Oferta de controle de estabilidade ainda é restrita

Estudo feito pelo Cesvi aponta que o controle de estabilidade ainda é um equipamento restrito a carros caros

17/12/2014 - Redação / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

Com a chegada do Ford Ka ao mercado, no segundo semestre desse ano, o controle de estabilidade passou a ser oferecido de série também em carros de entrada. Mas isso é raridade, conforme revelou um estudo feito pelo Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária).

Conhecido pela sigla ESP (Electronic Stability Program), o controle de estabilidade é um item de segurança que atua nas rodas, evitando que o carro derrape ao fazer curvas ou em terrenos com baixa aderência. O sistema possui sensores que identificam quando uma das rodas não está tracionada, direcionando a força do motor para as demais rodas conforme necessário para que o carro nao escorregue, evitando acidentes.

O levantamento do Cesvi avaliou 297 modelos vendidos no Brasil em 940 versões. E o resultado não é nada animador: apenas 47,8% dos veículos (449 versões) têm o controle de estabilidade de série. Para piorar, eles estão concentrados entre as marcas premium, ou seja, em carros maiores e mais caros.

Entre os modelos populares, 85% dos hatches compactos não trazem o ESP nem como opcional. Subindo um degrau, a proporção melhora, com 63% dos hatches médios sendo equipados de fábrica com o item de segurança. Considerando os sedãs, a situação se repete: somente 6% dos sedãs compactos têm o ESP de série, indo para 57% nos sedãs médios.

Nas picapes, farol vermelho. Nenhuma versão de picape compacta avaliada oferece o controle de estabildiade de fábrica. Para compensar, esportivos e sedãs de luxo, em sua maioria modelos importados, têm 100% das versões com ESP de série.

Comparação com 2013

No ano passado, o Cesvi fez o mesmo estudo junto com o levantamento sobre o sistema de freios antitravamento ABS. De lá para cá, houve um aumento de apenas 4% na oferta do controle de estabilidade como item de série nos veículos comercializados no País, indo de 432 versões em 2013 para 449 em 2014.

"Embora tímido , o crescimento ao longo do último ano indica que esse equipamento começa a ficar mais difundido por aqui, aparecendo até mesmo em hatchbacks compactos, algo inimaginável anos atrás", afirma Almir Fernandes, diretor executivo do Cesvi. "Esperamos que o ESP tenha destino semelhante ao do ABS e do airbag, hoje obrigatórios em 100% da frota de veículos novos”, completa.

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