Amarok chama as rivais para um tango

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Ela vem da Argentina em abril e promete fazer algumas rivais dançar, literalmente. Trata-se da Volkswagen Amarok, a estreia da marca no segmento de picapes médias. O utilitário vem com qualidades para desafiar as concorrentes, com destaque para espaço interno, conforto e tecnologia embarcada para o fora-de-estrada.

Apesar de não ter os preços divulgados, que devem ficar na faixa dos R$ 120 mil, a Volkswagen vai disputar o mercado das picapes de luxo, no qual o design se sobrepõe a outras características. E essa foi uma das preocupações da marca, dando imponência para a caminhonete, com farois duplos, grade com filetes cromados e farois de neblina. Na traseira, as lanternas ficaram grandes; até exageradas.

Por dentro, bastante espaço, com um acabamento digno de suas rivais. Os plásticos e botões vieram do Polo. Os encaixes entre as peças são bem feitos; o couro é o revestimento de série na versão que será vendida no Brasil. No grande console, que abriga porta-objetos e a curta alavanca do câmbio - uma inovação entre as picapes -, um rádio com tela sensível ao toque é o destaque.

Para enfrentar o fora-de-estrada, a Amarok conta com o sistema 4Motion. Em uma tecla ao lado do câmbio, o motorista pode escolher o tipo de tração que ele quer, sendo 4x2, 4x4 ou 4x4 reduzida. Há ainda tecnologia para segurar a caminhonete por dois segundos em subida e para frear a picape sozinha em descidas. No modo off road ainda, o freio ABS ganha uma ajudinha para trabalhar com maior eficiência.

O motor a diesel tem dois turbos e 2,0 litros. A potência é de 163 cv a 4.000 rpm e torque máximo aparece entre 1.500 e 2.000 rpm, de 40,7 kgfm. O desempenho não é impressionante, mas também não decepciona. Neste quesito, Hilux e Frontier se saem melhor pelo fato de terem motores de 3,0 e 2,5 litros, respectivamente. Mesmo assim, a picape da Volkswagen consegue render a mesma potência da Hilux e mais da Frontier e mais torque do que as duas. A nossa avaliação foi prejudicada pelo lastro de 300 kg na caçamba.  O ponto alto da Amarok é o câmbio manual de seis marchas com bom escalonamento e, principalmente, engates precisos e suaves.

Em velocidade de cruzeiro em rodovias, a Volkswagen roda com conforto e é silenciosa. A suspensão, levando em conta o tipo de veículo, não transmite tanto as imperfeições para os passageiros. Ainda considerando a categoria, a estabilidade é satisfatória no asfalto. Na terra, o carro pede que a tração 4x4 seja ligada. Para levar carga, a Volkswagen promete a maior caçamba da categoria, com 2,52 m² de área e, segundo a fabricante, pode levar um pallet (estrado de madeira, metal ou plástico), mérito que as concorrentes não possuem. Nesta dança de tango, as rivais vão ter de rebolar...

Mercado - A Volkswagen pretende vender, de abril a dezembro deste ano, 10 mil unidades da Amarok. A única versão disponível será a Highline com câmbio manual e cabine dupla. Até o final do ano, outras configurações estarão disponíveis. A cabine simples virá no primeiro trimestre de 2011. O câmbio automático ainda não tem previsão de chegada.

Viagem feita a convite da Volkswagen