Chery anuncia novos lançamentos para 2016

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O Celer foi o primeiro modelo da Chery feito no Brasil

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De acordo com a marca, o ideal teria sido nacionalizar primeiro o Tiggo

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O Tiggo 5 é uma das apostas da marca para o ano que vem

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Com a inauguração da planta de Jacareí (SP) em agosto do ano passado, a Chery se tornou a primeira marca de origem chinesa a instalar uma fábrica no Brasil - que passou quatro meses com as linhas de montagem paralisadas e apenas seis meses de produzindo. Ainda assim, a fabricante anunciou planos de crescimento para 2016 e confirmou quatro novos modelos para o País.

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Balde de água fria

Com a expectativa de vender 5 mil unidades no Brasil em 2015, a Chery não nega a frustração com o mercado. “Este ano não foi fácil e muitas vezes não sabíamos se chegaria ao fim. O fim chegou, mas não da maneira como gostaríamos ou imaginávamos, mas vamos continuar”, desabafou Luis Curi, vice-presidente da Chery no Brasil.

De acordo com o executivo, o cenário nacional passou por muitas mudanças, o que dificulta os planejamentos da marca. “Quando fazemos uma projeção, passados três meses o cenário se mostra completamente diferente, até mesmo pela volatilidade do mercado e pela instabilidade cambial. Então não fazemos mais projeções e sim metas”, afirmou Curi.

Lançamentos

Segundo o vice-presidente da marca, se a Chery pudesse voltar no tempo o modelo escolhido para inaugurar as linhas de montagem em Jacareí (SP) não teria sido o Celer. “Se tivéssemos uma bola de cristal, teríamos lançado primeiro o Tiggo”, explicou Luis Curi. Reflexo disso é que os planos futuros indicam um novo direcionamento voltado para o segmento de SUVs.

Para o segundo semestre de 2016 já está confirmada a produção nacional do Tiggo 5, um novo SUV maior do que o Tiggo atual - que é feito no Uruguai com peças fabricadas na China. Depois também virão o Tiggo 1, um SUV menor  baseado no hatch Celer, e o Tiggo 3, uma reestilização do modelo já comercializado por aqui. Por fim, a partir de março do ano que vem o New QQ também passará a ser feito no País.

Repensando o futuro

“Quando chegamos ao Brasil em 2011, o mercado era aquecido e ajustamos o nosso cronograma naquela época, mas agora vamos em um ritmo mais lento e mais ajustado, pensando qual modelo é mais adequado para o mercado brasileiro”, explicou o executivo. Segundo Luis Curi, faltou planejamento de mercado e não foram realizados estudos suficientes para compreender o mercado brasileiro.

Mas se agora a intenção é ir com mais calma, o mesmo não pode ser dito das metas planejadas para fabricante de origem chinesa. Isso porque a Chery pretende aumentar em 60% as vendas no mercado brasileiro já no próximo ano, chegando a 8 mil unidades anuais e a um total de 10 mil unidades produzidas em Jacareí (SP) - o dobro do que foi feito neste ano.

Para atingir este objetivo, a marca pretende aumentar a presença regional, passando a comercializar os modelos brasileiros em outros mercados da América Latina. “Começamos a negociar exportações do Celer e do New QQ para os mercados próximos e eles se mostraram muito receptivos. Os mais acertados são Argentina, Uruguai, Colômbia e Peru”, finalizou o vice-presidente.

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