0, inexistente nos concorrentes que são 1.4, 1.5 ou 1.6. Ele pode ganhar em preço, mas fica devendo mais equipamentos. A Ford não fala em expectativa de vendas, mas diz que espera que o 1.0 e o 1.5 dividam de forma equivalente o total da configuração Trail, ao contrário do que acontece com o hatch convencional.

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