30/09/2015 - Redação / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
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O anúncio foi feito pelo novo CEO do grupo, Matthias Müller. Segundo o executivo, os clientes serão notificados nos próximos dias e os veículos equipados com o software manipulado serão submetidos a reparo ao longo dos próximos meses para se adequarem aos padrões de emissões exigidos.
Por enquanto, a empresa não deu mais detalhes de como será essa campanha de recall, afirmando apenas que notificará as autoridades sobre os procedimentos a serem realizados até o final de outubro. A fraude atinge também modelos de outras marcas do grupo, sendo 5 milhões da Volkswagen, 2,1 milhões da Audi, 1,2 milhão da Skoda e 1,8 milhão de comerciais leves.
Segundo a Agência de Proteção Ambiental (EPA) norte-americana, 482 mil veículos com motores a diesel vendidos no país violaram os padrões federais. Entre eles estão os Volkswagen Jetta, Beetle, Golf e Passat, além do Audi A3, todos fabricados entre 2009 e 2015. A Audi confirmou ainda que também foram afetados o A1, o A4, o A5, o A6, o TT, o Q3 e o Q5.
A desconfiança de que havia algo errado surgiu quando foi notada diferença entre os níveis de emissão nos testes de rodagem e os oficiais. Após uma investigação, a EPA percebeu que o software consegue detectar quando o carro está sendo inspecionado, passando então a controlar os gases que o veículo libera na atmosfera. Nas situações normais, porém, esse sistema permanece desligado, fazendo com que os carros poluam muito além do permitido.
A pressão por uma solução levou à renúncia de Martin Winterkorn há cerca de uma semana, sendo nomeado para seu lugar o então presidente da Porsche, Müller, que assumiu o cargo de presidente-executivo do Grupo Volkswagen.
No Brasil
Não há confirmação de modelos à venda no Brasil afetados pela fraude, já que nossa legislação proíbe veículos leves com motores a diesel. Dessa forma, os veículos envolvidos no escândalo não são comercializados aqui com esse tipo de motorização. A Volkswagen oferece no País somente a picape Amarok com propulsor a diesel, modelo que não está relacionado pela empresa entre os que foram atingidos pela adulteração.
Ainda assim, a Proteste divulgou nesta semana que questionou o Ministério do Meio Ambiente sobre as medidas que estão sendo tomadas para investigar se houve impacto no País. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) também pediu apuração dos demais propulsores. Se comprovada a fraude em veículos brasileiros, a Volkswagen poderá ser multada em até R$ 50 milhões e terá de fazer recall para sanar o problema.
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