Qual a receita mais simples para conseguir volume de vendas e atender às demandas do motorista urbano? Adicione tecnologia, desempenho e aparência atraente a uma marca premium, tempere com acessórios diferenciados e tire do forno o compacto mais barato da Audi no Brasil, o A1. O lançamento, que já está nas concessionárias da marca a partir desta semana, sai por R$ 89.900.
Pequeno, o A1 mede 3,95 metros de comprimento e tem 2,47 metros de entre-eixos, medida que permite o transporte de quatro adultos e de 267 litros no porta-malas. Em função do seu tamanho compacto, o A1 pode até destoar um pouco da linha de modelos da marca, mas alguns elementos visuais, como a grade e os farois de led, no entanto, o batizam como um Audi. A melhor herança vem do seu irmão maior A3. O câmbio S- Tronic de sete velocidades e dupla embreagem aliou-se a um motor de 1,4 litro TFSI para fazer do pequeno carro um foguetinho na estrada.
Toda esta combinação deverá render cerca de 3.000 unidades do modelo até o final do ano. O A1 será o carro-chefe da montadora no País. Atualmente, o modelo que a Audi mais vende é o A4, que totalizou 1.287 unidades em 2010, seguido pelo A3, com 1.061. Além de ter uma participação de quase 40% no volume de vendas, o A1 deverá combater a expansão do MINI Cooper no mercado brasileiro. A BMW comercializou 1.635 modelos do pequenino retrô no ano passado.
Enquanto o desempenho confirma a herança genética, a cabine pouco faz lembrar a sofisticação dos modelos da linha. Enquanto opção mais em conta do fabricante, o interior do A1 pode decepcionar quem vai desembolsar os quase R$ 90 mil pelo carro. O acabamento é primoroso, mas a simplicidade fala alto quando se repara no desenho do painel e no revestimentos dos bancos e das portas. Os comandos de ajuste dos assentos dianteiros são manuais e há um porta-copos no meio do banco traseiro. O destaque, porém, fica por conta da tela que vai sobre o painel, que mostra informações do carro e dos comandos escolhidos pelo motorista.
Se, por um lado, a cabine pode ser um fator que desabone o mérito do A1, o desempenho, com certeza, é um fator de compra. O motor 1.4 de 122 cv de potência acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e leva o carro à máxima de 203 km/h. O torque, de 20,4 mkgf, oscila entre 1.500 e 4.000 rpm. A agilidade do modelo vem do sistema de dupla embreagem, já que enquanto uma marcha está em funcionamento, a outra já fica pré-engatada para não haver perda de força entre as mudanças. O motorista tem à disposição o modo esportivo para tirar melhor proveito do sistema na estrada e borboletas atrás do volante para trocas manuais.
Customização e consumo são diferenciais - para atender às exigências do motorista urbano, não basta ser compacto e ter bom desempenho; segundo dados da Audi, o A1 é capaz de rodas 15,4 quilômetros com um litro de gasolina na cidade. Outro diferencial fica por conta da infinidade de customizações que o clinete pode fazer, como, por exemplo, escolher a cor do arco superior do carro.
O A1 vem de série com airbags dianteiros, laterais e de cabeça, farois bixenônio e de neblina, bluetooth, ar-condicionado, freios ABS com controle de estabilidade, rodas de 16 polegadas e computador de bordo. Opcionalmente, pode ser equipado com teto solar elétrico, sensor de estacionamento traseiro, piloto automático e botão para ligar/desligar o veículo.
Teste drive feito a convite da Audi