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BMW X1 já está nas lojas partindo de R$ 166.950

Importada, nova geração perde a tração traseira nas versões de entrada. Produção no Brasil começa em março

02/02/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Fabio Aro/Divulgação / Fonte: iCarros

A segunda geração do BMW X1 já está nas lojas brasileiras em três versões custando entre R$ 166.950 e R$ 199.950. A novidade, disponível para encomenda desde dezembro, chega inicialmente importada da Alemanha. O SUV, porém, passará a ser nacional, com o início da produção previsto para as próximas semanas e começo das vendas já em março. Ele será fabricado em Araquari (SC) no lugar da atual geração, produzida em solo nacional desde novembro de 2014.

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Apresentada em setembro do ano passado no Salão de Frankfurt, na Alemanha, a nova geração é feita sobre a mesma plataforma do BMW Série 2 Active Tourer e do Mini Cooper Hatch. Com isso, o crossover ganhou estilo de SUV, com 53 mm a mais na altura e 23 mm a mais na largura quando comparado a seu antecessor, perdendo por outro lado 15 mm no comprimento. Segundo a fabricante, o espaço para as pernas no banco traseiro também cresceu 74 mm, enquanto o porta-malas oferece 85 litros a mais, agora com capacidade para 505 litros ou 1.505 litros com os bancos traseiros rebatidos - são 200 litros a mais que a geração anterior.

As opções são: sDrive 20i GP de R$ 166.950, sDrive20i X-Line de R$ 179.950 e xDrive25i Sport de R$ 199.950. As três configurações têm motor transversal (era longitudinal) 2.0 a gasolina de quatro cilindros com turbo de dupla voluta. De acordo com a BMW, ele é uma versão melhorada do propulsor anterior, com alteração de alguns componentes e 1 kgfm a mais de torque. Nas duas versões mais em conta, ele é capaz de render 192 cv de potência e 28,5 kgfm de torque, enquanto a topo de linha desenvolve 231 cv e 35,7 kgfm. Todas possuem câmbio automático de oito marchas com opção de trocas manuais nas borboletas atrás do volante. Com esse conjunto, a sDrive 20i GP acelera de 0 a 100 km/h em 7,7 segundos, enquanto a xDrive25i cumpre em 6,5 segundos. 

Agora, apenas a opção mais cara traz tração integral com divisão padrão de 60% do torque na dianteira e 40% na traseira - a tração é dianteira nas demais. Com isso, a versão de entrada sDrive 20i perde a tração traseira que possuía na geração anterior. Segundo a fabricante, a mudança ajudou a reduzir o peso, a dar mais eficiência ao modelo e a aumentar o espaço dentro da cabine.

Equipamentos de série

A versão de entrada sDrive 20i GP vem de série com central multimídia com tela de 6,5 polegadas e GPS integrado, Start/Stop, regeneração de energia de frenagem, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), pneus Runflat, faróis full LED, sensor de estacionamento traseiro, acionamento automático dos faróis, sensor de chuva, rodas de liga leve aro 18, retrovisor interno antiofuscante, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, informação de trânsito em tempo real, serviço de concierge, faróis de neblina, acionamento automático dos faróis e controlador de velocidade.

Já a intermediária sDrive20i X-Line acrescenta teto solar panorâmico, bancos com ajustes elétricos, fechamento do porta-malas por botão e retrovisores com rebatimento elétrico. Por fim, a topo de linha xDrive25i Sport inclui a mais rodas de liga leve aro 19 e som HiFi.

Impressões ao dirigir

O iCarros avaliou as versões 20i e 25i mesclando trechos urbanos e rodoviários no interior de São Paulo. O que fica claro a partir dessa experiência com o carro é que, independente da sua escolha, o X1 não fica devendo no conjunto mecânico. Além de permitir as trocas de marcha nas borboletas atrás do volante, o modelo ainda é dotado de três modos de condução (Eco Pro, Comfort e Sport) que adequam as respostas de aceleração, câmbio e direção ao estilo desejado. É claro que no Eco Pro as respostas são mais progressivas, favorecendo o consumo de combustível, enquanto no Sport o X1 fica bem mais ágil, respondendo prontamente ao comando no pedal do acelerador - há boas retomadas de velocidade. E por falar no consumo, rodando a maior parte do tempo no modo Sport e em trecho rodoviário, o X1 sDrive 20i registrou média de 9,8 km/l.

Nessa configuração, a tração dianteira não incomodou nem em trechos de estrada de terra, embora claro que na versão equipada com tração integral o desempenho tenha sido bem melhor. Ambas têm um ajuste firme das suspensões, o que ajuda a passar boa estabilidade em curvas, mas cobra um pouco o preço em trechos de piso irregular - junto com os pneus de perfil baixo, os ocupantes acabam sentindo diretamente impactos de buracos ou valetas. O lado bom é que a carroceria inclina muito pouco em curvas mesmo quando o condutor abusa da velocidade. Já a direção elétrica é precisa e direta, ficando mais rígida à medida que o ponteiro do velocímetro sobe - a mudança é mais perceptível acima de 60 km/h. Na opção topo de linha 25i, de 231 cv, o X1 fica mais encorpado, desde as respostas de aceleração até no ronco do motor. Se você procura mais esportividade, fique com essa versão. 

Por dentro, o acabamento é muito bom, com um estilo moderno que deve agradar o público alvo do X1 - a BMW afirma que esse cliente quer um carro versátil e com um toque de esportividade. Destaque para o sistema de atendimento que oferece serviço de concierge (busca hotéis, restaurantes ou postos de combustível próximos, por exemplo) e que avisa automaticamente a central em caso de acidente que deflagre os airbags ou em que haja corte da bomba de combustível. Por meio de um aplicativo para smartphones, o proprietário pode ainda localizar onde o veículo está estacionado e até ligar remotamente o ar-condicionado para climatizar o carro antes de entrar nele. Outro serviço interessante é o de informação de trânsito em tempo real. Segundo a BMW, esse serviço é gratuito durante os primeiros três anos.

Vai vender? - Embora o modelo número 1 em vendas da BMW seja o Série 3, o X1 vem logo atrás em segundo lugar. Desde a sua chegada ao País em 2010, a primeira geração vendeu um total de 17 mil unidades aqui. E em 2015, já na fase final de vida útil dessa geração, ele fechou o ano com 2.716 unidades, ficando em 21º lugar em vendas no segmento de SUV's. Para a empresa, a linha de utilitários esportivos X é a que tem maior potencial de crescimento no País, daí a aposta de que a segunda geração trará resultados ainda mais relevantes para o X1. Outro ponto que a BMW faz questão de destacar é que o carro produzido aqui será exatamente igual ao importado - a única mudança será a troca do motor a gasolina por um flex, como acontecia na geração anterior fabricada aqui.

Sem anunciar uma expectativa de vendas definida, para 2016, a previsão da empresa é manter o volume do ano anterior, considerado positivo com um aumento de 1,69% - somando BMW e Mini - em relação a 2014. Vale lembrar que o mercado automotivo como um todo caiu 26,6% em 2015 em relação a 2014. Conhecendo o novo X1, isso não deve ser difícil.

Veja abaixo a tabela de preços do BMW X1:

sDrive20i GP: R$ 166.950
sDrive20i X-Line: R$ 179.950
xDrive25i Sport: R$ 199.950

Test-drive a convite da BMW

 

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