25/07/2017 - Thiago Moreno, de Cabo de Santo Agostinho (PE) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Depois de ver como o novo Ford EcoSport se adaptou ao novo propulsor 1.5 de três cilindros, faltava saber como o 2.0 do Focus iria casar com o SUV renovado e a nova transmissão automática de seis velocidades que aposentou o câmbio Powershift. Com o propulsor maior, o novo EcoSport 2018 é oferecido apenas na versão topo de linha Titanium, que tem preço tabelado em R$ 93.990.
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Ficha técnica
Como dito, a grande mudança na versão topo de linha do novo EcoSport está sob o capô, com a adoção de uma nova transmissão e o motor que já utilizado na linha Focus. O propulsor é um 2.0 16V flex dotado de injeção direta de combustível, capaz de entregar 176 cv e 22,5 kgfm de torque (etanol) e 170 cv e 20,5 kgfm (gasolina). Para comparação, o motor 2.0 usado anteriormente no EcoSport 2017 entregava 140 cv com gasolina e 147 cv com etanol.
Vale ressaltar que, na versão 2018, o EcoSport ganhou grade frontal ativa, que se abre ou fecha conforme a necessidade de refrigeração do propulsor, otimizando a aerodinâmica do carro.
O câmbio não é mais o Powershift, automatizado de dupla embreagem com seis velocidades. Agora a Ford está entregando o EcoSport Titanium 2.0 com uma transmissão automática convencional com conversor de torque, mas mantendo o número de relações. Quem quiser fazer trocas em modo manual, conta com aletas atrás do volante para operar o câmbio de forma sequencial.
Compare o Ford EcoSport com os rivais
Nas medidas, o EcoSport 2018 mudou pouco. Continua com 4,26 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,69 m de altura e 2,51 m de entre-eixos. O bagageiro, no entanto, teve uma pequena diminuição, passando de 362 litros para 358 litros.
O que mudou mesmo foi a cara do EcoSport, com novos elementos frontais que deixaram o SUV mais com cara do Edge, conferindo um visual mais refinado. Falando nisso, o interior, principalmente o console e a tela central foram totalmente repaginados. Além do visual, os materiais também são de melhor qualidade que os usados na versão 2017.
Além dessas alterações, a suspensão está com curso 17 mm maior na dianteira, buchas recalibradas, melhoria de 15% na absorção de impactos e de 6% no controle de rolagem, aumento de 5% na rigidez torcional da carroceria e eixo traseiro 15% mais rígido.
O que traz de série?
Como versão mais completa que é, o EcoSport Titanium 2.0 tem uma lista de itens de série bem recheada, incluindo direção com assistência elétrica, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, ar-condicionado automático, sete airbags (de série em todas as configurações), controles de tração e estabilidade, alerta de ponto cego, piloto automático, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, ajuste de altura e profundidade para o banco do motorista e volante, sistema Isofix para fixação de assentos infantis, faróis de xenônio, sensores de chuva e crepuscular e sistema anticapotamento.
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Também há acionamento elétrico de vidros travas e espelhos, revestimento de couro para volante e bancos, rodas de 17 polegadas, tela central de instrumentos digital em TFT, tela multimídia sensível ao toque de 8 polegadas com conectividade via USB e Bluetooth e espelhamento de smartphones via Apple Car Play e Android Auto, partida por botão, retrovisor interno eletrocrômico e teto solar com acionamento elétrico.
Na comparação com as versões topo de linha de seus principais rivais, leia-se Jeep Renegade, Honda HR-V e Hyundai Creta, nas versões topo de linha, o EcoSport fica devendo itens como sistema start/stop, freio de estacionamento elétrico, ar-condicionado de duas zonas e rebatimento elétrico dos retrovisores. No entanto, o modelo da Ford está em média R$ 6.000 mais em conta.
E o 4WD?
Todas as gerações do EcoSport tinham alguma forma de tração integral nas versões 2.0 mais completas, mas a Ford afirma que, no momento, não há planos para tal configuração na versão 2018. No entanto, durante a apresentação do modelo 2.0 foi exibido um slide sobre o eixo traseiro onde se lia que aquela peça era a usada nos modelos de tração dianteira (4x2). Mesmo sem confirmar, dá pra imaginar que o 4x4 está sim nos planos para o modelo, pois não teria necessidade de se especificar que o eixo mostrado era do 4x2. Porém, sem data e nada confirmado pela marca.
