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Cerato entra com peso na briga dos médios

Terceira geração do sedã Kia chega com grande lista de equipamentos para brigar com Corolla, Civic, Jetta e Cruze

08/04/2013 - Texto e fotos: Thiago Moreno, de Ilha de Itaparica (BA) / Fonte: iCarros

Enquanto a Coreia do Norte ameaça apontar mísseis para os EUA, a sulcoreana Kia mostra suas armas contra inimigos do Japão e da Alemanha. A terceira geração do Cerato foi apresentada ao mercado brasileiro e aposta no visual moderno herdado do Optima e do Cadenza e na grande lista de equipamentos de série para brigar de frente com Honda Civic, Toyota Corolla, Volkswagen Jetta e Chevrolet Cruze no segmento dos sedãs médios.

Por R$ 67.400, na versão com câmbio manual de seis marchas, e R$ 71.900 com transmissão automática de seis velocidades, o novo Cerato entrega itens de conveniência como sensores de estacionamento à frente e na traseira, espelho com rebatimento elétrico, rodas de 16 polegadas, ar-condicionado digital de duas zonas com saída para o banco traseiro, ajuste de lombar elétrico para o motorista e vidros elétricos nas quatro portas.

Ameaça crescente

Para enfrentar uma concorrência de porte maior, a terceira geração do Cerato ganhou tamanho. Agora mede 4,6 m de comprimento, 1,8 m de largura e 1,4 m de altura. Em relação ao modelo que substitui, o carro ficou 30 mm mais comprido, 5 mm mais largo e 25 mm mais baixo. O entre-eixos, de 2,7 m, cresceu 50 mm.

O que não ficou grande foi o porta-malas, que leva 421 litros. Mesmo um Hyundai HB20S, de porte inferior, leva 450 litros. Nesse quesito, não se pode esperar que o Kia tenha medidas de sobra, como o “irmão maior” Optima. Esse foi o preço que a marca pagou para dar um visual mais esportivo à terceira geração do Cerato, com uma traseira curta e alta, dando um ar de cupê ao carro, e para ter mais espaço no banco traseiro. Porém, o compromisso deu resultado. Com faróis mais afilados, lanternas mais envolventes e uma alta linha de cintura, o carro lembra de vista a gama de sedãs grandes da Kia, formada ainda pelo Cadenza e pelo Quoris, que deve chegar em junho ao Brasil.

Outra escolha difícil foi a manutenção do propulsor 1.6 16V com comando variável de válvulas, o mesmo do atual Cerato, mas contando com tecnologia flex na terceira geração do modelo. Assim, o propulsor passa a desenvolver 128 cv com etanol e 122 cv com gasolina. O torque é de 16,5 kgfm a 5.000 rpm para o combustível vegetal. “Optamos por continuar com esse motor para o cliente ter o propulsor flexível, pois os motores com injeção direta que a Kia usa fora do Brasil ainda não estão adaptados para a gasolina daqui, com etanol misturado”, diz José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil, “mesmo assim, ele é mais potente que o Jetta 2.0 de entrada (de 120 cv) e o Cerato automático tem seis marchas, enquanto um Corolla ainda oferece a caixa de quatro velocidades”, justificou.

Em ordem de marcha

Pesando 1.171 kg na versão manual e 1.205 kg na automática, o Cerato passa a impressão de ter pouco motor para seu porte, ainda mais levando-se em conta que seus concorrentes diretos utilizam de propulsores 1.8 ou 2.0. Num breve teste-drive, o iCarros avaliou a versão com câmbio automático, e o que se viu foi um motor que lida bem com o peso, apesar de ser 1.6.

Apenas em aclives percebe-se que o motor está se esforçando para manter velocidades, porém, o câmbio de seis marchas responde rápido, mesmo sem se alterar a pressão no acelerador, e faz a redução de marcha. Se o motorista utilizar as aletas atrás do volante para efetuar as trocas em modo manual, o Cerato não perde embalo.

Com uma carroceria rígida, o sedã da Kia aguentaria um propulsor maior, pois não rola em curvas e privilegia a estabilidades. Apenas em terrenos mais acidentados se percebe o acerto mais firme da suspensão. O motorista ainda conta com três regulagens de assistência para direção elétrica - Comfort, Normal e Sport -, que variam a força que o condutor precisa para girar o volante. No mais leve, Comfort, é possível manobrar o carro com os dedos, enquanto no modo Sport, a direção fica firme.

Por dentro, nota-se um melhoria no acabamento. Os plásticos continuam lá, mas são bem montados e possuem um design mais atrativo aos olhos. Nos encostos de braços das portas há pequenas almofadas para que os passageiros descansem em viagens longas. Com regulagens de altura para o motorista e também de profundidade no volante, é fácil achar uma boa posição para guiar.

Um dos argumentos de venda do Cerato é o espaço interno. Mesmo os mais altos podem se acomodar sem ter medo de apertas os passageiros do banco de trás, pois há espaço de sobra para os joelhos atrás. O Cerato ficou devendo apenas o cinto de segurança de três pontos para que vai no meio.

Movendo as tropas

A Kia já confirmou mais de uma vez: a marca terá uma fábrica no Brasil. “Só não recebemos ainda um sinal verde da matriz sulcoreana e não definimos como e onde ela (a linha de produção) será instalada”, diz Gandini. “É por esse motivo até que ainda não nos homologamos no Inovar-Auto”, informou o executivo, explicando que, se o Grupo Gandini, representante da marca no Brasil, for homologado e a matriz coreana assumir a operação e passar a fabricar carros aqui, não haverá a transferência dos benefícios de uma empresa para outra.

Enquanto o futuro da fábrica não está selado, os próximos movimentos da Kia no Brasil já têm até data. Em maio será apresentado um facelift para o SUV Sorento, seguido ainda em julho por uma renovação no Cadenza. Em agosto chega a inédita versão hatch do Cerato, com motor 2.0. Setembro é o mês em que a minivan Carens receberá nova geração, enquanto um facelift para o Optima desembarcará no Brasil em outubro, seguido pela nova geração do Cerato Koup, cupê, em novembro. Recém-apresentado no Salão de Nova York (EUA), a nova geração do Soul não chega ao mercado brasileiro antes do primeiro trimestre de 2014.

Vai vender? – Sim. O novo Kia Cerato oferece um visual moderno num segmento onde os concorrentes tendem a ser mais conservadores e ainda conta com uma farta lista de itens de série para justificar seu preço. A Kia espera comercializar cerca de dez mil unidades do modelo em 2013, sendo que 85% das vendas serão representadas pela versão mais cara, automática. “No começo, trouxemos 15% de unidades manuais, mas esse número deve chegar a 10%, pois público nessa faixa de preço já espera por um carro automático”, declara Ary Jorge Ribeiro, diretor de Vendas da Kia Motors do Brasil, explicando a previsão da marca.

Viagem a convite da Kia Motors do Brasil
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