Oitavas Copa: como eram os carros 1990 na última eliminação

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Reabertura das importações

Com as importações restritas desde a década de 1970, durante a ditadura militar, coube ao então presidente Fernando Collor de Mello reabrir o mercado para os veículos fabricados fora do Brasil. E ainda soltou uma pérola: chamou os carros fabricados por aqui até então de “carroças”.

Gol era rei

Lançado em 1980, o VW pode ter demorado um pouco para engrenar, mas ao final da década de 1980 já era o carro mais vendido do país. Em 1990 não foi diferente. Encerrou o ano como o carro mais vendido, ultrapassando a marca das 100 mil unidades comercializadas.

Naqueles tempos, o hatch ainda estava em sua primeira geração e havia passado por um facelift. Uma última reestilização dessa geração viria apenas em 1991. No auge da Autolatina (quando VW e Ford juntaram suas operações), o Gol podia ser equipado motores 1.6 CHT, 1.6 AP ou 1.8 AP, podendo-se optar por gasolina ou etanol como combustível.

Uma perua no Top 10

Hoje, o segmento de peruas é um terreno agonizante, tanto em termos de opções quanto em vendas. Todos migraram para os SUVs. No entanto, em 1990, a VW Parati foi o quarto carro 0km mais vendido, ficando atrás apenas do Gol, do Fiat Uno e do Chevrolet Monza. Mas ela não era a única: a Ford Belina estava na 19ª posição, enquanto a Fiat Elba fechava o Top 20 daquele ano.

Não tinha Fusca

Oficialmente, o VW Fusca teve duas encarnações no Brasil. Uma, ininterrupta, entre 1950 e 1986, e outra entre 1993 e 1996, quando voltou a pedido do então presidente Itamar Franco. Isso significa que, em 1990, Fusca ainda era memória distante.

Carro de trabalho = Kombi

Precisa levar muita coisa, muita gente ou ambos ao mesmo tempo sem precisar recorrer a um ônibus ou caminhão? Hoje há diversas opções de vans e picapes que cumprem esse papel, mas, em 1990, o único veículo que coseguia essa façanha era a VW Kombi. Foi só depois da reabertura das importações que modelos como a Kia Besta e Asia Topic chegaram para ameaçar o reinado da Velha Senhora.

A Rússia era aqui

Lembram do Collor chamando os carros brasileiros até 1990 de carroças? Pois bem, uma das primeiras marcas a chegar por aqui foi a russa Lada que, na época, ainda era parte da falecida União Soviética. Os carros eram datados e oriundos de projetos soviéticos da década de 1970. Apesar de robustos os Lada 2105, Laika, Niva e Samara não eram o que se poderia chamar de modernos.
 

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