Como anda
Como dito no título, uma das estratégias do novo EcoSport 2018 contra os concorrentes será a boa velha força bruta. O modelo 2.0 ganhou cerca de 30 cv de potência na comparação com o propulsor que substitui e, com até 176 cv, é o mais forte entre os concorrentes diretos, mesmo os com motorização turbo. Quem chega mais perto nessa corrida é o Hyundai Creta Prestige 2.0, com até 166 cv.
O resultado não é tanto no sentido de deixar o EcoSport parecendo um “foguete”. É mais para uma condução que, salvas raríssimas situações, não se precisa afundar o pé no acelerador para nada. Andar com o novo 2.0 do EcoSport é um exercício de tranquilidade, porque todas as arrancadas e ultrapassagens são vencidas com uma literal “ponta de pé”. A sensação é de que o motor está sempre “sobrando”, independente da velocidade ou da rotação.
A nova transmissão automática de seis velocidades mostra uma evolução significativa na comparação com a antiga caixa Powershift de dupla embreagem. As trocas estão mais suaves e rápidas e já está a par com o que os rivais com câmbio automático convencional entregam. As borboletas atrás do volante ajudam na condução mais esportiva, mas apenas deixar o modo Sport do câmbio trabalhar por si só já garante que o motor explore mais rotações antes das trocas e faça reduções nas frenagens.
Outro ponto de ataque do novo EcoSport é o conforto e o acerto de suspensão. Mesmo rodando a 120 km/h, o motor está a menos de 3.000 rpm e itens como o para-brisa acústico e a revisão do isolamento da carroceria garantem conversas em voz baixa dentro da cabine mesmo em velocidades mais altas.
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A suspensão merece parágrafo exclusivo. Por um lado, a revisão no curso de suspensão permitiu ao EcoSport ter um comportamento mais suave na hora de encarar a buraqueira, eliminando as trepidações daquelas pequenas imperfeições em sequência das ruas. Em ondulações na estrada, o SUV flutua, no bom sentido, claro, sem nunca parecer incomodado com as condições do pavimento.
Do outro lado, ele tem uma direção bem direta, transmitindo firmeza e segurança para o motorista. A carroceria rola bem pouco nas mudanças de direção. Chegamos a um ponto da história do EcoSport em que sua dinâmica de condução já está bem mais para um hatch do que para um utilitário.
A terceira força que a Ford apontou no EcoSport como ferramenta competitiva foram elementos de conforto e conveniência. E, de fato, os bancos apoiam bem os passageiros e é fácil se acomodar bem na cabine. No entanto, quem vai no banco traseiro tem menos espaço do que em modelos como o Honda HR-V, por exemplo.
O painel tem elementos macios ao toque e, na versão 2.0 Titanium, duas tonalidades de cor. Nessa configuração mais completa também há insertos de couro nas portas. O volante, de couro em todas as versões, também confere uma sensação de carro de segmento superior. Por tudo isso que eu estranhei ver algumas rebarbas entre os painéis de plástico e a chapa da porta. Mas são as primeiras unidades construídas do modelo. É provável que essa questão já tenha sido resolvida nos modelos que estão chegando às lojas.
Por último a tela multimídia com sistema SYNC 3 era a opção de conectividade que faltava ao EcoSport. Com cores vivas e contraste nítido, responde rápido aos comandos dos dedos. Isso tudo sem contar o espelhamento de smartphones por Apple Car Play e Android Auto. O melhor de tudo? Vem de série em todas as versões. A diferença é que a SE de entrada tem uma tela de 6,5 polegadas, enquanto a Freestyle e a Titanium têm tela de 8 polegadas.
A partir de hoje (25), estão abertas as reservas nas lojas para quem estiver interessado em comprar o EcoSport 2018, sendo que as entregas devem começar entre o final de agosto e o início de setembro.
O Ford EcoSport inventou o segmento e foi líder por mais de uma década, mas viu sua dominância cair com a chegada de novos concorrentes. Apesar de não ter mudado de geração, oferece um design atual com potência de sobra, acabamento bem acertado, conectividade e ainda é mais barato que os principais rivais nas versões topo de linha. O líder voltou? Só o tempo vai dizer.
Viagem a convite da Ford
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